
Muito antes de se juntar a Nintendo, a Monolith Soft realizou diversos projetos com outras desenvolvedoras japonesas décadas atrás. Quando trabalhou com a Square Enix, isso antes mesmo de ser obtida pela Namco, o estúdio trabalhou em um RPG que muitos fãs do PS1 devem conhecer, o Xenogears. Em um artigo especial publicado pela Famitsu esta semana, Hirohide Sugiura, atualmente co-presidente da Monolith Soft, falou sobre seu trabalho com a Square Enix (na época Square Soft) e como Xenogears fez nascer o estúdio que atualmente conhecemos.
Sugiura explicou que após a Square Soft ter publicado Xenogears no PlayStation, a equipe de desenvolvimento já estava querendo trabalhar em uma sequência. Infelizmente ‘Xenogears 2’ nunca viu a luz do dia, isso porque a Square Soft estava entrando na produção de um filme de Final Fantasy chamado Final Fantasy: The Spirits Within – o que significava que a sequência de Xenogears não poderia acontecer a menos que houvesse algumas mudanças importantes.
Tudo começou quando eu jogava Xenogears naquela época. Eu estava encarregado de outro jogo na época, mas Xenogears realmente se destacou entre os demais e me apaixonei por ele. Posteriormente, montamos planos para um Xenogears 2, mas a Square na época tinha muito investimento financeiro em sua divisão de filmes, por isso era extremamente difícil colocar as coisas em produção internamente. Apesar disso, eu sabia que, de alguma forma, precisava criar algo com essas idéias, então escolhi seguir meu próprio caminho.
Hirohide Sugiura seguiu em frente e junto com Tetsuya Takahashi e Yasuyuki Honne em 1999 fundou a Monolith Soft. A equipe não pode criar Xenogears 2 devido os diretos da IP pertencer a Square Soft na época. Apesar da ideia original fosse fazer uma sequência para o jogo, eles prosseguiram e trabalharam em Xenosaga: Episode 1, que seria um sucessor espirital de Xenogears. Isso fez a Monolith Soft trilhar um longo caminho, que junto com a Namco, trouxe também outros projetos como Namco x Capcom, Super Robot Wars e Baten Kaitos.
Mais tarde, a Nintendo acabaria comprando o estúdio que hoje conhecemos pela querida série de JRPG Xenoblade Chronicles, Project x Zone e outros trabalhos em The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Animal Crossing: New Horizons.