Data de lançamento inicial: 31 de Dezembro, 1990 (NA)
Gênero: Beat ‘em up
Estúdio: SEGA
Plataformas: Mega Drive, Master System, Sega Game Gear, Xbox 360, Wii, PS2, iOS, Android,Nintendo 3DS
Desenvolvedores: Sega Wow, MNM Software
Publicadora: SEGA
Formato: Digital / Versão física
Curiosidades:
- Em 2007 o jogo ficou em segundo em uma votação criada pela SEGA para retornar algum jogo clássico, Streets of Rage ficou em segundo perdendo para NiGHTS, que ganhou um jogo para Wii no mesmo ano.
- O jogo apareceu brevemente no seriado Narcos. Na cena, Pablo Escobar esta jogando Streets of Rage com seu filho.
- Na capa americana, as cores das roupas de Axel e Blaze estão erradas. Essas cores correspondem as dos personagens no terceiro jogo da serie da versão americana.
- A inicial dos personagens corresponde a sua nota em força, pode ser uma mera coincidência.
- Esse é o único jogo da serie que Adam esta pressente como personagem jogável.
- Alguns elementos da capa americana foram reutilizados na capa americana de Final Fight 2.
Introdução
Streets of Rage marcou muito minha infância, tenho boas lembranças de jogá-lo com meus amigos e outras algumas péssimas que envolvem a palavra “YES” (se é que me entendem). O jogo foi o responsável moldar meu gosto por Beat ‘em up, e acho que não fui o único pois sempre vejo o quanto a franquia e adorada pelos que viveram a época dos 16 bits. Essa nostalgia da comunidade vem a tona quando você vê os comentários sobre o novo título da franquia que chegará no futuro.
Quando ganhei meu Mega Drive, lembro que ele veio com o cartucho de dez jogos. Quando você é criança e ganha um video game novo e ainda com dez jogos de uma vez é muito fácil ficar perdido em suas escolhas, então Streets of Rage não foi o que mais me chamou atenção logo de cara. Mesmo que eu não tenha jogado tanto ele quanto outros títulos de Mega Drive que eu tinha, tenho certeza que foi um dos mais memoráveis para mim, isso porque eu só queria jogá-lo se fosse em cooperativo com outra pessoa. O mesmo acontecia com Golden Axe. É fácil compreender que algo é mais divertido quando estamos jogando com alguém, mas acho que só mesmo quem jogou na infância o co-op local sabe o quão divertido essa parceria que podia virar briga a qualquer momento.
História
Quando mais novo, nunca dei a mínima para as histórias dos jogos, e mesmo com o jogo todo em inglês, era fascinante assistir aquela intro do jogo – aquela cidade a noite cheia de prédios no fundo, bem como aquela musica dramática para mim era algo relaxante mas que ao mesmo tempo me deixava animado e pronto para a porrada!
Streets of Rage se passa em uma cidade que um dia já foi um lugar pacifico e foi tomada por uma organização criminosa que controlou as ruas e o governo. Com isso, a cidade se tornou um antro de crime e violência onde os criminosos andam soltos espalhando o caos (qualquer semelhança com certo local no Brasil é mera coincidência). Para tentar dar um fim a terrível situação, um grupo de jovens policias resolvem sair de seu trabalho e arriscar suas vidas para limpar a cidade dessa organização criminosa.
Apesar da introdução básica, eu sempre me perguntei o por que desse jogo nunca ter virado um filme de ação na época. Mesmo que ele não fosse tão famosos como Mario, Sonic, e Street Fighter na época, o filme com essa temática seria perfeito para a época. Felizmente, nos tempos atuais, um filme/serie de tv está atualmente em produção, então vamos ficar no aguardo por mais novidades no futuro.
Jogabilidade
Tentarei ser o mais breve possível aqui. Qualquer um que já tenha jogado algum clássico de Beat ‘em up sabe como a jogabilidade pode ser bem simples e na maioria das vezes repetitivas. Existem poucas diferenças da gameplay de um jogo para outro, mas são essas diferenças mínimas que o tornam inesquecíveis para mim. Normalmente jogos Beat ‘em up tem o esquema de apertar o ataque e pulo para dar um golpe em área mais forte e que tira um pouco de vida, mas aqui esse movimento não existe, em vez disso temos a assistência de um policial que da um tiro de bazuca.
Fora a assistência o jogo tem um ótimo sistema de agarrão, que não se limita a faze-lo no inimigo, mas também pode atirar um inimigo contra o outro sem mencionar que é possível fazer isso com o seu parceiro. Os inimigos também podem utilizar o agarrão, se você ficar imobilizado por conta disso você pode dar chutes assim como socos para trás para escapar da situação. É possível ter reações diferentes para momentos diferentes não se limitando aos golpes básicos.
Como disse, é possível agarrar outro seu parceiro, além também de bater bate-lo. Se estiver jogando com um amigo, um movimento errado ou provocação pode gerar brigas, e passar por esta situação jogando em cooperativo acaba sendo uma experiência única. Quando eu jogava com algum amigo, tínhamos um regra de punir com um soco no outro, e isso muitas vezes resultava em um PvP e ignoravamos todos os inimigos em volta.
