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Review | FINAL FANTASY TACTICS – The Ivalice Chronicles

Kat Oliveira 11/12/2025

Desenvolvedora:
Publicadora:
Lançamento:
Preço:
Formato:

Gênero:
Plataformas:

Square Enix
Square Enix
30 de setembro, 2025
R$ 249,50
Físico/Digital
RPG | estratégia
Nintendo Switch 2, Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, PC

Desenvolvedora: Square Enix
Publicadora: Square Enix
Gênero: RPG | estratégia
Data de lançamento: 30 de setembro, 2025
Preço: R$ 249,50
Formato: Físico/Digital
Plataformas: Nintendo Switch 2, Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, PC

Análise feita no Nintendo Switch com cópia adquirida pelo redator.

Revisão: Lucas Barreto

O ano era 1997, Final Fantasy VII estava para ser lançado. Não sabia ainda que mudaria, assim, a indústria dos games como um todo. No entanto, no mesmo ano, outro jogo da mesma série seria lançado no Japão, um que talvez não tenha tido a mesma relevância que o seu contemporâneo (afinal, poucos têm), mas que também causou um certo burburinho, sendo considerado até hoje, por muitos, como um dos melhores RPGs táticos já feitos.

Estamos falando obviamente do clássico Final Fantasy Tactics, lançado primeiramente para o Playstation original, posteriormente relançado com o subtítulo The War of the Lions para PSP e Mobile, mas que agora ganha uma nova versão para plataformas atuais com o nome de FINAL FANTASY TACTICS – The Ivalice Chronicles, sendo esta a que será contemplada nessa review.

Os estudos de Arazlam Durai

Final Fantasy Tactics é uma história contata por Arazlam Durai, um estudioso historiador que pesquisa um período específico: a Guerra dos Leões. Seus estudos o levaram até um documento chamado “The Durai Papers” que sugerem que o verdadeiro herói da história seria na verdade um nobre chamado Ramza Beoulve, que havia tido o seu papel apagado na história. O jogo, então, muda para a perspectiva de Ramza, que passa a segui-lo até o final do jogo, contando dessa forma o período que marca o pós Guerra dos Cinquenta Anos até o período chamado de Guerra dos Leões.

Ivalice nesse período enfrenta grandes problemas sociais e econômicos. Após a Guerra dos Cinquenta Anos, muitos dos soldados recrutados para lutar foram abandonados sem praticamente nenhuma estrutura, o que causa um grande atrito entre nobres e plebeus, estes que, por conta de sua revolta, acabam se juntando a Brigada Cadáver com o intuito de se rebelar contra a nobreza.

Após a morte do rei de Ivalice, Ondoria Atkaschia III, a princesa Ovelia e o príncipe Orinas se tornam os novos possíveis candidatos ao trono, considerando que o rei havia morrido sem nomear um herdeiro. Um lado tem o suporte do príncipe Goltana dos Leões Pretos e o outro da rainha Ruvelia e o seu irmão príncipe Larg dos Leões Brancos, formando assim o que seria conhecido como Guerra dos Leões: uma série de batalhas realizadas em prol de escolher o próximo a suceder o trono de Ivalice.

O jogo então começa com Ramza Beoulve atuando como um mercenário liderado por Gafgarion com o intuito de proteger a princesa Ovelia de ser sequestrada. Após a primeira batalha do jogo, Ovelia é raptada por alguém que até então acreditava-se estar morto, o melhor amigo de infância de Ramza e também seu irmão de criação, Delita Heiral. Após esse pequeno prólogo, o jogo volta alguns anos no passado para contar os eventos que fizeram com que Ramza e Delita desfizessem seus laços com a nobreza, até enfim chegarem ao começo da história.

Começa a Guerra dos Leões

A história do jogo é um tanto quanto prolixa, possuindo diversos personagens, locais e subtramas que podem deixar qualquer jogador perdido. Especialmente quando consideramos que o jogo requer uma grande quantidade de grinding, resultando em muitas batalhas que não avançam muito a história. Desta forma, acaba sendo extremamente fácil se perder no cenário e esquecer em que ponto a narrativa parou.

Não que a história não seja bem escrita, ou os personagens marcantes, mas a grande quantidade deles acaba fazendo com que alguns tenham um tempo de tela reduzido em relação aos demais. O jogo não tem uma apresentação tão natural e expositiva de cada um deles, o que faz com que seja praticamente obrigatório que o jogador passe algum tempo se lembrando ou pesquisando sobre eventos da trama. Por sorte o jogo possui não somente uma grande enciclopédia detalhando cada evento histórico importante de Ivalice como também biografias de cada um dos personagens que vai sendo atualizada conforme a progressão da história. A respeito dessa progressão, o jogo também possui uma página que detalha a movimentação de cada personagem pelo mapa e quais foram suas ações em cada lugar do território.

