
Desenvolvedora: Next Level Games, Tantalus
Publicadora: Nintendo
Gênero: Aventura e ação, elementos de Terror
Data de lançamento: 27 de junho, 2024
Preço: R$ 299,99
Formato: Digital, Físico
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Nintendo.
Revisão: Marcos Vinícius
O Luigi sempre foi parte da minha identidade Online desde que me lembro. Os leitores mais assíduos e os membros veteranos do NintendoBoy ainda devem se lembrar de uma era onde tudo que conheciam de mim eram as mais diversas fotos do segundo encanador mais famoso do mundo. Mas apesar de ter muito carinho pelo personagem, o selecionar em toda e qualquer spin-off da franquia, e masterizar seus comandos no Super Smash Bros. Ultimate, um grande furo na meu histórico era nunca ter jogado sua própria franquia, Luigi’s Mansion.
Então com olhos frescos de um novato, com exceção, claro, da demo que tive a oportunidade de jogar durante a gamescom latam, me foi oferecida a alegre oportunidade de criar uma análise de e Luigi’s Mansion 2, o port em HD que recentemente chegou no Nintendo Switch. E com muito prazer aceitei a tarefa, então, para quem é novato aqui como eu, vou começar explicando do que se trata a série Luigi’s Mansion.
Luigi e sua própria história
Em Luigi’s Mansion encarnamos na pele do maior símbolo de “Player 2” no mundo dos videogames para explorar uma aventura muito mais sombria e edgy do que as outras do mesmo universo.

Mas não se deixem enganar, Luigi’s Mansion NÃO assusta — e nem exatamente tenta ao menos nessa entrada. Mas ainda assim, o jogo apropria da estética mais óbvia e direcionada dos GhostBusters, bem como das referências mais gerais e abstratas do gênero de terror, tudo sem perder a energia cartoonizada que os jogos da franquia costumam trazer,
Esse denso apanhado de referências somadas à personalidade medrosa do Luigi e ao carisma único da franquia expandida do Mario criam uma experiência que é quase irreal de se acreditar que exista e que possa ser tão perfeita. Mas, sim, Luigi’s Mansion existe e consegue fazer todos esses elementos conversarem como vou explicar no tópico a seguir.
Não deixe os fantasmas fugirem!
A jogabilidade em Luigi’s Mansion pode ser dividida em basicamente três seções no geral, sendo elas: explorar os locais, resolver puzzles e o combate do jogo.
No combate, devemos usar de diversas táticas e lidar com variados tipos de inimigos para os imobilizar e absorver com nosso equipamento especial, o “Poltergust 5000”, um aspirador com a função normal e reversa capaz de absorver os fantasmas atordoados. Os mais simples dos fantasmas se atordoam com um feixe de luz, enquanto alguns mais complexos exigem das outras mecânicas do jogo ou até de gimmicks específicos de missões.

A exploração, no entanto, aqui é o verdadeiro trunfo dessa franquia, permitindo que o jogador utilize os diversos itens a disposição, como lanterna, ambas funções do Poltergust, luz negra que revela itens escondidos e afins para interagir de maneiras criativas e interessantes com tudo no cenário. Nesse processo o jogador deve resolver diversos tipos de quebra-cabeças para prosseguir na aventura.
Os quebra-cabeças de Luigi’s Mansion 2 são de uma qualidade altíssima! As supracitadas mecânicas são usadas de maneiras progressivamente mais criativa e o jogador é desafiado a revirar os sistemas a disposição para completar todas as missões, o que faz com que tudo seja cada vez mais natural e intuitivo e torne o jogador e o Luigi em verdadeiros Caça Fantasmas ao fim do jogo.
A estrutura
Eu acho que é válido levantar uma das maiores discussões acerca de Luigi’s Mansion 2 HD. Nele temos um sistema de Missões, parecido com as de um collect-a-thon, onde vamos um cenário que realizamos uma missão específica e depois retornamos a base antes de continuar a exploração do local.

Enquanto nos outros Luigi’s Mansion temos modelos mais sandbox (o que eu não tenho base para comentar), neste posso dizer com tranquilidade que o sistema de Missões funciona e faz sentido. A sensação de estar fazendo uma escolta em um lugar mal assombrado e abrindo caminhos enquanto se familiariza com o funcionamento das mecânicas da fase é simplesmente perfeito.
A progressão do que funciona no ambiente a cada vez que você retorna também agrega muito ao senso de completude. Poder revisitar cada momento da jornada da exploração de cada fase só tem a agregar no geral e eu não tenho do que reclamar.
Por fim, Luigi’s Mansion 2 HD possui 5 fases com diversas missões cada e um boss no fim de cada uma. No fim de cada fase você recupera um pedaço da Lua Negra, item que está enlouquecendo os fantasmas e nomeia o jogo original do 3DS. Ainda assim não se engane, de puzzle em puzzle eu fiquei perdido por muito tempo e completar o jogo me levou tranquilamente mais de 30 horas — isso, claro, sem coletar todos os opcionais espalhados pelas fases.
Inimigos, construções e chefes
Assim como nos quebra-cabeças que permeiam o jogo todo, os inimigos são também uma espécie de puzzle, o que torna o combate sempre refrescante graças à variedade de inimigos. Para fantasmas normais basta ligar o flash e começar a sugar, mas para os Boo que se escondem pelas fases o jogador precisa encontrar eles com a luz negra e olhar nos olhos para poder dar início a captura.

As fases do jogo também se beneficiam muito da variedade de versões de um mesmo cenário. Na última sessão da primeira fase por exemplo, o cenário fica repleto de teias de aranha, o que já indica o primeiro chefe, uma aranha gigante possuída por um fantasma.
Essa luta é particularmente encantadora, já que nela temos que utilizar metodicamente o que aprendemos em cada seção da primeira fase, se mostrando uma excelente boss fight com a essência de quebra-cabeças que permeia todo o jogo além de um show de Level Design por si só como é comum nos jogos da Nintendo.
Um masterpiece em Alta Definição
No sentido de Luigi’s Mansion 2 ser ainda um port de um jogo do Nintendo 3DS, eu particularmente não vejo problemas nisso. Os cenários, claro, mostram alguns sinais de sua origem, mas a remasterização — se é que podemos chamar assim — e a direção de arte afiada constroem uma sensação de que esse jogo quase não poderia ser feito de outro jeito,

Os controles foram perfeitamente adaptados para o Nintendo Switch e um grande ponto forte acaba sendo sua estrutura, pois mesmo que o console seja também um portátil, poucos jogos dele são feitos como isso como prioridade. Claro que hoje em dia a maior parte dos jogos você salva onde quiser, e é virtualmente possível pausar qualquer jogo em qualquer lugar usando o menu Home. Isso dito, a estrutura de fases do Luigi’s Mansion 2 HD é perfeita para jogar on the go.
Digo isso, especificamente pois muitas vezes sinto que estou perdendo potencial do jogo ao joga-lo no modo Portátil, quando aqui isso é até incentivado. Por fim, tanto como jogo, quanto como port (ou sei lá, soft remaster), recomendo fortemente a experiência, e já estou com meus olhos fixados na terceira entrada pronto para mais!
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