Desenvolvedora: Blastmode
Publicadora: PLAYISM
Data de lançamento: 04 de junho, 2021
Preço: R$ 101,95
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela PLAYISM.
Um ganso caçador de recompensas que viaja pelo espaço. Essa é uma daquelas ideias que você definitivamente não encontra todo dia, mas esse a premissa e do jogo Mighty Goose é exatamente essa, unido com uma gameplay plataformer run and gun e um visual bem atrativo com boas animações
A jornada de uma ave no espaço
Como dito antes, a premissa é bem simples, apenas uma desculpa para os acontecimentos do jogo, mas, resumidamente, você é um ganso caçador de recompensas que se aventura para derrotar Void King, um comandante de robôs temido pela galáxia, e o seu ajudante Raven, um pássaro extremamente de aparência maravilhosa e estonteante.
Depois de determinadas fases, ou partes delas, toca uma cutscene, que na maioria das vezes é bem carismática e com um nível de qualidade bastante agradável. A estética do jogo é maravilhosa, os personagens, itens, inimigos e cenários são lindos e as cores são muito bem selecionadas.
Boa parte das fases é bastante única em cenário com pouquíssimas exceções de repetição que nem chegam a incomodar. E a trilha sonora é praticamente perfeita: é boa de se escutar e combina muito bem com o clima rápido do game.
Frenético, claro e divertido
Os controles do jogo são competentes e a gameplay é bem direta, o que pra mim é uma ótima qualidade. Normalmente é só seguir em frente pelo mapa (às vezes fazendo alguma missão como resgatar alguém preso no local) e sair matando todos os inimigos em seu caminho, apesar de haverem sim algumas exceções em determinadas fases, porém, nada muito impactantes, e quase toda fase termina com uma boss battle, algo relativamente comum em jogos desse gênero.
Durante as fases em áreas específicas, aparecem múltiplos inimigos, e você só poderá avançar a tela depois de matar todos. Mesmo com essa base, o jogo não se torna nem chato nem repetitivo, muito pelo contrário, sair matando os inimigos fazendo inúmeros combos com uma tela cheia de explosões é extremamente divertido.
Uma das mecânicas do jogo é o Medidor Mighty, uma barra que se enche conforme você for matando os inimigos, e ao completa-la, o ganso entra no “Modo Mighty“: seus ataques ficam mais rápidos e intensos e ficamos invulneráveis a qualquer ataque até o efeito se esgotar. Encher a barra e atirar nos inimigos como se não houvesse amanhã não tem preço.
Além disso tudo, algumas fases contém alguns veículos que podem ser usados para mudar um pouco a jogabilidade, sendo divertidíssimos de controlar, e, com certeza, trazem uma variedade bem vinda à gameplay
Menos é mais
Mighty Goose é bem curto e dá para fazer tudo que o jogo oferece em um único dia, e, como consequência, acaba tendo uma quantidade pequena de armas, veículos, inimigos, elementos de level design entre outros…
Isso para muitos pode ser considerado um defeito e mesmo eu querendo que o jogo tivesse sido mais longo, esse não é um aspecto que me incomoda fortemente, porque tudo nesse jogo é usado de uma maneira simples porém satisfatória, cada arma é bastante útil, apesar de existirem algumas mais “quebradas” que outras. Cada veículo é muito divertido de se controlar, os inimigos e elementos de level design bastam para a duração de jogo. Provavelmente, se o jogo se prolongasse mais, essa repetição viraria um grande defeito, mas, como sabemos, é melhor ter poucas horas que sejam prazerosas do que ter muitas e muitas horas de puro estresse e repetição de uma maneira forçada.
O universo bondoso com o querido ganso (talvez até demais)
O jogo em si já é curto, e um dos motivos de sua duração baixa, além da quantidade de fases, é sua dificuldade. Há uma variedade de maneiras para facilitar sua jogatina, muitas se baseiam na armaria, um lugar desbloqueado após a conclusão da 1⁰ fase. Nele se pode equipar um companheiro, parceiros que em sua maioria lutam ao seu lado após serem resgatados de certas fases, que além de perseguirem o jogador a fase inteira, sempre o ajudam de alguma forma — como atacar inimigos ou dar munição para determinada arma. Só dá pra equipar um companheiro de cada vez e só dá para trocá-los fora da fase
Além dos companheiros, temos as armas secundárias, que podem ser equipadas antes de se iniciar a fase, mas apenas um por vez, ocupando o mesmo botão de fazer o ganso guinchar. Também temos atributos que ocupam energia para quem deseja ter menos dificuldade ao decorrer do jogo, mas cuidado, pois temos um limite para isso, e cada um tem seu custo, então é importante pensar como você quer fazer a build. Pelo menos, as coisas da armaria são desbloqueadas com o passar do game, então você não tem tudo a sua disposição desde do início
Além da armaria, outra forma de ter menos dificuldade no game, é comprando armas ou veículos usando o botão de pause com as moedas que você ganha matando os inimigos. Essas moedas são fixas por fase, então ao mudar de fase o contador é zerado, mas honestamente, eu tive que comprar armas pouquíssimas vezes ao longo da minha gameplay por que muitas vezes eu não via necessidade, até porque os inimigos dropam kits médicos, então você quase nunca ficará sem vida. Fora que se você conseguir morrer, o jogo lhe dá uma shotgun de graça, que é uma arma bastante poderosa.
Depois de você zerar a história principal do jogo, são desbloqueadas as mesmas fases porém mais difíceis, e essa parte sim me ofereceu um desafio melhor. As únicas partes que eu realmente senti que foram desafiadoras foram a fase final e esse pós game
Criaturas de outro mundo (literalmente)
Provavelmente os bosses são a parte mais desafiadora do jogo, embora tiveram alguns que eu matei de primeira. Uma coisa que facilita a luta contra eles é que, assim como os inimigos padrões, os mesmos não dão dano por encostar neles, o que me surpreendeu bastante. Os bosses são distintos, divertidos e alguns chegam até a ser memoráveis, mas infelizmente tive bugs em 2 chefões específicos que afetam completamente as suas batalhas, porém isso pode ser corrigido facilmente em patches, e as batalhas não deixam de ser maravilhosas.
Vá atrás de Void King!
Embora todos os probleminhas que tive com Mighty Goose, ele é um jogo extremamente divertido e que, mesmo sendo curto, é um bastante prazeroso e único, sendo um dos indies que mais me surpreendeu esse ano, todos os seus erros podem ser facilmente evitados ou mesmo corrigidos em patches futuros, então vale a pena abraçar a ideia e ser um ganso aventureiro.
Prós:
- Gameplay simples, direta e divertidíssima, sem ser repetitiva ou maçante;
- Recursos no geral bem utilizados;
- Visual maravilhoso com cores reluzentes;
- Trilha sonora que combina com a gameplay frenética;
- Bastante abrangente tanto para jogadores mais casuais e tanto em opções de línguas e acessibilidade em si;
- Carismático apesar da temática comum.
Contras:
- Falta de customização de dificuldade e a curva da mesma é ruinzinha;
- Bugs, alguns simples e outros significativos;
- Poderia ser mais longo e com uma variedade maior em determinados elementos.
Nota Final
8
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