The Ivalice Chronicles faz o possível para deixar uma história considerada extremamente confusa, capaz de sobrecarregar diversos jogadores, em uma experiência mais palatável. Para jogadores que adoram ler sobre a lore e a história de mundos fictícios, essa nova versão tornou o jogo, que já era um clássico, em um essencial para os ratinhos de biblioteca de plantão.

Toda a adição dos menus novos relacionados à história são possivelmente a novidade mais relevante do jogo, que não só acrescentam a experiência no quesito de qualidade de vida, quanto também em um nível imersivo e conceitual. No Final Fantasy Tactics original, dificilmente somos lembrados que essa história esta sendo na verdade contada através de um historiador revirando documentos antigos. Não só a figura de Arazlam Durai acaba se tornando mais presente por conta disso, como também acaba se tornando uma figura mais relevante no imaginário do próprio jogador, trazendo mais pra próximo essa sensação de estar desvendando um acontecimento histórico real.

Em relação à trama, uma das características que mais me admira em Final Fantasy Tactics é como o jogo sempre foi extremamente vocal em determinados temas, sendo um jogo mais maduro que a média da série. Especialmente nos primeiros capítulos, o jogo vai lidar com questões sociais mais complicadas, fruto da desigualdade presente entre nobres e plebeus. E bem… a escrita realmente não mede esforços a escolher um lado, por mais que não abandone completamente a nuance. Tactics é um jogo que vai atacar diretamente a desigualdade social, o ciclo de abuso e a violência que essa hierarquia traz e sempre levando em conta o ponto de vista principalmente daquele que é o oprimido.

Apesar de ser um jogo tematicamente mais maduro que a média, o jogo também não foge de clichês do gênero, como ter de encontrar uma série de objetos mágicos que atuam como macguffins para a progressão narrativa até o clássico “lutar contra deus” ou algo do tipo, sendo a alegoria ao enfrentamento do status quo. Por mais que seja algo comum em JRPGs, o jogo vai deixando progressivamente o seu lado mais político de lado, com um foco na mensagem mais aparente naquilo que é plantado lá no inicio do jogo.

Tática de batalha

O combate em si funciona como um RPG tático padrão e não foge muito do convencional nesse sentido. De início o jogador deve dispor suas unidades no campo de batalha, dividido em grids, e deve usar suas habilidades, posicionamento e movimentação de maneira estratégica para vencer os diversos combates que o jogo oferece. O diferencial de Final Fantasy Tactics está em como suas batalhas possuem um ar mais intimista em relação a maioria dos outros jogos: a câmera é posicionada bem próxima e todas as batalhas acontecem em mapas de tamanho relativamente reduzidos com poucas unidades presentes de cada lado.

Final Fantasy Tactics é famoso por ser complexo, requerendo o entendimento de quase todas as suas diversas mecânicas como um todo. Nas versões anteriores do jogo, havia um manual extenso detalhando todas as mecânicas que era bastante útil, visto que o jogo era completamente desprovido de tutoriais in game, e praticamente atirava o jogador no meio da ação sem oferecer muita explicação, assumindo que o manual havia sido lido — o que por si só já afasta uma parcela grande de jogadores. Em The Ivalice Chronicles, toda vez que algo novo é desbloqueado, o jogo abre uma breve caixa de texto que explica brevemente aquela mecânica em questão. No entanto, os tutoriais no menu principal a moda antiga ainda estão disponíveis, sendo altamente recomendados visto que os mesmos são bem detalhados.

Em Final Fantasy Tactics, o nível dos inimigos em combate aleatório está sempre escalando de acordo com a unidade na party com o nível mais alto. No entanto, o mesmo não se aplica para os combates da história principal, que possuem os seus níveis e set de habilidades fixos. No geral, para chegar no nível que os combates da história principal espera, é necessário grindar bastante no mapa antes de avançar, caso contrário o jogo vai te atropelar completamente. No entanto, também é possível atingir o nível máximo antes mesmo de finalizar o primeiro capítulo, o que eu acho que ninguém recomendaria. Ainda assim, com técnicas especificas de grinding, é possível estar em par com o que o jogo espera relativamente rápido.

