Desenvolvedora: Mebius
Publicadora: ININ Games
Gênero: Shoot ‘em up
Data de lançamento: 23 de Janeiro, 2024
Preço: R$ 129,00
Formato: Físico/Digital
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela ININ Games.
Revisão: Davi Sousa
The Legend of Steel Empire é um shoot ‘em up de estética steampunk, onde o jogador deve ser o trunfo de um movimento revolucionário que visa livrar o mundo da tirania do império Motorhead. Você faz parte da elite da força aérea da República de Silverhead, o único lugar na Terra que ainda não caiu nas mãos das forças do mal.
Abata o maior número de inimigos possíveis ao longo dos 7 fases, nessa nova versão do jogo baseada na versão para PC lançada em 2018. Cruze os seus, guerreiro da liberdade!
Uma receita de bolo (muito bem feita)
Olá, tudo bem? Essa análise vai ser um pouco diferente e espero que vocês me acompanhem ao longo dela. Normalmente, eu começo o texto destacando a jogabilidade, história, mecânicas, elementos que não são tão passíveis de serem julgados por opinião, na minha visão. Tento ser o mais descritivo possível, pois a minha missão aqui é dar um panorama do que é o jogo e, com as informações contidas aqui, você leitor, decidir se ele é digno do seu suado dinheirinho.
Um olhar menos atento pode julgar que jogos pertencentes ao mesmo gênero são essencialmente “iguais” por compartilhar padrões e certos maneirismos; porém, sair de uma coletânea de jogos tão ímpar como Irem Collection vol 1 e chegar a The Legend of Steel Empire chega a ser algo curioso, pois os jogos não poderiam ser mais diferentes entre si.
Ao invés de optar por power-ups que modificam os projéteis, aqui, antes de iniciar cada fase, o jogador tem à sua disposição uma aeronave e um zepelim. O primeiro é mais ágil, porém sua resistência a dano e tiro é menos efetiva; já o corpulento zepelim compensa sua vagarosidade com poder de fogo e armadura.
Nos estágios, podem ser coletados itens que melhoram sua arma, bombas extras e vidas (essas são beeeem escassas mesmo no modo easy). Uma barra de HP na parte superior indica o quanto de dano você ainda pode levar e lateralmente é possível conferir o nível do seu armamento, bombas restantes e vidas.
Um diferencial na jogabilidade de The Legend of Steel Empire que ao mesmo tempo facilita e dá mais uma camada de desafio ao jogador é a possibilidade de atirar tanto para a esquerda quanto para a direita. Sabe aqueles jogos onde os inimigos surgiam por trás da sua nave/personagem e você se embanava todo para desviar até que ele ficasse na sua mira? Então, aqui não é o caso, porém o jogo te colocará muitas vezes para lidar com inimigos vindos de ambos os sentidos, então boa sorte.
Mesmo com essa variação, os controles são muito prazerosos. Não leva muito tempo para que você se acostume ao que o jogo traz de peculiar, tudo parece um passeio de bicicleta após um longo tempo sem fazer essa atividade. No começo, eu fiquei em dúvida se a jogabilidade era essencialmente simples ou se os desenvolvedores foram muito felizes em sua criação. Após passar um perrengue danado mesmo no nível de dificuldade padrão, foi fácil decidir que o certo é que o jogo é primoroso nesse aspecto.
Os cenários de fundo não são tão inspirados, mas a inventividade dos inimigos e chefes compensa. Eu nunca pensei que um boss me daria tanto trabalho para passar de fase, ou que a estética steampunk fosse casar tão bem com jogos desse estilo.
Sempre há espaço para aprimoramentos
Apesar das inúmeras qualidades de The Legend of Steel Empire e de quão divertido é jogá-lo, sempre há algo que pode ser melhorado. Um aspecto que me chamou atenção foi a roupagem dessa versão. Uma grande crítica que eu tenho aos jogos da ININ Games é sobre os menus e a navegação confusa de alguns títulos; aqui, felizmente isso não acontece.
Um extra que pode ser considerado supérfluo por alguns, mas que na minha humilde opinião estende muito a vida útil de um game, é a adição de conquistas. Infelizmente, como a Nintendo não tem um sistema desse tipo em seus consoles, elas são apenas in-game, mas confesso que zerei a campanha mais de uma vez tentando desbloquear algumas delas (meu deus, como o jogo se torna absurdamente difícil no hard).
O destaque negativo fica por conta da repetição de alguns chefes e a ausência de transformações nos últimos bosses, que possuem apenas uma variação de cor para indicar a “mudança”. Mesmo com esses deslizes, a experiência foi ótima, tanto no modo TV quanto no portátil. Vocês, donos de um Nintendo Switch Lite, não vão passar aperto por aqui.
Caso você tenha se alistado na força aérea de Silverhead, eu desejo um bom combate e uma ótima jogatina!
Prós
- Fácil aprendizagem;
- Temática pouco usual no gênero;
- Aeronaves com gameplays diferenciadas;
- Conquistas in-game.
Contras:
- Falta de localização para PT-BR;
- Chefes repetitivos.
Nota Final:
8
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