Desenvolvedora: Lazy Bear Games
Publicadora: Riot Forge
Gênero: RPG, Simulação
Data de lançamento: 22 de fevereiro, 2024
Preço: R$ 124,99
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Riot Forge.
Revisão: Marcos Vinícius
Publicado pela Riot Games com o selo “Riot Forge” e desenvolvido pela Lazy Bear Games, Bandle Tale: A League of Legends Story chega com uma uma nova roupagem para o universo do MOBA mais jogado do mundo, que de forma fofa e aconchegante, cumpre seu papel como um jogo para relaxar e aproveitar com carinho uma aventura em Bandoóolis.
A aconchegante Bandópolis
Com perspectiva isométrica e uma pixel art muito bonita, somos apresentados à terra dos Yordles: Bandopolis. Diversa, com áreas diferentes que nos apresentam e aprofundam os personagens de League of Legends, além de rostos conhecidos do jogo-pai deste título, como Tristana e Corki, desta vez como NPCs, pois estão longe de ser os protagonistas desta leve história.
Com personalidade leve, peculiaridades e claro, uma leve pitada de bom humor até mesmo nos personagens que, em teoria, seriam do clube dos desagradáveis, não é?
Ambientes peculiares desde uma Universidade, até um ferro-velho e ambientes mais florestais: Diversidade! Algo que é muito bem-vindo e muito bem planejado, diria até que é algo que teoricamente não deixaria o jogo se perder a cadência, pois o que causa isso está em outro lugar, em breve chegamos lá.
Uma forma de tricô não convencional
Você jogador, é tricoteiro, neto do vovô, referência na área por esta prática, aprendiz do melhor. Esta profissão vai muito além do que ela faria na vida real, há um tom mais mágico por trás da tarefa em si, algo que se liga diretamente à história principal.
Você, indo à festa de Ozzy, teimando com seu avô e, um desastre acontece: A conexão entre as ilhas de toda Bandopolis e sua melhor amiga, Clover sai voando junto, cabendo a você, nosso herói, restaurar esta conexão e salvar sua companheira perdida.
Com esta premissa, você parte numa jornada, a qual há muitas adversidades, unindo os yordles por uma causa maior no processo.
Mecânicas bem-feitas e complexas
As mecânicas de Bandle Tale são muito bem polidas, não há o que dizer sobre isso.
Se trata de um sistema de crafting de múltiplas camadas, as quais são bem complexas, embora nada disso tire totalmente o fator casualidade no produto final.
Há uma parte culinária, sendo sua principal fonte de renda para conseguir dinheiro. Você possui seu próprio quiosque que vai evoluindo aos poucos em sua variedade de receitas e é extremamente necessário pois, sua performance garante com que consiga ter pontos para garantir convidados para suas festas, já iremos chegar lá.
Evolui-se no jogo por meio de uma extensa árvore de habilidades, a qual se adquire pontos fazendo coisas desde comida, consertando lugares, construindo coisas novas, é algo contínuo, em constante evolução.
Há certas habilidades necessárias para que você prossiga na história, então sim, há grinding necessário para progressão, onde há de se resolver problemas de se achar materiais, sendo divertido o processo, porém a longo prazo ficando maçante — diria até que isto é uma perspectiva mais pessoal sobre isso; há quem não tenha essa sensação, varia de pessoa para pessoa.
Com áreas da árvore de habilidades a serem exploradas, em alguns casos compensa, em outros não, mas é divertido o processo apesar de tudo. A grande graça de Bandle Tale é descobrir por si mesmo onde achar os materiais para criar novas máquinas, comidas e tudo mais, o “trabalho” que lhe é oferecido.
Festanças e a lã de portal
O objetivo principal de cada arco é simples: Fazer uma festa Yordle tão boa que a alegria dos convidados gerará os materiais necessários para restaurar a estabilidade entre as áreas desconectadas, simples mas, não tanto quanto parece.
Você se torna profissional em organizar festas, criando toda e qualquer camada do entretenimento, desde os aparatos até a comida e assim, o ciclo segue até a festa final, que é o que restauraria tudo e assim a paz em Bandopolis retornaria.
Ritmo se perde próximo ao final do jogo com o grinding
Como eu disse acima, ao mesmo tempo que é prazeroso desenvolver tudo que é necessário para as festas e a restauração dos portais, ao final do jogo o ciclo de torna um pouco enjoativo, principalmente na questão de ter que ficar andando por Bandopolis de novo e de novo e “craftar” para conseguir os pontos da habilidades necessários e conseguir tudo que é necessário para as receitas mais complexas.
Você há de fechar sua mochila —que é sua casa portátil de trabalho— manualmente e caso esqueça, terá de percorrer um longo caminho caminho de volta por não poder instalá-la em outro lugar, uma opção de fechar automaticamente quando se está distante seria muito bem-vinda, algo pequeno, mas que pouparia muito tempo, melhorando a qualidade de vida do jogo.
Afinal de contas, vale a pena?
Bandle Tale me fez ficar decepcionado com o fato de ser o último com o selo Riot Forge, muito bem executado, tanto potencial, há muito espaço para jogos maravilhosos com este então sim, digo com todas as palavras: vale a pena.
Ao pesar na balança, sinto que as questões de ritmo que citei são muito pequenas perto da diversão que o jogo proporciona: Sistema de crafting muito bem-feito, complexidade na medida certa e claro, a carismática Bandópolis e seus personagens maravilhosos.
Com isso concluo que:
Prós
- Atmosfera aconchegante e personagens carismáticos;
- Sistema de crafting complexo e divertido;
- Ótimo para relaxar, cumprindo bem sua proposta;
- Pixel art belíssima.
Contras:
- Grinding um pouco excessivo ao final, quebrando um pouco o ritmo;
- Pequenos problemas de qualidade de vida.
Nota Final:
8