O jogo realmente espera que o jogador vá atrás de uma grande quantidade de batalhas com o intuito de subir de nível cada um dos personagens até estarem realmente aptos para as batalhas. E por bem ou por mal, este aspecto do jogo não foi “corrigido” em The Ivalice Chronicles, visto que isso é algo fundamental do jogo considerando que toda a sua estrutura de progressão foi construída tendo essa característica como base. Porém, o jogo agora possui 3 opções diferentes de dificuldade, sendo a primeira dedicada para jogadores que preferem passar pela história sem muita dificuldade.

Ainda assim, The Ivalice Chronicles ainda não abandona totalmente o grinding que era considerado por muitos exorbitante nas versões anteriores. Grande parte do que faz Final Fantasy Tactics exceder a média de qualidade dos RPGs está em como se dá a progressão de personagem.

Carreira de combatente

Cada unidade começa com o seu job inicial, geralmente podendo variar entre squire e chemist. Enquanto squires são mais focados em ataque físico, chemists podem utilizar itens como poções que recuperam vida ou mana, curam estados negativos e revivem personagens que caíram em combate. Conforme a unidade vai realizando ações em combate, a mesma vai ganhando pontos de experiência e pontos de experiência de job, sendo o primeiro referente ao nível geral do personagem que pode ir até o 99 e o segundo referente ao nível do job em questão que pode ir até o nível 8.

Além desses dois tipos diferentes de pontos de experiência, cada unidade também recebe pontos de job que podem ser gastos para adquirir novas habilidades referente ao job equipado. Por exemplo, um chemist de inicio só pode utilizar poções regulares, mas eventualmente pode gastar esses pontos de job para aprender a utilizar poções que curam mais pontos de vida, habilidades passivas, de reação e movimentação.

Cada unidade também pode equipar habilidades de outros jobs. Por exemplo, um ninja por padrão já vem com a possibilidade de equipar uma arma em cada mão, mas gastando pontos de job é possível adquirir essa habilidade e equipá-la em outro job. Desta forma é possível ter um samurai ou um knight que consegue usar duas espadas, uma em cada mão.

No entanto, cada job necessita de certos pré-requisitos antes de serem aprendidos. Para desbloquear black mage e white mage, é preciso que a unidade tenha chegado no mínimo até o nível 2 com chemist; para desbloquear knight e archer, é preciso que a unidade tenha dominado squire até o nível 2; chegando até jobs mais complexos como mime e arithmetician que precisam de quase toda a árvore de jobs até um certo nível.

O número de possibilidade de builds que é possível criar com esse sistema é extremamente extenso, além de ser o que torna o processo de grinding tão satisfatório. É desta maneira que Final Fantasy Tactics consegue manter o jogador realmente engajado em sua progressão, impondo-o a tomar decisões constantes ao construir cada personagem. Por ser um jogo que possui uma dificuldade relativamente acima da média, esse tipo de planejamento se torna crucial para progredir no jogo, e é onde o mesmo mais se sai bem, mecanicamente falando.

O novo, o velho e o questionável

Tanto a versão original quanto War of the Lions eram extremamente punitivas com o combate. Por exemplo, caso o jogador perdesse uma luta, era forçado a voltar para o último save feito manualmente, o que implica dizer que não era incomum perder horas e horas de progresso no decorrer do jogo; o que também não ajudava muito era o fato de que os encontros eram aleatórios e impossíveis de escapar.

The Ivalice Chronicles torna tudo isso mais amigável. Os encontros pelo mapa ainda são sim aleatórios, como é comum em TRPGs, mas agora o jogo apresenta um prompt que permite ao jogador decidir se vai engajar nessa batalha ou fugir, tornando o processo de ciclar pelas cidades bem mais tranquilo. Não só a possibilidade de escolher quando fugir é uma novidade, mas também agora é possível travar diversas batalhas no mesmo mapa, acionando o combate apenas apertando o botão A quando posicionado em qualquer ponto do mapa que seja possível que combates ocorram.

Além disso, durante as batalhas, o jogador pode, no menu, escolher reiniciar a batalha do começo ou abandoná-la completamente, perdendo todo o loot e experiência recebida naquele combate, o que também é uma novidade desta versão. O jogo até mesmo chega a salvar progresso durante as batalhas, portanto se precisar desligar o console no meio de um confronto, o jogo voltará mais ou menos de onde o combate parou.

Eu tenho muitos traumas de guerra com Final Fantasy Tactics. Já tive horas de progresso perdidas por conta de derrotas, softlocks e saves pouco frequentes e, por conta disso, ainda mantenho alguns vícios ao jogar The Ivalice Chronicles, como salvar após realizar qualquer alteração na party, por exemplo. Então todas essas melhorias de qualidade de vida acabaram sendo muito bem-vindas para mim, o que vai certamente fazer com que eu considere essa a minha nova versão favorita para a minha rejogada semi-anual de Final Fantasy Tactics.

