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Review | Punhos de Repúdio

Matheus De Brito 26/05/2023

Desenvolvedora: BrainDead Broccoli
Publicadora: QUByte Interactive
Data de lançamento: 25 de Maio, 2023
Preço:R$ 24,99
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela QUByte Interactive.

Revisão: Davi Dummont

A primeira vez que ouvi falar de Punhos de Repúdio foi lá em 2020 ou 2021 no Twitter. Tinha gente falando que sairia um tal jogo de briga de rua brasileiro, onde temos que bater em negacionistas da ciência em uma pandemia ficcional. Na mesma hora achei que não seria uma ideia muito boa — quero dizer, não a ideia de bater em negacionistas, essa sempre vai ser boa, mas a de um jogo que pega um recorte político tão específico.

Na Steam, por exemplo, alguns jogos pegaram políticos para fazer jogos de kart ou de luta, tentando surfar na época da Lava Jato, e como eram períodos muito específicos, todos esse jogos tinham que ser feitos muito rápido para pegar o período de alta de tais notícias. Por conta disso, todos eles saíram com qualidade muito baixa.

Por conta desse histórico, havia um certo preconceito com Punhos de Repúdio. No entanto, quando finalmente pude colocar as minhas mãos nele, senti que mesmo sendo um jogo feito em pouco tempo, não é apenas um amontoado de meme político e referências com uma gameplay rushada em que nada funciona, mas sim um jogo competente feito com muita fúria e ódio em relação aos acontecimentos que estavam acontecendo no Brasil.

História da fúria

Para você, meu caro leitor, que ainda deve estar se perguntando do que se trata Punhos de Repúdio, trata-se, de forma mais simples, de um beat’ em up ao estilo Street of Rage e Scott Pilgrim vs the World, feito pelo estúdio brasileiro BrainDead Broccoli, que depois de uma campanha de sucesso no Catarse, realizada ainda em 2021, conseguiu arrecadar um pouco mais de 53 mil reais para desenvolvimento do jogo. Agora, em 2023, um ano após seu lançamento em PC, Punhos de Repúdio foi publicado no Switch pela QUByte Interactive.

O jogo conta a história de um país que está sofrendo com a pandemia de um vírus que se propaga pelo ar. Nele, as organizações médicas e científicas aconselham a ficar em casa e caso sair seja inevitável, recomenda-se manter distância de outras pessoas além do uso de máscara. Porém, o presidente do país incentiva o contrário, apoia aglomeração, passeatas e remédios sem eficácia. Ainda bem que trata-se de mera ficção, já que nada do que eu falei é baseado em fatos, tem até uma mensagem no jogo citando que personagens são originais se caso tiver semelhança é puramente uma coincidência.

Temos a opção de escolher uma entre 4 personagens: Laura, Nina, Olga e Lola, cada uma com uma característica. Laura é a personagem mais balanceada, Nina tem menos força mas tem alcance com seu robozinho na mochila, Olga é a mais rápida e Lola é a com maior força mas também é lenta. As quatro começam a aventura sem se conhecer em um mercado, onde um grupo sem máscara estava por perto, desrespeitando os conselhos dos cientistas, até que em um momento de fúria elas se revoltam e começa a jornada até “o presidente.”

Gameplay da porradaria

Uma das características que mais me surpreendeu foi a gameplay, tão bem feita e responsiva, apesar do curto período de desenvolvimento. As quatro personagens possuem similaridades, tendo um botão para bater fraco, forte, agarrar, defender e pular. Enquanto você joga, pode encontrar pedaços de caderno para aprender novos movimentos que servem para fazer combos.

Durante a ação, uma barra de golpe especial vai carregando ao bater nos inimigos, e os especiais são temáticos no contexto da doença, referenciando entregadores de aplicativos ou o home office, sendo ataques em área, eliminando diversos inimigos e sendo muito úteis como um ataque de desespero contra vários adversários; mas contra chefes, tudo que eles fazem é causar bastante dano, possuindo eficiência reduzida.

