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Uma visão nostálgica da evolução da tecnologia no mundo dos videogames

Paulo Cézar 22/01/2022

Sempre quando vou escrever um texto, de qualquer gênero qual o tal seja, devo confessar que tenho certa dificuldade apenas de o sair escrevendo como alguns amigos conseguem, inclusive alguns que escrevem neste mesmo site, amigos esses que eu respeitosamente demonstro aqui minha parcela de inveja. Em fato, originalmente eu planejava uma introdução completamente diferente para esse mesmo texto que vos está sendo apresentado agora.

A introdução consistiria de exageradas comparações metafóricas entre os diferentes tipos de entretenimento, onde cada forma de entretenimento representaria um planeta nesse pequeno sistema de astros metafóricos. Nos mantendo nesse universo de tantas metáforas, permitam-me uma paráfrase metafórica: “As vezes boas ideias precisam de más ideias para surgirem”.

Querendo confirmar se essa “paráfrase metafórica” era realmente metafórica, resolvi pesquisar a frase que inventei. Especialmente considerando o quão genérica ela é não ficaria surpreso em descobrir se ela tivesse sido algumas dezenas de vezes anteriormente, e para minha surpresa ninguém relevante o suficiente para a ter atribuída a si chegou a proferir-la, pelo menos não amplamente, creio eu. Em fato a primeira sugestão gerada por essa pesquisa foi um texto falando sobre criatividade, que por uma bela coincidência do destino é um dos principais tópicos dessa dissertação.

Criatividade provavelmente é um dos meus conceitos abstratos favoritos. De um forma ou outra, a criatividade é o motivo de você estar conseguindo ler esse texto, afinal de contas, se ninguém fosse criativo o suficiente para idealizar um sistema de linguagem nem aqui nós estaríamos, já que o simples fato de nós conseguirmos nos comunicar não é tão simples assim a posteriori. Na contemporaneidade é inegável que a criatividade é uma das habilidades mais notáveis e requisitadas em quase todas as indústrias, em especial nas indústrias ligadas ao entretenimento que são intrinsecamente ligadas a criatividade, apesar de existirem alguns contrapontos interessantes a essa ideia.

Na área dos nossos tão queridos vídeo games, a criatividade abrange áreas que o consumidor final dificilmente chegará a sequer perceber, especialmente a parcela mais leiga do mercado consumidor. Antes de vangloriar estes heróis desconhecidos, temos que conhecer seus feitos, para isso uma breve história pessoal que de certa forma destaca um dos pontos que gostaria de abordar.

Devo confessar que minhas primeiras memórias jogando algum vídeo game se deram num Playstation 2 de um primo, jogando alguma versão, da qual eu não consigo me lembrar ao certo, do saudoso Bomba Patch. Depois de alguns meses lembro de ganhar a minha própria cópia do console, e naturalmente gastei algumas centenas de horas jogando a maravilha futebolística nipo-brasiliera. Depois de alguns anos e algumas milhares de horas jogadas lembro de ganhar o então mítico Xbox 360, algum tempo depois do Xbox One ser lançado, apesar disso, ainda era um salto técnico muito considerável comparado a aquele Playstation 2 Slim pequeninho que eu tanto joguei.

Algo que talvez entregue minha idade para alguns, é o primeiro jogo que eu pedi junto ao console, que veio a se tornar um dos meus jogos favoritos, o lendário, e ainda relevante, Minecraft. Depois de ouvir algumas centenas horas daquela trilha sonora que nesse momento já se tornava psicodélica, lembro de receber de presente de aniversário de um tio alguma versão do Pro Evolution Soccer, o famoso PES, jogo no qual o famoso patch brasileiro utilizava como base. E a fórmula se repetiu, mas algumas centenas de horas foram gastas naquilo que parecia o suprassumo do realismo do esporte que eu tanto gostava, e em fato, gosto até hoje.