No entanto, um ponto negativo dessa versão é que ela não contempla todo o conteúdo já lançado de Final Fantasy Tactics, mais especificamente, o que está presente na versão War of the Lions. O jogo não contempla as classes dark knight e onion knight, as cutscenes animadas e o crossover com Balthier de Final Fantasy XII e Luso de Final Fantasy Tactics A2, o que é no mínimo estranho considerando que a versão The Ivalice Chronicles utiliza tanto na versão remasterizada quanto na versão clássica a tradução de War of the Lions.

Fora a tradução e as cutscenes animadas, não é um conteúdo que eu sou particularmente lá muito fã, até porque não acrescenta muito na história do Tactics em si, e na minha opinião só serve pra deixar a timeline de Ivalice mais confusa do que já é, mesmo que isso não seja também muito importante pra compreensão de cada jogo separadamente.

Talvez pelo fato de ambos os projetos terem a mesma equipe criativa em comum, toda a interface de FINAL FANTASY TACTICS – The Ivalice Chronicles é fortemente inspirada no que já foi apresentado em Final Fantasy XVI em diversos aspectos. Desde o seu visual quanto as novas utilidades em si.

Não só em suas novas funcionalidades The Ivalice Chronicles é bem sucedido, mas também ao retrabalhar a interface do clássico para 2025. Uma das coisas que sempre me incomodou tanto no original quanto em The War of the Lions é o quanto a interface é lenta e pouco responsiva. Nessa nova versão a navegação pelos menus é extremamente fluida e diria que até mais intuitiva que as versões anteriores. O jogo também retrabalhou os menus de unidades quase que completamente. Agora o jogo oferece uma progressão muito mais clara do que é necessário para desbloquear jobs subsequentes com um fluxograma.

As novas vozes do zodíaco

Nunca fui uma das pessoas que acha que atuação de voz é algo essencial para um jogo. Inclusive, nunca entendi o porquê de reclamarem tanto da falta de dublagem em jogos como Pokémon, mas felizmente (ou infelizmente), passei a entender um pouco mais essas pessoas depois de experimentar o jogo com vozes pela primeira vez, tendo jogado Final Fantasy Tactics algumas vezes ao longo da minha vida — talvez essa tenha sido a nova adição mais subestimada na minha opinião. Mas felizmente me enganei, visto que a atuação de voz além de ser fenomenal acrescenta bastante a experiência de maneiras que eu jamais poderia imaginar. A dublagem, além de deixar o jogo um pouco mais fácil de entender, acentuando e deixando cada frase dita e troca de diálogos mais clara, acrescenta bastante no clima que a história quer passar.

Final Fantasy Tactics é construído tendo em base esse árquetipo de histórias políticas mediavais à la Game of Thrones, traçando um grande paralelo à Guerra das Rosas e intrigas palacianas de outrora. A tradução de War of the Lions, que ornamenta o texto com um quêzinho de um inglês arcaico somada à dramaticidade teatral shakesperiana da história deixam o jogo ainda melhor, enfatizando as traições e apunhaladas de costas dramáticas que acompanhadas pela dublagem de ótima qualidade. As vozes não só acrescentam ao texto como também trazem um tanto a mais de humanidade para as unidades que compõem a equipe do jogador. Nunca tive muito remorso ao me desfazer de unidades que não me seriam mais úteis ao longo do jogo, mas os seus choros ao serem despejados é realmente de partir o coração.

Não só as vozes combinam perfeitamente com cada personagem, como suas flexões e entonações refletem muito bem a emoção que o texto quer passar, por mais exagerada e constrastante com a simplifidade dos spirtes do jogo. Para aqueles que já jogaram jogos em pixel art mais modernos como até mesmo Triangle Strategy e Octopath Traveller, já devem estar acostumados com a ideia de personagens simplificados serem capazes de demonstrar tanta emoção através de vozes — não é nada nem um pouco novo de forma alguma. Porém, assim como esses exemplos, The Ivalice Chronicles não foge desse padrão de qualidade.