A beleza da violência

Punhos de Repudio é um jogo bem curto com 4 fases que seguem uma estética de quadrinho independente com um pouco de revista Mad ou tirinhas de internet. Com uma animação quadro a quadro muito bonita, em momento nenhum eles tentam fazer a cidade principal parecer descolada ou sequer limpa, em todos os momentos durante a gameplay é possível encontrar algum tipo de sujeira ou poluição visual comum de uma cidade, como por exemplo propagandas, pichação ou cartaz de política, tudo isso trazendo um ar bem brasileiro e estressante que é um dos pontos mais altos da direção de arte.

Tudo aqui evoca o estresse e a fúria, desde a parte em que nossas heroínas explodem de raiva ainda no começo do jogo aos finais de fase com a mensagem “todos os otários eliminados”, além das fases bônus, depois de derrotar chefes, quando temos que espancar algo o mais rápido possível podendo liberar novos golpes.

Mesmo com poucas fases, a equipe do jogo conseguiu fazer uma boa variedade de ambientes: saindo de rua de bairros mais suburbanos à passeatas de gente que não acredita em ciências, retratando os anti-vacinas e terraplanistas, levando-nos à um templo religioso e até ao palácio presidencial. Cada ambiente consegue ter uma variedade legal de adversários começando por apenas pessoas normais que não respeitam o isolamento e saem para festejar a mutantes que tomaram os remédios radioativos do presidente.

Na parte do level design, conseguiram fazer cada fase única. Visualmente, acredito que podiam ter explorado um pouco a verticalidade como descer ou subir as ruas, pular obstáculos ou até mesmo ter objetos quebráveis, algo que seria perfeito para um jogo com tanta fúria, mas só lembro de poder quebrar tonéis de fogo de pessoas que queimam livros, onde você tem que resgatá-los para poder aprender novos golpes

Entre as fases, você viaja por um “mapa do mundo” para ir para a próxima fase, ou comprar coisas para deixar equipado na sua personagem com o dinheiro deixado por inimigos derrotados. Os itens podem ser comidas que podem aumentar a força, carregar mais rápido o golpe especial, entre outras coisas.

Um fato interessante é que os itens retratam uma cultura bem brasileira, como um cafezinho ou biscoito plano, mas um defeito é a visualização das descrições dos itens na loja, que são extremamente pequenas ficando muito ruim de ler na TV e no modo portátil. Viajar pelo mapa estranhamente não é algo confortável e divertido pois a visão se torna isométrica, logo as personagens só tem quatro direções para seguir, sendo muito comum você se pegar tentando andar na diagonal e não conseguindo.

Batidão

A trilha sonora de Punhos de Repúdio é algo que devo dar um destaque pela sua brasilidade e originalidade que é uma espécie de funk chiptune 8-bit, o que achei uma ideia muito boa, mas não sei se gostei da execução, por ser 8-bit. Talvez, se o jogo combinasse mais em pixel-art e não desenhado, ou se em vez de remeter aos 8-bit fosse algo mais moderno me agradaria mais, ainda assim isso não é nada que piora a experiência de jogo.

Conclusão

No geral, Punhos de Repúdio é uma experiência muito boa! É uma briga de rua muito competente mas com pouco conteúdo. Isso dito, levando em conta o preço de R$ 24,99, e pensando que foi feito por uma equipe pequena em cerca de 2 ou 3 anos em período pandêmico, é um trabalho maravilhoso ao ponto de eu agora estar ansioso pelos próximos trabalhos dessa equipe, com um orçamento maior e mais tempo de desenvolvimento e com uma temática que não fique tão datada.

Prós

  • Combate de beat ‘em up tradicional muito bem fluido;
  • Belas animações e direção de arte;
  • Tema abordado reflete o cenário da pandemia do COVID-19 no Brasil, e uma crítica às atitudes controversas do ex-presidente da República.

Contras:

  • Pouco conteúdo;
  • Curto demais.

Nota Final:

8,5

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Desenhista vagabundo que gosta de acompanha a Nintendo e outros video games e amante de podcast e animes
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