Porém, um dia minha alegria foi interrompida, a maldita luz vermelha que tanto atormentava os donos do console da Microsoft assim fazia mais uma vítima. Desolado, e sem acesso a informação, escondi por certo tempo de meus pais achando que eu era o culpado por tal problema. Com o badalado console tendo uma licença médica por tempo indeterminado, era a deixa perfeita para o console da marca japonesa, que a essa altura já tinha sua superfície completamente arranhada se me lembro bem, fazer um retorno.

Com um misto de tristeza pela recente perda e com a natural empolgação de uma criança quando se é deixada sozinha com um vídeo game e um controle, lembro de sacar de um daqueles porta-cds um disco branco com uma escrita em caneta hidrográfica preta indicando que aquela era mais uma das centenas de milhares de cópias produzidas de forma legalmente duvidosa de Bomba Patch. Logo após sacar o disco peguei a camisa de algodão mais próxima para limpar o disco, como havia sido instruído pelos meus primos mais velhos, disco esse que já estava a alguns anos parado nesse momento.

Depois da natural ansiedade causada pela expectativa da leitura de um jogo de procedência duvidosa, especialmente de um tão antigo quanto esse, fui agraciado com o som de boot do console da Sony, após aquela abertura que causava certo medo até nas mais corajosas crianças que compartilhavam minha idade. Após navegar nos menus e selecionar uma partida amistosa tive o privilégio de experienciar os longos loadings que um disco velho e arranhado proporcionam, depois da apreensão natural que ocorre quando um jogo pirata demora a carregar, tive uma surpresa.

O jogo era horrível! E para piorar tudo não se parecia em nada com o jogo que eu me lembrava! Antes de tudo, peço que não levem a mal o eu do passado, o jogo não era horrível, e também não tinha mudado absolutamente nada, porém a memória que eu havia construído do jogo como sendo o ápice da jogabilidade e do realismo — eu provavelmente não usaria essas palavras na época — foram completamente demolidas em poucos segundos. As faces dos jogadores, que eram idênticas, se tornaram simples quadrados deformados que de alguma forma se assemelham um pouco com as faces reais dos jogadores.

Hoje percebo que o jogo não mentiu pra mim esse tempo e sim que eu tinha de certa forma uma visão idealizada da minha experiência com o jogo. Hoje conversando com diversas pessoas percebo o quão isso é comum. Aparentemente todas as pessoas com quem conversei já passaram por fenômenos parecidos durante a infância, sempre guardando essas memórias nostálgicas de alguns jogos específicos com carinho.

Talvez por essa capacidade de suspensão temporária da realidade os vídeo games sempre tiveram como seu público alvo as faixas etárias infanto-juvenis. O que deveria ser impressionante é como o único motivo de naquele momento eu ver o jogo como ultrapassado foi o fato de eu já ter jogado um título mais recente da mesma franquia num console com especificações técnicas astronomicamente superiores. Na minha memória eu via os jogadores de maneira quase semelhante em ambos consoles e tal ilusão só foi desfeita quando eu comparei diretamente as experiências.

Tudo isso só serve pra mostrar quão genial foi esse período para o desenvolvimento de jogos, a constante tentativa de conciliar as limitações de hardware com a vontade realizar de forma convincente a visão artística de um grupo de pessoas é um fenômeno muito interessante por si só. Muitos podem argumentar que os consoles da geração Playstation 2, GameCube e Xbox, já tinham capacidade técnica para realizar as mais diversas visões artísticas, e esse é um dos pontos que eu gostaria de abordar.

Apesar de ter jogado majoritariamente no Playstation 2 durante minha infância, lembro também de jogar algumas dezenas de horas no Nintendo 64 do meu tio. Lembro bem da experiência de jogar The Legend of Zelda Majora’s Mask numa TV de tubo de 14 polegadas, sempre evitando trocar as máscaras que o Link usava, já que aquela cutscene sempre me assustava quando mais novo. Apesar de não conseguir entender absolutamente nada do jogo eu repetidamente continuava jogando aqueles 3 dias de jogo, apenas vendo o mundo se modificando aos poucos sem entender ao certo o porquê.

