
Desenvolvedora: SUCCESS
Publicadora: ININ Games
Data de lançamento: 29 de outubro, 2021
Preço: R$ 69,99
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela ININ Games
Originalmente lançado para o saudoso Mega Drive (Genesis) em 12 agosto de 1994 exclusivamente no Japão, Panorama Cotton traz a fofa bruxinha Nata em uma aventura um tanto quanto diferente do que os jogos anteriores da série Cotton. Ao invés da progressão lateral da esquerda para direita temos algo similar a um pseudo-3D shooter on-rails, nos moldes de Space Harrier e After Burner, onde o seu personagem está fixo na tela e os elementos do cenário e inimigos vem até você, simulando um efeito 3D.

Diferente do tom mais melancólico e da velocidade moderada, em Panorama Cotton temos um um ritmo mais acelerado, tanto no gameplay quanto na quantidade de elementos exibidos na tela ao mesmo tempo. Parece até uma bruxaria o que a SUCCESS Corporation, estúdio responsável pela série, conseguiu entregar com o hardware do console da SEGA.
Eu manjo das bruxaria
Nata, de Cotton, tem uma aventura nada fácil pela frente devido ao humor nada bom da Queen Velvet por conta dos Willow queimados. A nova jogabilidade oferecida em Panorama Cotton trouxe mais desafios e a remoção de algumas mecânicas clássicas. Neste caso, não existe mais a possibilidade de se lançar uma bomba nos inimigos, muito provavelmente por conta da nova perspectiva pseudo-3D. Além disso, não é mais possível selecionar qual magia o jogador deseja utilizar, fazendo com que seja obrigatório utilizá-las na sequência que são coletadas

Também não é possível ter mais de uma fada como companheira, fazendo com o que o upgrade do projétil regular fique a cargo do nível da barra de experiência acumulado ao derrotar os inimigos. Atenção aqui deve ser redobrada pois essa barra diminui a cada novo dano recebido. Para os mais apressadinhos é possível acelerar o ritmo da fase, porém não recomendo em nada utilizar essa função, ainda mais se os seus reflexos forem como os de uma batata (estamos junto nessa).

Quando a coisa não pode piorar
A galera das antigas sempre fala que antigamente os jogos eram mais difíceis e todo aquele papo boomer que os mais novos não ligam muito, mas e se no caso de Panorama Cotton o meme fosse real? Calma, segura a risada, que falo sério. O jogo possui dois modos: Standard e Challenge. No primeiro você pode salvar a qualquer momento, usar a função de Rewind caso não queira sacrificar suas vidas e continues de forma boba e usar cheats caso queira uma experiência ainda mais descompromissada, porém eles precisam ser desbloqueados zerando o jogo.

E o Challenge é nada mais nada menos que a experiência original de Panorama Cotton, sem facilitadores, nua e crua. Boa sorte passando da chuva de inimigos do Stage 2 que parecem ter uma atração fatal por você, não economize nas magias tentando guardar para o chefe da fase, pois muitas vezes esses são mais fáceis de serem derrotados do que a fase em si.
Infelizmente Panorama Cotton não conta com nenhum modo multiplayer, nem ao menos um modo Score Attack onde seja possível comparar sua pontuação com os amigos ou desconhecidos por meio de um Ranking Online. Sendo assim, o jeito é utilizar o bom e velho “morreu passa o controle”.
A magia não pode salvar tudo
Trazer novos ares para uma série é sempre bom. Faz com que nós como fãs fiquemos na expectativa para o que de novo pode vir por aí, mas deve ser algo feito com esmero e cuidado.
A nova perspectiva imposta pela jogabilidade faz com que seja difícil visualizar o que vem a frente, muito disso é por conta da tecnologia da época não permitir que uma sensação de profundidade mais suave, tornando o campo de visualização do jogador muito limitado. Isso faz com que seja complicado notar quando você consegue acertar um tiro em um chefe de fase ou mesmo desviar daquele inimigo tá vindo em alta velocidade e você sabe que não vai dar tempo de destruir.

Fãs da série Cotton vão estranhar muito a jogabilidade frenética no começo, porém com um pouco de paciência e vidas perdidas a jogabilidade passa a parecer mais familiar, mesmo com os problemas de perspectiva. De qualquer forma, o resgate desses clássicos perdidos no tempo é sempre bem vindo, ainda mais quando muitos títulos de uma mesma série são portados para o pequeno notável da Nintendo, fazendo com que o Nintendo Switch seja a casa definitiva dos shoot n’ ups clássicos e contemporâneos
*Foi prometido pela publicadora o lançamento de um patch de tradução dos textos do jogo para o inglês
Prós:
- Design de Personagens;
- Performance no modo portátil.
Contras:
- Perspectiva;
- Poucos modos de jogo;
- Falta de conteúdo extra.
Nota Final:
6
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