Desenvolvedora:
Publicadora:
Lançamento:
Preço:
Formato:
Gênero:
Plataformas:
MegaPixel Studio S.A.
Forever Entertainment
07 de agosto, 2025
R$ 139,00
Digital
Ação | Rail Shooter
Nintendo Switch, PC
Desenvolvedora: MegaPixel Studio S.A.
Publicadora: Forever Entertainment
Gênero: Ação | Rail Shooter
Data de lançamento: 07 de agosto, 2025
Preço: R$ 139,00
Formato: Digital
Plataformas: Nintendo Switch, PC
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Forever Entertainment.
Revisão: Davi Dumont Farace
House of the Dead é uma das franquias mais icônicas dos arcades dos anos 90, famosa por seus zumbis grotescos, jogabilidade frenética e atuação de voz digna de cult.
Depois do lançamento controverso do remake do primeiro jogo, que foi amplamente criticado por seus gráficos fracos, controles problemáticos e falta de polimento, as expectativas para THE HOUSE OF THE DEAD 2: Remake era que a desenvolvedora aprendesse com os erros passados e entregasse algo mais digno do legado da série.
Infelizmente, embora uma tentativa de reviver o clássico seja visível, THE HOUSE OF THE DEAD 2: Remake continua a cometer erros graves que prejudicam bastante a experiência. A sensação predominante é de um produto apressado, que tenta replicar o espírito do arcade sem entender completamente o que fazia o original funcionar, nem como modernizá-lo para os padrões atuais.
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Controles que lutam contra você
A mira é, de longe, o maior obstáculo técnico do jogo. Usando o Pro Controller, experimentei uma série de problemas de sensibilidade, mesmo ajustando manualmente a velocidade e a responsividade nos menus.
O mais frustrante, porém, foi notar que a mira às vezes se movia sozinha, como se estivesse sendo puxada para algum canto da tela. Troquei de controle achando que era um defeito do meu joystick, mas o erro persistiu. Isso compromete toda a essência do jogo que depende de precisão rápida para eliminar inimigos antes que eles ataquem civis ou o jogador.

Essa inconsistência nos controles tira completamente o ritmo do gameplay e prejudica o desempenho nas fases mais difíceis. Em um rail shooter como esse, onde a ação é constante e cada segundo conta, falhas na mira não são apenas incômodas, são fatais.
Gráficos datados e estética desconexa
Outro problema evidente são os gráficos. Apesar do salto geracional desde o título original de 1998, os visuais do remake continuam abaixo do esperado. Os modelos de personagens e monstros são genéricos, os cenários são lavados e os efeitos de iluminação parecem inacabados. Tudo tem uma aparência plástica e artificial que quebra a imersão e não faz jus ao visual sombrio do original.

A estética visual também sofre com escolhas de direção de arte questionáveis. O sangue, por exemplo, tem uma coloração cartunesca que destoa completamente da atmosfera de horror. Ao invés de um tom “arcade estilizado” que pudesse abraçar o lado camp da série, o resultado é apenas distrativo. Em um jogo onde a leitura rápida de ameaças visuais é crucial, essas cores berrantes atrapalham mais do que ajudam.
Interface desorganizada e falta de clareza
Outro ponto negativo é o design da interface, especialmente a tela de upgrades antes de iniciar a campanha. A disposição dos elementos é confusa, mal explicada e pouco intuitiva. Levei um tempo para entender quantos upgrades eu podia pegar, onde eles estavam localizados e como verificar os já adquiridos. Esse tipo de fricção em menus básicos desestimula a exploração de mecânicas importantes e revela falta de cuidado na usabilidade.

Isso é agravado pela velocidade do próprio jogo, que não combina com uma interface que exige leitura e interpretação. Em vez de facilitar o acesso às opções e permitir que o jogador se prepare estrategicamente, o jogo o empurra de forma desajeitada para a ação.
Problemas técnicos persistem
Em relação ao desempenho técnico, o jogo apresenta travamentos pontuais nos FMVs, algo que não deveria acontecer em cenas pré-renderizadas de um remake. Embora isso não comprometa diretamente a jogabilidade, quebra o ritmo e tira a imersão de momentos importantes da narrativa por mais simples que ela seja. É um detalhe pequeno, mas que contribui para a sensação geral de falta de polimento.

Além disso, há uma inconsistência no tempo de resposta entre o carregamento das fases e os comandos, o que se soma à experiência frustrante. É como se cada elemento do jogo estivesse apenas “funcionando o suficiente” para não quebrar completamente, mas nunca entregando fluidez ou confiança.
O som continua sendo um problema
A dublagem do original era notoriamente ruim, algo que virou quase um charme cult com o tempo. No remake, todas as vozes foram regravadas, mas a qualidade continua fraca. A direção de voz é inconsistente, com atores falando em tons diferentes uns dos outros, como se não estivessem na mesma cena. O resultado é uma performance emocionalmente vazia e, em certos momentos, quase cômica (mas não de forma intencional).

O problema se estende até aos monstros, cujas falas são muitas vezes ininteligíveis. Em um jogo que tenta criar uma atmosfera de tensão e terror, não conseguir entender o que os inimigos estão dizendo só contribui para a confusão. O som, que deveria ser uma ferramenta de imersão, acaba se tornando mais um ruído desnecessário.
Um remake que ainda não aprendeu com os erros
Em vez de reviver a glória de um dos melhores rail shooters dos anos 90, o THE HOUSE OF THE DEAD 2: Remake parece mais um experimento inacabado, tentando desesperadamente equilibrar o novo com o velho, sem sucesso. Se você estava esperando um retorno triunfante da série ao Nintendo Switch, é melhor esperar por uma nova tentativa, ou revisitar o arcade.
Prós:
- The House of the Dead 2 presente no Switch para jogar.
Contras:
- Problemas de controle de mira;
- Direção de arte mal pensada;
- UI confusa;
- Dublagem Ininteligível;
- Travas e desempenho ruins no Switch.
Nota
2
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