
Desenvolvedora: BERSERKBOY GAMES
Publicadora: BERSERKBOY GAMES
Gênero: Plataforma, ação
Data de lançamento: 06 de março, 2024
Preço: R$ 90,00
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela BERSERKBOY GAMES.
Revisão: Marcos Vinícius
Num futuro distante, onde magia e tecnologia se misturam, o mundo se encontra em perigo por conta da manifestação maligna de energia escura, chamada de Sombra. Para combater esse mal é formada a Resistência. Um grupo paramilitar que utiliza o poder de orbes — conhecidos como Orbes Berserk — que concedem força sobre humana, para seus usuários.
O problema é que um cientista, conhecido como Dr. Geno, seduzido pelo poder de tais orbes, passa a usá-los para moldar o mundo à sua visão. No jogo, controlamos Kei, um jovem recruta que, acidentalmente, se funde a um dos Orbes Berserk. Com a ajuda da ave Fiore e de sua amiga Dizzie, Kei deve partir em busca de Geno e seus acólitos, para recuperar todos os Orbes e trazer paz ao Setor 7 e a toda Cidade de Nova Esperança.
Visual pixel-art de qualidade
Apresentando um belíssimo visual em Pixel-art e incríveis melodias do compositor Tee Lopes (de Sonic Mania), Berserk Boy busca inspiração em vários jogos de plataforma 2D, de ontem e hoje, como Mega Man (principalmente, Zero), Sonic e Azure Striker Gunvolt. As fases, apesar da linearidade (com início, meio e fim), são gigantes e muito verticais, permitindo a exploração livre. Salvo derrotar o maior número de inimigos, no menor espaço de tempo possível, devemos coletar cinco símbolos Berserk (medalhas) e salvar civis que ficaram presos nesses locais hostis.

Cada mundo guarda três fases, com objetivos variados, que apresentam cenários dos mais diversos e que guardam algumas surpresas no gameplay. Elas possuem quatro portais de teletransporte espalhados que funcionam como pontos de salvamento que recuperam nossa energia, fast travel e que transferem o dinheiro e Medalhas coletadas (orbes azuis) para a base. Ao final da fase é gerada uma pontuação, de acordo com nossa performance (tempo, mortes, inimigos abatidos etc). Conseguindo salvar 100% dos NPCs, uma fase Extra, focada em corrida contra o tempo (um deleite para speedrunners) é liberada.
O gameplay é deliciosamente ágil e nos instiga a fazer combinações dos poderes dos Orbes Berserk para efetuar os mais diversos combos. Jogar no modo portátil é maravilhoso. Os controles respondem bem e podem ser customizados na tela principal do jogo. Toda a experiência está localizada para o português do Brasil. Os diálogos são bem simples – nada muito elaborado – e servem apenas para nos situar na história. Apesar de existir alguns pequenos erros de tradução, não compromete em nada. Uma coisa que reparei é que durante os diálogos, a imagem dos NPCs não aparecem, assim como os nomes dos personagens dos quais estamos mantendo diálogo. Algo que, acredito, será corrigido brevemente.
Coletando os Orbes Berserk
Podemos coletar e nos fundir com até cinco Orbes Berserk: trovão, fogo, gelo, ar e terra. Cada Orbe confere a Kei uma identidade visual diferente e poderes especiais diferentes, chamado de Movimento Berserk. Em minha experiência, o Orbe que mais usei foi o do trovão. Ele permite atingir os inimigos com um dash poderoso que trava uma mira em que podemos lançar uma descarga elétrica. Os demais Orbes, quando adquiridos, são utilizados de forma pontual nas fases, permitindo acessar, por exemplo, áreas antes inacessíveis, como em Metroidvanias.

Dessa forma, o jogo te instiga a revisitar várias vezes a mesma fase para conseguir coletar tudo que é possível encontrar nela e, no processo, melhorar o nosso rank final, ao completá-la. A repetição também é essencial para coletar dinheiro e trocá-los por melhorias para o personagem junto a Dra Quinn. O desafio é bem democrático, nem fácil demais, nem difícil demais. E o jogo nos dá a possibilidade de escolher dois modos diferentes: o Moderno (em que não há um contador de vida) e o Retrô (em que há um contador de vida e um aumento ligeiro na dificuldade).
As lutas contra os chefões, até tentam emular a lógica de Mega Man, em que cada um possui um padrão de ataque que precisa ser decorado e uma arma específica que pode ser mais eficaz na batalha. No entanto, essa ideia não foi muito bem implementada, bastando atacar de forma agressiva os oponentes (usando o Orbe do trovão, por exemplo) para derrotá-los com certa facilidade.
Não é mera cópia
Berserk Boy não é mera cópia. Dizer isso chega a ser desrespeitoso com tudo que o título se propõe. Podemos dizer que o jogo é uma incrível experiência que busca inspiração em diversos jogos de plataforma 2D mas que consegue entregar algo com muita identidade. Os belos visuais cartunescos em pixel-art e as batidas eletrônicas, que dão o tom das fases, casam perfeitamente com um gameplay rápido e divertido. Imperdível!
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