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Resident Evil: um equilíbrio perfeito entre terror e galhofa

Lucas Barreto 29/10/2025

Revisão: Manuela Feitosa

O Nintendo Switch 2 abriu as portas para muitas oportunidades de third-parties no ecossistema da Nintendo. Mesmo com impressionantes anúncios já na estreia do console, de Cyberpunk 2077 a Final Fantasy VII Remake Intergrade, foi Resident Evil 7: biohazard, Village e, principalmente, o Resident Evil Requiem que mais me brilhou os olhos.

Isso porque eu absolutamente adoro o gênero do terror. Não apenas em jogos, mas também na literatura e no cinema. E francamente me doía ter de jogar os títulos modernos da série no PC, já que o console híbrido é de longe a minha forma favorita de jogar de forma geral. Ao mesmo tempo, o anúncio me motivou a tecer um ou outro comentário a respeito da franquia, seja como forma de compartilhar o meu entusiasmo com o nono título principal chegando em poucos meses, mas também como apresentação da proposta de RE a jogadores do Switch que podem vir a entrar em contato com a série apenas agora.

Não espere, contudo, uma retrospectiva da franquia ou previsões para Requiem, ao menos por agora. Por ora, mergulhemos nesta tão encantadora série, repleta de horrores, explosões e carisma.

Gameplay lado a lado do gênero

O gênero survival horror não foi criado por Resident Evil, mas sua popularidade com certeza se deu por ele. Um tanto fora da curva no mundo do entretenimento, o primeiro título já ditava o que poderíamos esperar em toda a série: um ambiente fechado, repleto de portas trancadas, semi-mortos vagando em corredores claustrofóbicos, personagens durões e um ápice explosivo.

Revisitar a mansão Spencer, principalmente pelo remake de GameCube, até hoje nos causa calafrios. Há uma tensão constante, com o gerenciamento de inventário nos fazendo sempre planejar os próximos passos, a munição restrita nos colocando em uma posição de extrema cautela e as revelações dos experimentos ali realizados nos causando náuseas.

O terror de Resident Evil é tão potente porque está aliado diretamente ao gameplay. Tememos levar sustos porque se formos surpreendidos pelo menor dos oponentes corremos o risco de perder progresso. A onipotência de lidar com as ameaças está diretamente ligada à resistência elevada dos contaminados, e o ambiente se torna opressivo por ser labiríntico e determinado em impor limitações.

Em títulos subsequentes, com a inclusão de inimigos tiranos (como o Mr. X e o famigerado Nêmesis), o jogo ainda adiciona camadas a mais de ansiedade visto que nenhuma área pode ser considerada segura, forçando-nos a sempre andarmos com cautela e atentos aos arredores. Com o foco no máximo, o susto encontra espaço ao ser disruptivo, alimentando a roda do terror.

Contudo, Resident Evil não é apenas uma franquia de terror. Inclusive, ter tal expectativa em qualquer jogo (mesmo no RE7, o ápice no quesito terror) irá causar frustração. Isso porque, uma vez que o jogador tem total domínio do mapa, inventário e recursos, a opressão se torna confiança. E um jogador confiante muda completamente a forma como ele acessa a obra. Aqui RE apresenta seu diferencial: a série abraça a dualidade do jogador.

Não à toa, os personagens da série sempre são expressivos em um nível caricato. Leon, Jill, Chris, Ethan, Claire, dentre vários outros: os personagens não são meros avatares, sempre reagindo ao ambiente ao redor, interagindo com as situações de forma que ajudam o jogador a ganhar confiança ao longo do tempo. Não é à toa que por tantos anos a franquia se utilizou da terceira pessoa: é importante o jogador não se sentir sozinho naquela situação, e sim como alguém que observa as adversidades de agentes que sempre conseguem se sobressair das situações ariscas.

De Halloween a Duro de Matar

Temos, então, obras que permitem uma dupla percepção dos mesmos elementos: a falta de conhecimento desperta o terror, a confiança leva a um sentimento de brucutu. RE, enquanto franquia, tenta a cada título equilibrar seus pesos. Reconhecidamente, o sexto título mainline é um tanto exagerado em sua ação desenfreada, apagando muito dos elementos de horror, provando que há um equilíbrio delicado na produção dos títulos.

Aqui, acredito que entre o elemento de galhofa como contraste do gore. Veja: os elementos que mais causam reações na série são relativos a pesquisas bioquímicas, portanto os infectados são grotescos, os ambientes são podres e a violência é gráfica, com um gore bem explícito. Mas como todo slasher já ensinou, o gore excessivo se torna cômico. O exagero, mesmo em uma temática pesada, rompe a suspensão de descrença, e a decisão estúpida de personagens alheios nos torna simpáticos à ameaça, não aos sobreviventes.

RE curiosamente usa o exagero para atingir o cômico, mas utiliza a percepção do player para evitar o patético. Somos lentamente introduzidos ao gore, causando um efeito forte nos primeiros momentos, colocando-nos no extremo do terror. Conforme a violência vai ficando exagerada, com bichos maiores e com nosso armamento mais pesado, o cômico nos coloca no plano da confiança. Porém, como a personalidade dos personagens nos cativa e como estamos no controle de seus movimentos, não chegamos no patético por não termos descrença nas ações alheias.

Assim, galhofa e terror se encontram com maestria. Lembremo-nos de Resident Evil 4, indiscutivelmente o título mais amado da série pelo público geral: no início do jogo, estamos vulneráveis, alheios aos acontecimentos estranhos do vilarejo e ainda buscando nos ajustar aos comandos novos de Leon. A primeira parte nos deixa assutados, surpresos com as revelações e atentos às ameaças novas.

Na segunda, já mais habituados à fórmula do jogo e com mais itens à disposição, o título adota um ar mais fantástico, com trocas de diálogos cômicas e insultos que tiram a seriedade do antagonista. No fim da narrativa, o inimigo com mais elementos de gore encontra um Leon mais certo de suas habilidades, além de um tanto de saco cheio daquela árdua jornada. Já passamos por momentos tensos, mas também por muitos pontos badass, fazendo-nos ir de jogador inexperiente a John McClane. Mesmo em uma história curta, o surpreendente é que tal deslocamento é gradual, natural e imperceptível.

Um apelo geral

É muito difícil que você não conheça a série Resident Evil. Mas é bem provável que você não tenha jogado os jogos da franquia, ao menos os mais modernos (falo, claro, com os jogadores que, como eu, acabam por ter o escopo limitado pelo ecossistema disponível nos consoles da Nintendo). Nesse caso, deixo um apelo final: experimente qualquer um dos jogos.

Francamente, vejo valor mesmo nos títulos com maior ênfase na ação (como os Resident Evil V e VI). E dependendo do dia, posso defender mesmo um spin-off como Resident Evil Revelations como meu título favorito da série. O que importa é que há muito valor nessa extensa série. Resident Evil é amado por legiões por seu caráter único que une terror e galhofa de forma imperceptível, mas principalmente por possibilitar a interpretação difusa pelo agir do jogador. Por isso, mal vejo a hora de jogar o mais novo título na série em um console da Nintendo. Escrever essas palavras já me deixa ansioso.

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Nintendista e escritor nas horas vagas. Estudante de Letras e fã de visual novel e jogos calminhos.
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