
Desenvolvedora: Masaya
Publicadora: Ratalaika Games
Data de lançamento: 12 de novembro, 2021
Preço: R$ 35,65
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela Ratalaika Games.
Em Gynoug encarnamos o anjo Wor, último representante de sua tribo que agora se vê como a última esperança na luta contra “O Destruidor”. Seu objetivo é viajar até Iccus para impedir que os demônios reinem soberanos sobre nosso planeta.
É hora de viajarmos até 8 de setembro de 1991, para conferirmos esse port de um clássico de Mega Drive, desenvolvido pela Masaya Games e trazido aos dias atuais pela Ratalaika Games.
Parece fácil, mas é difícil
Nada de novo aqui no que diz respeito às mecânicas. O jogador tem a sua disposição o tiro regular e magias diversas coletadas durante as fases. As magias variam de trovões, bolas de energias, “mini-anjos” etc. Não existem boas e más escolhas aqui, varia muito da forma com que você prefere jogar. O tiro regular também pode ser melhorado, porém caso perca a vida ele sofre um downgrade.

Apesar dos comandos fáceis, engana quem acha que vai ter uma jogatina tranquila. O nível de dificuldade segue uma crescente, fazendo com que as últimas fases sejam realmente desafiadoras. Principalmente se você for daqueles mais puristas que buscam a experiência o mais original possível, visto que assim como outros relançamentos da publicadora, o jogo conta com rewind para você deixar de levar aquele dano bobo na sua última vida e a possibilidade de save state a qualquer momento.
Eu já vi você em algum lugar
Caso olhar para Gynoug tenha te despertado uma sensação dejavi você não está só nessa. Os mais antigos vão lembrar de um game de temática greco romana onde você se transformava em várias feras para derrotar inimigos da mitologia, o famoso Altered Beast. A aventura beat ‘n up foi lançada apenas 3 anos antes da aventura do anjo Wor, então é impossível uma não ter influenciado a outra, ainda mais que ambas foram publicadas originalmente pela própria SEGA. As criaturas de Gynoug misturam de uma forma bem grotesca o orgânico e o cibernético. É algo bem comum você querer derrotar logo certos chefes para eles simplesmente saírem logo da tela.

Além disso, essa dicotomia entre um herói e os vilões fazem o jogo ter uma roupagem bem marcante e única. De um lado um criatura alada e loira, sem camisa para exibir os músculos e calças que dariam inveja em qualquer astro do rock na época. Do outro, demônios em uma estranha simbiose entre orgânico e máquina, raramente com um corpo total e muitas vezes expondo partes internas do corpo como o coração. É o extremo oposto da estética que jogos do mesmo gênero utilizavam na época, como garotas máquinas e naves de combate espaciais.
Sem tempo irmão
Wor não é o mais falante dos anjos do panteão celeste. Não há uma grande narrativa a ser contada no jogo, em momento algum da aventura nos é dito alguma informação do personagem principal, sua motivação ou inimigos a serem vencidos, fazendo com que todo o plot seja relegado ao manual do jogo. Raramente nesses relançamentos temos algo contextualizando o possível novo jogador, como uma versão digitalizada do manual que acompanha o jogo na época ou cenas adicionadas que contextualizam a obra, por isso é complicado ter qualquer tipo de empatia ou identificação.

Apesar dessa falha, Gynoug é um produto de sua época, onde o Mega Drive tinha uma proposta de apresentar jogos que não eram comuns de serem vistos no console da concorrência, o gigante Super Nintendo. Devido a isso, os jogos da plataforma apresentavam uma tendência a serem mais arcades e conquistarem o jogador mais pela sua jogabilidade refinada e impacto visual e sonoro do que pelo desenvolvimento narrativo, fato esse que pode ser comprovado até mesmo no jogo daquele que viria a ser o mascote da empresa, Sonic the Hedgehog.

Caso tenha interesse no jogo considere essas informações para avaliar se a proposta aqui cabe no seu gosto pessoal, mas se mesmo assim a dúvida persistir, considere investir duas moedas mesmo assim, pois o título foi lançado a um preço bem abaixo do que normalmente está sendo cobrado em relançamentos de shoot ‘n ups clássicos!
Prós:
- Estética gore similar a Altered Beast;
- Comandos simples e responsivos;
- Dificuldade Progressiva.
Contras:
- Ausência de modos multiplayer;
- Explicação do plot do jogo.
Nota Final:
8
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