Desenvolvedor: Capcom
Publicadora: Capcom
Gênero: Ação e Aventura
Data de lançamento: 23 de maio, 2025
Preço: R$ 146,50
Formato: Digital
Análise feita no Switch com cópia gentilmente fornecida pela Capcom.
Revisão: Manuela Feitosa
Sete anos após o lançamento do remaster do primeiro jogo, chegou a vez de Onimusha 2: Samurai’s Destiny receber um relançamento. Trazendo a experiência original com melhorias visuais e mudanças em sua jogabilidade, a nova versão do clássico oferece a novos jogadores a chance de conhecer mais um ótimo título da Capcom.
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O samurai que vai derrotar os demônios

Ocorrendo após o título original, Onimusha 2: Samurai’s Destiny introduz os jogadores a um novo elenco de personagens que devem enfrentar a ameaça dos demônios Genma. Para aqueles que não jogaram o primeiro jogo, um pequeno recap da aventura anterior é oferecido ao se iniciar o título, mas a história aqui não possui muita ligação com a jornada do jogo original.
O novo protagonista da aventura é Jubei Yagyu, membro do clã Yagyu que possui sangue de Oni, uma raça de criaturas místicas que se opõem aos Genma. Jubei busca deter Oda Nobunaga, que após os eventos do jogo anterior assumiu o controle do exército dos Genma e está usando sua força para dominar o Japão.
Em sua jornada, Jubei encontra aliados que podem lhe ajudar a enfrentar as forças malignas de Nobunaga, são eles: O guerreiro budista Ankokuji, o mercenário viajante Magoichi Saika, o ninja Kotaro Fuma e a misteriosa guerreira Oyu. Todos esses personagens são inspirados em figuras da história japonesa do período do Sengoku Jidai.
Diferente do título anterior que utilizava apenas o período como background, Onimusha 2: Samurai’s Destiny vai muito além em suas referência à história da cultura japonesa. Apesar do confronto não ser o foco aqui, ainda há muitas menções a eventos e personagens importantes do período. Enquanto a aventura ocorre, Nobunaga está prestes a atacar o castelo de Odani, um de seus confrontos mais famosos durante o período. Além disso, o castelo de Inabayama, onde a aventura principal ocorreu, também retorna aqui, dessa vez chamado de castelo de Gifu, similar ao que aconteceu ao castelo na vida real após Oda ter conquistado-o.

Uma parte que é uma melhoria considerável em relação ao título anterior é que dessa vez, Onimusha 2: Samurai’s Destiny é um jogo longo. Diferente do primeiro game, exploramos diversos cenários diferentes e dessa vez a narrativa tem um início e fim definidos, porém, algo bem legal é como a história é expandida de forma não linear com certos eventos sendo visíveis dependendo de outra mecânica que é introduzida neste título. Durante o início da aventura, Jubei pode presentear os quatros personagens, com um sistema invisível de amizade se fazendo presente.
Caso os níveis de amizade estejam altos, é possível habilitar cenas e momentos adicionais na história expandindo-a. Ter uma amizade alta com os personagens também permite que eles ajudem Jubei durante o jogo, seja aparecendo para ajudá-lo a lidar com inimigos comuns ou até mesmo duelos contra os chefes. Em certos momentos, é até possível controlá-los temporariamente. O sistema, contudo, possui um ponto negativo. Não existe uma forma visível de conferir os status da relação de Jubei com cada personagem, nem como cada presente impacta seus laços, então a não ser que você use um guia, será necessário várias jogatinas para conseguir ver tudo o que a narrativa tem a oferecer.
Lutando como um samurai

