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Review | CRYSTAR

Acompanhe a jornada perigosa de Rei pelo estranho mundo do Purgatório para trazer sua irmã Mirai de volta à vida em CRYSTAR, já disponível no Nintendo Switch!
Lucas Barreto 25/03/2022

Desenvolvedora: Gemdrops, Inc.
Publicadora:
 NIS America
Data de lançamento: 29 de Março, 2022
Preço: R$ 259,95
Formato: Digital/Físico

Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela NIS America.

Dizem que o choro limpa a alma. Quando derramamos lágrimas, sentimos nosso corpo gritando, buscando de se libertar de algo, seja uma angústia ou de um peso macabro, amargo. O choro é, na mesma proporção, a morte e a vida em um ato, o desfazer-se e o recompor-se.

Não sei o quão universal é este sentimento, mas ao menos em CRYSTAR somos guiados por essa potência transformadora — e humanizante — do choro. A lágrima reluzente que, ao ser exposta à luz, cria uma estrela, talvez não encantadora e essencial, mas instigante o suficiente para nos debruçarmos sobre ela.

Um plano geral

Os momentos iniciais de CRYSTAR são perturbadores e angustiantes no melhor sentido possível. Em um cenário estranho, macabro, personificamos uma pequena borboleta composta por luz: uma alma de uma pessoa recém morta, no frio e escuro purgatório. Ouvimos uma voz ao fundo, um chamado para a autoconsciência, um apelo para despertar.

Quando a protagonista, Rei Hatada, por fim recupera fragmentos de sua memória, é capaz de voltar a assumir seu corpo humano, ainda frágil, porém essencialmente si. Em meio a um mar de outras almas perdidas, desoladas e completamente sós, Rei encontra um raio de esperança, uma alma que responde ao nome de Mirai: sua irmã. As duas, abandonadas na morte em tal cenário, reúnem-se fatigadas, unidas pelo laço familiar, caminhando de mãos dadas em direção ao desconhecido.

A apresentação íntima e temerosa de CRYSTAR, contudo, não tarda a dar espaço ao desespero. Ao cruzarem por uma travessia tortuosa, são atacadas por uma criatura grotesca, separando-as e largando-as à própria sorte.

Rei, perdida em sua dor ao pensar ter perdido sua irmã, desperta dentro de si uma nova força, uma energia galopante em forma de Heráclito, homônimo ao filósofo grego que pregava o eterno devir, a constante transformação. Dessa forma, em um cenário que traça uma obrigatória referência à série de jogos Persona, Rei adquire poderes para se opor contra as forças obscuras do Purgatório, encontrando logo em seguida Anamnesis, uma entidade estranha que atacava sua irmã. Ao se impor, contudo, seu poder extrapola seu limite, fazendo-a atacar a própria Mirai, fazendo sua alma voar ao longe.

Dessa forma, o jogo por fim se inicia. Perdida em culpas, Rei se vê nas mãos de duas agentes do Purgatório atraídas por tamanho poder, que a fazem assinar um contrato em troca da ressureição da irmã. Sua missão é simples: resgatar sete cristais, chamados de Ideas, emoções cristalizadas, e encontrar a alma de Mirai antes que esta alcance o nível mais profundo do Purgatório, onde sua alma é apagada e renasce em outra consciência.

Potencial, o jogo tem. Uma história instigante, personagens misteriosos e um cenário único. Além desses elementos, a narrativa é contada por magníficas ilustrações que retratam as memórias encontradas pelas almas, perturbadoras na quantidade certa e perfeitas para adicionar um elemento macabro à estética do título. O problema, contudo, é que aqui recebemos mais promessas do que se é possível encontrar, e os problemas de Crystar começam tão logo ganhamos mais liberdade.

Sistema e restrições

A história prossegue em capítulos, todos situados em um nível diferente do purgatório, com Rei enfrentando criaturas sinistras — almas perdidas sem auto consciência, mas que almejam a ressureição — e eventualmente encontrando outras com ela, garotas mágicas no sentido clássico, acompanhadas por diferentes personificações de filósofos gregos que, de alguma forma, refletem suas personalidades. Sócrates acompanha a personagem que tem um forte sentido de justiça, Epicuro serve a uma jovem que pensa apenas em se divertir…

Antes de iniciarmos uma missão, temos acesso a uma área Hub especial, o quarto de Rei, onde ela pode ligar para suas parceiras, customizar seus equipamentos ou purificar sentimentos tomados pelas almas perdidas e criar novos itens. A ferramenta mais essencial, aqui, é a opção de acariciar a simpática cachorrinha Thelema, o que aquece sempre nossos corações, mas a nível prático não exerce nenhuma diferença no restante do jogo. Agora, quanto ao looping de jogo de CRYSTAR e seu combate, pouco há a ser dito de positivo, dito que sua rigidez e sua repetitividade fazem todo o encanto ao redor mostrar-se como fachada, estilhaçando-se.

A exploração do mapa é feita por corredores labirínticos sem conexão em sentido visual, nunca sendo claro para onde deveremos ir, e jogo fazendo-nos enjoar do cenário que, antes detalhado, rapidamente passa a ser desinteressante. Encontramos oponentes em seções de arenas espalhadas por tais corredores, com uma variedade limitadíssima de inimigos, mudando apenas de texturas com fases mais avançadas, mas essencialmente tornando toda a experiência em algo monótono.

De acordo, se existisse uma mobilidade e uma variedade de opções de combate, talvez isso não fosse um problema, no entanto o controle de ataques é repetitivo e imutável, ao contrário do filósofo que acompanha a protagonista. O que mais espanta e entristece, na verdade, é que não há nada verdadeiramente errado aqui, visto que o título se encontra impecável em sua execução e no amplo uso do sistema do híbrido da Nintendo, inclusive a função de HD Rumble. Na verdade, o pior é notar que o que há de pior aqui é sua incapacidade se se mostrar interessante para além de sua apresentação, oferecendo sempre provocações narrativas, mas que nunca são entregues pela fraca execução geral do elemento de jogo.

Quando um fim é insuficiente

 Em suma, o pior de CRYSTAR é sua exploração e seu combate, ao mesmo tempo em que apresenta uma estética encantadora e uma narrativa intrigante. Em um primeiro momento, inclusive, estava sendo carregado por esta, ansioso por receber um final satisfatório. Contudo, quando derrotei o último chefão, percebi que havia visto apenas um dos finais possíveis, deixando minha experiência incompleta, com um desfecho anticlimático e frustrante.

Claro, existem jogos como Fire Emblem: Three Houses que necessitam de múltiplos encerramentos para contar uma história completa, mas dentro de cada possibilidade narrativa de uma obra do tipo, quando bem executada, é possível ver arcos próprios e fechados em si. Quando um fim é insuficiente por si mesmo para entregar algum tipo de conclusão da jornada das personagens, encontramos apenas uma história vazia, sem utilizar qualquer um de seus potenciais. CRYSTAR, para muitos, não seria considerado um jogo ruim. Mas, ao mesmo tempo, julgo ser difícil conquistar corações de uma legião de fãs.

Prós

  • Estética bem pensada e coerente;
  • Temas narrativos que podem agradar.

Contras

  • Combate maçante e repetitivo;
  • Exploração confusa e frustrante..

Nota

7

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Lucas Barreto
Lucas Barreto
Nintendista e escritor nas horas vagas. Estudante de Letras e fã de visual novel e jogos calminhos.
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