
Desenvolvedora: Nintendo
Publicadora: Nintendo
Data de lançamento: 29 de Abril, 2022
Preço: R$ 199,00
Formato: Digital/Físico
Análise feita no Nintendo Switch com cópia adquirida pelo redator.
Os fãs da franquia “Wii Sports” estavam órfãos da série de jogos de esportes variados da Nintendo, desde Wii Sports Club (2013) no saudoso e injustiçado Nintendo Wii U. Agora com Nintendo Switch Sports, a gigante japonesa tenta trazer de volta uma das IPs mais bem sucedidas da empresa. Porém, será que o mais novo party game de esporte fará jus ao legado de outrora?
Velhos conhecidos e novas adições
A jogabilidade do Nintendo Switch Sports não tem lá muito mistério, assim como fazíamos no Wii com o Wii Remote, balançamos o Joy-Con de forma a simular os movimentos reais do esporte escolhido para realizar as ações principais. A maior parte das modalidades esportivas utilizam apenas um dos Joy-Con, mas é sempre bom manter o par prontamente carregado até caso você queira trocar o braço (ou a perna) com a qual realiza os movimentos por conta da fadiga muscular.

Quando as modalidades disponíveis no jogo foram anunciadas acredito que muitos fãs foram à loucura, mas não por um bom motivo. Diferente do seu antecessor que contava com mais de um dezena de modalidades esportivas (Esgrima, Frisbee, Basquete, Tiro com arco, Esqui Aquático, Jet Ski, Boliche, Esportes Aéreos, Canoagem, Ciclismo e Tênis de Mesa e Golfe), o Nintendo Switch Sports conta com míseros 6 esportes (Volley, Tênis, Boliche, Futebol, Badminton e Chambara) em seu lançamento. A promessa de que a modalidade Golfe viria no decorrer do tempo foi confirmada pela própria Nintendo, mas o gosto amargo da escassez de conteúdo se fez presente.

Outra ausência relevante no que diz respeito ao conteúdo de lançamento, se refere a falta de modos disponíveis para se jogar offline sozinho ou com amigos. Ou você se diverte criando partidas únicas offline a todo momento ou tenta a sorte no online. Ao que parece, o intuito da Nintendo com esse o Nintendo Switch Sports é ser mais um “boost” para o serviço Nintendo Switch Online, visto que com exceção de um minigame secreto nos créditos do jogo, todas as customizações são desbloqueadas ao atingir 100 pontos de recompensa ao jogar (e vencer) as partidas.

Não é comum ver a Nintendo colocando no mercado produtos que parecem incompletos. O que se tem com maior frequência são jogos onde o conteúdo extra disponível por download (DLC), muito tempo após os produtos estarem no mercado, causando uma surpresa por parte do público e “aquecendo” a procura pelos mesmos. O que se vê com Nintendo Switch Sports é exatamente oposto, um produto que apesar do potencial, carece de mais recheio.
Preciso como uma faca “cega”
Durante o tempo de vida do Nintendo Wii vimos o apogeu e a decadência dos jogos com controles de movimento. A chegada de um exclusivo até então desconhecido chamado Wii Sports mudaria a indústria como poucas vezes se viu. Pela primeira vez na história dos videogames, os movimentos realizados pelo jogador eram interpretados pelo sistema de jogo, como se o personagem na tela fosse um avatar em escala da própria pessoa.

Outras iniciativas podem ser consideradas o embrião dessa ideia, como os tapetes de Dance Dance Revolution (1998) ou bazuca Super Scope do SNES, mas nenhuma delas proporcionou uma influência tão grande no gameplay como o revolucionário Wii Remote. A ponto dos grandes jogos do console que utilizaram o controle por movimento de forma única se tornarem praticamente impossíveis de receberem um port nas plataformas atuais, ou vocês não viram a “belezura” que The Legend of Zelda: Skyward Sword HD ficou adaptado para controles tradicionais?!
Essa qualidade não se devia unicamente ao Wii Remote, mas também a Sensor Bar, que funcionava como um eixo óptico, passando a instrução para o controle possuir uma certa referência espacial. A falta desse eixo óptico é o que faz com que seja necessário “recalibrar” os Joy-Cons em esportes como o badminton. Os controles destacáveis do console não possuem a acuracidade no movimentos que o seu antecessor, fazendo com os movimentos nas modalidades de tênis ou chambara não sejam tão belos como outrora. E quem me dera essa falta de exatidão fosse algo perceptível apenas aos mais exigentes.

O preço da diversão
Apesar do preço reduzido para os padrões de lançamento no console, R$ 200 na versão digital e R$ 300 na revenda oficial via Amazon Brasil, o Nintendo Switch Sports pode frustrar pela pouca vida útil do game, sobretudo se você não for dos mais ávidos a jogatina online ou se o seu intuito não for utilizar o Nintendo Switch Sports como um party game, como Mario Party, por exemplo.
Caso mesmo com todas as ressalvas ainda haja interesse no título, sugiro esperar para que mais conteúdos cheguem ao jogo ou uma ocasional promoção no fim do ano. Além do já prometido Golfe, foi descoberto por dataminers a existência das modalidades Queimada e Basquete, então ficamos na torcida por mais conteúdo.

Prós
- Inclusão de novos esportes (volley, badminton…);
- Disponível em português.
Contras
- Falta de precisão dos controles de movimento;
- Desbloqueio de customizações limitados para quem não possui o Nintendo Switch Online;
- Falta de modos offline.
Nota:
6
- Review | Phantom Breaker: Battle Grounds Ultimate - 24/04/2025
- Review | MACROSS -Shooting Insight- - 11/02/2025
- Review | Donkey Kong Country Returns HD - 31/01/2025