
Quando paramos para pensar sobre “jogos de terror da década de 1990, nossa mente pode se voltar a clássicos icônicos como Alone in the Dark ou até mesmo Resident Evil — está última que continua viva até hoje. Ademais, existe um outro clássico, um que surgiu antes mesmo do primeiro Resident Evil, antecedendo-o por apenas alguns meses, mas que por ser restrito ao Japão passou fora dos nossos radares: estou falando de Clock Tower!
Lançado em 1995 para o Super Famicom e publicado pela Capcom, Clock Tower é um survival horror que retrata a história de uma jovem órfã chamada Jennifer que, junta de três outras garotas, é adotada e recepcionada em uma grande mansão. No entanto, sua alegria dura pouco quando descobre que nessa mesma mansão, existe alguém que está caçando as jovens, um homem deformado conhecido apenas como “The Scissorman”.
Apesar de ser uma franquia de certo renome, com suas sequências sendo cultuado no PlayStation 2, o lançamento original de Clock Tower como supracitado nunca saiu do Japão, mesmo 28 anos depois de seu lançamento; isso é, até o anúncio recente de que o jogo será re-feito para os consoles modernos, em um esforço em conjunto da WayForward e da Limited Run Games:
O fato do jogo original estar vindo para o Ocidente pela primeira vez (incluindo goodies como abertura animada e afins), seria um motivo de celebração, mas, de forma um tanto quanto irônica, não foi para o criador da franquia, Hifume Kono, que nem foi notificado a respeito do desenvolvimento desse “remake” e só ficou sabendo quando foi questionado em um e-mail quanto à sua reação pelo anúncio — tal e-mail foi enviado pela equipe do site Time Extension, que atualmente está fazendo um Making Of do lançamento original do jogo, no Super Famicom.
A resposto do sr. Kono foi a seguinte:
Hifume Kono
Muito obrigado pelo e-mail. Bom saber que você está indo bem. Em relação ao remake de Clock Tower, eu não ouvi nada sobre esse projeto, e não estou envolvido nele. Eu também não tenho ideia de como ele será, por isso não posso comentar sobre o projeto. Acho que seria estranho se uma pessoa não-relacionada com um jogo de uma outra companhia comentasse sobre dito jogo, e sem que a companhia dissesse para essa pessoa fazer isso. Sinto muito em não cumprir com suas expectativas.
Não é incomum empresas continuarem o trabalho originado por outras pessoas sem envolvimento direto dessas pessoas — só olhar para o que a Konami tem feito com as suas IPs ultimamente. Embora a negociação deva ter sido de forma independente, ainda assim é estranho a Limited Run Games não ter nem sequer comentado com o criador de Clock Tower quanto ao projeto.
Vale apontar que, assim que a Human Entertainment, desenvolvedora original de Clock Tower, entrou em falência. O sr. Kono acabou criando sua própria companhia, chamada Nude Maker, que em 2016 lançou um jogo que serve como um “Sucessor espiritual” de Clock Tower, com o mesmo estilo de jogabilidade e premissa semelhante: “NightCry”.
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