Onimusha 2: Samurai’s Destiny mantém o mesmo estilo de combate do antecessor. Temos um botão para ataques normais, que pode ser combinado com os direcionais para executar movimentos específicos, e outro para ataques especiais, que requerem magia. Inimigos derrotados derrubam almas, que Jubei pode absorver usando uma habilidade despertada pelo seu sangue Oni. Além disso, Jubei também pode se defender de ataques e é possível até travar a mira nos inimigos para poder ajudar a focar seus golpes.
A principal novidade do sistema de combate de Onimusha 2: Samurai’s Destiny em relação ao título anterior é a introdução da transformação Onimusha de Jubei. Inimigos agora podem dropar uma alma roxa gigante e ao coletar cinco da mesma, e Jubei pode se transformar em sua forma Onimusha, que funciona similar ao Devil Trigger de Devil May Cry. Por um tempo limitado, o Samurai ganha invencibilidade e seus ataques causam mais dano. O Remaster mudou a forma como a transformação funciona. No original, ela era ativada automaticamente ao coletar a quinta alma, mas agora o jogador pode ativá-la manualmente.

Tivemos algumas pequenas modificações no sistema de combate. Os Issen, contra-ataques que matam inimigos em um único golpe, retornam aqui. Sua janela e ativação foram um pouco aumentadas, tornando-os mais fáceis de ocorrer e Jubei pode até mesmo realizar múltiplos Issen em sequência. O protagonista também pode adquirir diferentes armas — cinco de curta distância e três de longa distância. Dessa vez, as armas são mais variadas, com a adição de uma lança de gelo e um martelo, que realiza ataques mais lentos, mas consegue derrubar inimigos mais facilmente. Além disso, é possível melhorar a armadura de Jubei, diminuindo o dano causado pelos inimigos e aumentando seu próprio.
Infelizmente, alguns dos problemas do título original em relação ao combate permanecem aqui. Apesar de ter a opção de travar a mira em um inimigo, Jubei ataca os oponentes mais próximos, então mesmo que você esteja focado em um só adversário, o Samurai pode acabar ignorando-o para ir atrás de outro. Além disso, o jogo ainda utiliza ângulos de camêra fixa que atrapalham bastante em certos duelos, especialmente contra chefes onde um passo errado pode fazer com que a camêra mude de ângulo e o chefe fique fora de sua visão.
Uma remasterização de qualidade

A nova versão de Onimusha 2: Samurai’s Destiny traz uma série de melhorias em relação ao seu lançamento original. Além dos visuais melhorados, o título agora roda a 60 frames por segundo, além de permitir novas resoluções, possibilidade de jogar com áudio em japonês e até mesmo legendas em Português.
Na jogabilidade, além da já mencionada ativação manual da forma Onimusha, também temos as adições de mudança de arma sem precisar pausar o jogo (com exceção da espada secreta), e movimentação 3D. O título original permitia apenas controle de tanque, com essa opção ainda presente sendo ligada ao D-pad.
Outras adições incluem os mini-games e roupas especiais para Jubei e Oyu já habilitados desde o início. Uma galeria com mais de 100 artes também foi adicionada. Por fim, temos dificuldades adicionais como a Infernal, onde Jubei morre com apenas um hit dos oponentes, perfeito para quem procura um desafio extra.
Obviamente outras melhorias poderiam ser feitas, como uma forma de visualizar níveis de amizade. Entretanto, o que temos aqui já demonstra um bom carinho da Capcom com o título, continuando com a boa série de relançamentos da empresa.
Seu destino lhe aguarda

Onimusha 2: Samurai’s Destiny é um ótimo título da franquia Onimusha, expandido tudo que seu antecessor introduziu, além de adicionar novidades à fórmula. Apesar de ainda possuir alguns problemas contínuos, suas melhorias são significativas e o remaster adiciona ainda mais novidades, fazendo esta ser a versão definitiva do clássico.
Pros:
- Jogabilidade foi expandida e melhorada em relação ao seu anterior;
- Narrativa não se sente inacabada;
- Diferentes cenários para explorar;
- Remaster traz melhorias para a jogabilidade.
Contras:
- Jogabilidade ainda possui alguns problemas do primeiro jogo;
- Câmera atrapalha em duelos contra chefes;
- Remaster poderia ter melhorado o sistema de amizade.
Nota
8