Fases e a “pergunta maldita”
Acho incrível como o jogo tem certos detalhes que na maioria das vezes passam desapercebido. Alguns exemplos são os reflexos dos prédios, pôsteres nas vitrines das lojas (que sempre tem letreiros de neon da primeira fase), os papéis que vem com o vento na segunda fase que se passa em uma área residencial. Cada fase é distinta tanto na estética quanto na pratica quando a jogamos. A fase da praia, onde chove ou a fase do barco ao meu ver são as mais memoráveis.
Quando joguei Streets of Rage pela primeira vez, as duas últimas fases eram simplesmente espetaculares, sendo a penúltima tendo o melhor fundo possível pra ela – ele não só te deixa ansioso como também te impressiona – é fantástico ver o elevador subindo enquanto a paisagem muda até ser possível ver os prédios ao redor. Talvez você chegue a se perguntar até quando o elevador vai subir, e então, quando é possível ver toda a cidade, da para perceber que se chegou no final da fase. Está é uma das minhas lembranças favoritas do jogo.
Já a última fase me passou uma ótima sensação de longevidade, como as janelas que mostram o amanhecer no decorrer da cidade. Da pra sentir que o final vai se aproximando junto com o amanhecer e quando você está dando tudo de si pra vencer, cada mudança de fundo do cenário é um alívio e uma tormenta. Mesmo que você esteja mas perto do fim também quer dizer que esta mais perto do ultimo obstáculo.
Quando estive prestes a enfrentar o ultimo Boss, ele te faz uma pergunta e esse e um dos pontos mais frustrantes da minha infância pois sempre que a pergunta era feita eu não sabia o que responder por eu não saber inglês. A pergunta em questão é:
Bem, você chegou até aqui. Você consideraria se tornar meu Braço Direito?
O correto seria você responder com um “Não”, mas naquela época eu não tinha como saber a resposta correta. Eu e meus amigos sempre respondiamos “Sim”, dai então éramos jogados para a maldita Antepenúltima fase, o que acabava com a nossa moral e nos fazia desistir de tentar subir o elevador outra vez. Sem contar passar pelos chefes de novo na ultima fase, essa fase com certeza marcou muita gente de forma negativa.
Felizmente, se os jogadores responderem com o “Não”, eles são obrigados a lutar até um deles tomar Game Over, mas ai esta a grande sacada! Mesmo se sua resposta for “Sim” e você ganhar a luta não vai ser preciso voltar duas fases, então, o esquema que eu fazia era este. Ao invés de lutarmos pra ver quem fica, víamos quem estava com menos vida para perder e não usar o continue pra poder voltar no meio da luta contra o ultimo chefe. O único problema nisso é que isso poderia resultar num Bad End.
Musicas
A trilha sonora de Streets of Rage é impecável! ELAS parecem ter saído de baladas eletrônicas, só que mesmo assim elas combinar perfeitamente com o ambiente de cada fase. Um padrão de qualidade se estendeu aos outros dois jogos, essa qualidade foi tanta que álbuns com as musicas da serie foram lançadas e hoje em dia chegam a custar um rim em leiloes no Japão.
O compositor responsável pela trilha sonora de Streets of Rage, Yuzo Koshiro, teve aulas de musica com o compositor Mamoru Fujisawa, que se você não o conhece, ele trabalhou em vários filmes do Studio Ghibli e no jogo Ni no Kuni para o Nintendo DS e PlayStation 3. Yuzo trabalhou em muitas outras series de renome como Shinobi, Shenmue, Etrian Odyssey e Super Smash bros. Fico extremamente feliz que ele estará na equipe de Streets of Rage 4, então pode se esperar musicas no estilo do primeiro da serie na tão aguardada continuação.
Conclusão
Jogar Streets of Rage novamente me trouxe a tona muitas boas lembranças, que ao mesmo tempo me deixou um pouco triste. Jogar algo que eu sempre joguei com outra pessoa só que agora sozinho acaba não sendo tão divertido. Eu aconselho que se for jogar ele faça o possível pra jogar com alguém em cooperativo local seja um amigo ou familiar. Jogar em cooperativo é umas das melhores experiencias de Streets of Rage.
O jogo não vive só de elogios, então vou citar alguns pontos negativos. O primeiro deles são os chefes, eu realmente não os acho carismáticos e memoráveis e ainda existe dois deles que são a Blaze com uma variação de cor. Mesmos de não serem memoráveis, simplesmente morrer para recuperar o especial pode ser a melhor estratégia em alguns casos. Na verdade, nem consegui acertar as chefes da fase 5 (Aboard Ship) de maneira normal.
Se você estiver ansioso para o quarto jogo da serie aconselho, a jogar os anteriores, pelo menos o primeiro. Não pela historia em si, mas pelo legado da série.
Por muitos anos os fãs esperaram por uma nova continuação e nunca perderam as esperanças disso. Poucos jogos da era 16 Bits conseguem ter uma base de fãs tão fiel como a de Streets of Rage e, com certeza, essa serie merece sua nova sequência. Acredito que seria bom os jogadores mais novos dar uma conferida e se possível os mais velhos apresenta-lo para uma nova geração.
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