Depois de mais velho resolvi pesquisar um pouco mais sobre aquele jogo que tanto me fascinava e dei de cara com seu antecessor, o mítico The Legend of Zelda: Ocarina of Time. E não teve outra, depois de assistir alguns tutorias de qualidade duvidosa corri para baixar o jogo, o qual joguei inteiro com um controle Bluetooth chinês de plástico, que tinha um delay que variava entre 1/4 e 1/2 de segundo, o que sendo dito dessa forma parece ser pouco, mas acreditem, não é. Junto com meu telefone que superaquecia e esse controle, que era tão leve que parecia iria quebrar nas minhas mãos, joguei até o fim desse jogo, que veio a se tornar meu jogo favorito de todos os tempos.

Agora com um conhecimento um pouco maior de vídeo game — e minha cópia original do jogo — consigo perceber o quão importante foi a experiência que tive com The Legend of Zelda: Ocarina of Time. Até hoje quando venho a rejoga-lo pela centésima vez o é impressionante perceber como todos elementos se mesclam de maneira invisível, sendo difícil até imaginar como seria possível melhorar alguns aspectos do jogo, dado as limitações do console da Nintendo na época.

Lógico que se comparamos com o que é possível hoje, The Legend of Zelda: Ocarina of Time seria considerado completamente defasado, seus controles meio travados e suas texturas com incríveis 32×32 de resolução dificilmente seriam bem vindas caso o jogo fosse lançado hoje em dia. Apesar disso o jogo continua sendo jogados por centenas, talvez milhares de pessoas, o que não é nenhuma surpresa, já que os elementos de destaque do jogo, que não são poucos, ainda se sobressaem em meio as marcas trazidas consigo pela idade.

Tendo começado a jogar videogames na geração que comecei eu ainda consigo aproveitar e compreender jogos mais antigos, em fato acho que até uma criança que cresceu jogando num PlayStation 4, Xbox One ou até um Switch conseguiria jogar pegar um controle de NES e entender o que está se passando na tela, vindo até a se divertir. Mas pessoalmente, tudo antes disso pra mim é meio turvo, e tenho certa dificuldade pra compreender sequer o que está acontecendo na tela algumas vezes.

Concordo que talvez seja exigir demais que alguém da minha geração adiante compreenda alguma coisa daqueles gigantescos pixels coloridos, que poderiam simbolizar as mais diversas coisas num jogo de Atari. Um fato é, era necessário muita criatividade e imaginação para sequer enxergar um carro, quando na realidade eram alguns pixels bicolores que buscavam o representar.

Com os avanços da tecnologia é um fato que essa imaginação vem sendo cada vez menos necessária por parte do jogador e cada vez mais o processo de desenvolvimento dos grandes jogos foca muito mais em um realismo visual do que em visões criativas e experimentais, visões essas que eram muito mais comuns no passado.

Apesar de ser considerado por alguns um entusiastas dessas novas tecnologias por alguns, devo confessar que sinto um pouco de falta dessa cultura de superar as limitações de hardware para realizar uma visão criativa, visão essa que recentemente voltou a ter certo destaque com os famosos ports que o Nintendo Switch vem recebendo ao decorrer de seus 5 anos de vida, além das lendárias tech demos que ainda continuam sendo desenvolvidas para consoles como o Super Nintendo, que tem uma comunidade anormalmente ativa no ramo.

Os vídeo games vão continuar a evoluir a cada dia, e de certa forma o trabalho dos desenvolvedores e suas histórias vão continuar preservadas através de deus trabalhos nós jogos, dos ruins aos que marcaram nossas infâncias, esses jogos são, e vão continuar a ser, o motivo de tantas memórias alegres.

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Meu nome é Paulo. Sou fã de JRPGs, com um destaque especial aos jogos da série Megami Tensei.

Costumo fazer introduções um pouco exageradas.
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