O jogo não possui o elenco mais conhecido do mundo, mas ainda assim soube usar muito bem os talentos que decidiu apostar. Créditos para Joe Pitts como Ramza Beoulve e Gregg Lowe como Delita Heiral, possivelmente os papéis mais importantes do jogo e que foram muito bem representados em todos os seus espectros de emoções. Ainda assim, o jogo conta com algumas figuras familiares para quem é fã da série Final Fantasy como um todo. Cody Christian chega até mesmo a reprisar seu papel como Cloud Strife após Final Fantasy VII Remake, Rebirth e Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion, dessa vez sendo isekaizado em Ivalice. Temos também Ben Starr, conhecido como Clive de Final Fantasy XVI, interpretando Dycedaarg Beoulve e Timothy Watson, o Urianger de Final Fantasy XIV, como Orlandeou.

Pixel sobre tela

Uma das maiores questões que tive com um possível lançamento de uma nova versão de Final Fantasy Tactics seria a forma com que o visual original seria traduzido. Mesmo sendo um grande fã de jogos da Square Enix que utilizam o visual HD-2D, a ideia de jogar uma versão de FF Tactics com essa estética sempre me soou um pouco “errada”. Até mesmo considerando o escopo das batalhas, a estética de dioramas pede por um estilo menos sóbrio e mais lúdico.

Esteticamente falando, Final Fantasy Tactics envelheceu muito bem, considerando os seus contemporâneos jogos da era do Playstation 1. Basta dar uma olhada no próprio Final Fantasy VII, por exemplo, que afasta jogadores mais novos por ter um visual “datado”, por mais bobo que esse argumento seja. De qualquer forma, acredito que Final Fantasy Tactics não seja um daqueles jogos que precisa de uma atualização visual muito drástica. Ao meu ver, a pixel art crocante do jogo somada aos cenários estilo diorama 3D de maneira forte, talvez por seus espaços limitados operando em campos de batalhas mais concisos, Tactics conseguiu muito bem fazer com que todos os seus cenários pareçam muito vivos e detalhados.

Já The Ivalice Chronicles dá uma leve mexida gráfica no jogo mas, ainda assim, sem tentar “mexer em time que está ganhando”. Além da interface de usuário que sofreu mudanças drásticas, o jogo recebeu alguns retoques, por assim dizer. Desta vez, o jogo está inteiramente em widescreen, assim como a versão The War of the Lions, o que pra mim sempre soou como uma ideia esquisita, considerando que os mapas sempre pareceram para mim que foram especialmente pensandos para caber dentro de uma telinha 4:3 de TV de tubo. No entanto, a interface nova faz um ótimo trabalho em preencher esses “espaços vazios”, reorganizando onde cada menu ficava posicionado e também com informações que não existiam anteriormente, como a timeline da batalha.

A adaptação de jogos em pixel art para plataformas modernas sempre será um tema um tanto quanto controverso considerando que esses jogos de fato foram feitos para serem visualizados em telas CRT, mas acredito que o que foi feito em The Ivalice Chronicles é bastante interessante.

O jogo recebeu uma leve suavização nos pixels, e de fato não estão mais tão “crocantes” como eram na versão original. Por sorte, The Ivalice Chronicles também conta com a versão original de Playstation como parte do pacote. O jogo também tem uma textura que se assemelha a um canva permeando o jogo inteiro. Essa textura, por mais que seja um detalhe simples, acrescenta bastante na apresentação do jogo como um todo. Com isso, o jogo acaba ganhando essa sensação de se estar assistindo a uma pintura, ou lendo escritos em um pergaminho antigo — perfeitamente conveniente considerando como a história é contada.

Novamente, um dos pontos mais altos do jogo na minha opinião são as ilustrações de Akihiko Yoshida. Tanto os retratos dos personagens quanto a forma como foram traduzidas como sprites continua excelente como sempre.

As crônicas de Ivalice

Final Fantasy Tactics, desde a sua primeira versão, sempre foi um excelente título, digno de rivalizar em qualidade até mesmo com os mais aclamados da série principal. Com a chegada da nova versão, The Ivalice Chronicles não só prometeu como entregou o que hoje pode ser considerada pela grande maioria a versão definitiva desse clássico, com melhorias visuais e de qualidade de vida que permitem uma experiência mais fluida com a história sem comprometer a essência mecânica original do jogo.

Prós:

  • História bem escrita, absurdamente detalhada e imersiva;
  • Nova dublagem de alta qualidade;
  • Combate complexo e satisfatório;
  • Ótimo senso de progressão;
  • Esteticamente impecável.

Contras:

  • Não possui conteúdo extra de The War of the Lions.

Nota

10

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Fã de consoles portáteis, livros e fones de ouvidos. Dentre os seus principais interesses estão artes em geral, jogos japoneses e todo tipo de RPG. Seu coração mora em Faerûn e Ivalice.
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