
Desenvolvedora:
Publicadora:
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Preço:
Formato:
Gênero:
Plataformas:
Game Freak
Nintendo
16 de outubro, 2025
R$ 349,90
Físico/Digital
RPG de ação | Monster Catching
Nintendo Switch 2, Nintendo Switch
Desenvolvedora: Game Freak
Publicadora: Nintendo
Gênero: RPG de ação | Monster Catching
Data de lançamento: 16 de outubro, 2025
Preço: R$ 349,00
Formato: Físico/Digital
Plataformas: Nintendo Switch 2, Nintendo Switch
Revisão: Manuela Feitosa
Em outubro, Pokémon Legends Z-A será lançado para Switch e Switch 2. Para além de se tratar de um segundo jogo da linha Legends, temos uma grande novidade no combate: agora ele seguirá um formato em tempo real. Essa mudança promete chacoalhar significativamente a estrutura de RPG da série em comparação com as evoluções da linha principal.
Um histórico de evoluções
Desde sua concepção, Pokémon esteve associado a uma estrutura de RPG de turnos. Nos jogos principais da franquia usamos uma equipe de seis criaturas, cada uma com uma lista de opções utilizáveis em combate reduzida a quatro golpes.
Em geral, o formato principal dos jogos é o de Single Battles, ou seja, disputas com um único Pokémon de cada lado. Porém, há também os formatos Double e Multi (introduzidos na terceira geração), Triple e Rotation (introduzidos à mainline na quinta) e Battle Royal (da sétima). Há ainda outros formatos, como os encontros de hordas e as Inverse Battles da sexta geração e as Raids de Dynamax/Gigantamax (Sword/Shield) e Terastal (Scarlet/Violet).

Cada um desses formatos possui estratégias diferentes, mas mesmo a estrutura das Singles mudou muito com o tempo. Na segunda geração, foram introduzidos itens para os Pokémon carregarem, adicionando efeitos que podem ser estratégicos nos duelos. Na terceira, vieram as Natures e Abilities, que fazem com que duas criaturas da mesma espécie possam ser bem diferentes em suas capacidades.
É claro que boa parte do combate gira em torno de entender as forças e fraquezas dos tipos das criaturas em jogo e antecipar os movimentos do seu oponente. Porém, estrategicamente falando, a série sempre garantiu que o formato trouxesse desafios e adicionasse elementos para ampliar a gama de opções e mexer com o meta. Exemplos disso incluem as Megaevoluções, Z-Moves e mais recentemente a Terastalização, que afeta diretamente as tipagens e pode bagunçar a competição.
E onde entra a linha Legends nisso?
Quando Pokémon Legends: Arceus lançou, o jogo trouxe um formato bem específico de turno que se difere de todos os mainline. Nele, cada golpe possui três formas: normal, Agile (mais veloz, porém fraco) e Strong (mais forte, porém lento).
Mesmo o jogo não tendo um formato multiplayer, a necessidade de fazer essas escolhas e a possibilidade de quebrar a ordem tradicional de “eu ataco, ele ataca” trouxeram um grande frescor para o jogo, assim como todo o sistema de exploração que traz uma forte sensação de imponência da natureza.

O resultado era uma experiência bem diferente do usual para a franquia, muito mais focada no contato com a natureza selvagem e até um tanto contemplativa graças à ambientação. Totalmente focado na experiência da campanha, o jogo até não tinha nenhuma opção de multiplayer (que sempre foi uma marca registrada importante para a franquia).
Enquanto exploramos o mundo, o ideal é evitar ser detectado pelos Pokémon que estão espalhados pelos mapas, usando de furtividade e de pontos de esconderijo (como mato) para se aproximar. Isso é especialmente importante por conta da presença dos perigosos Alpha, que são criaturas maiores e geralmente mais fortes do que o normal de uma região.
Um ponto interessante do jogo é que ele é uma disputa direta do treinador com os Pokémon e, fora dos momentos em que as batalhas em turno estão ativas, podemos ser diretamente atacados. Embora o jogador não possa morrer, sofrer dano pode nos levar a perder a consciência e voltar ao acampamento, tendo perdido os itens da nossa mochila no processo.

Isso se torna ainda mais notável quando enfrentamos chefões conhecidos como “Noble Pokémon” que estão em fúria por um certo motivo da trama. A ideia é tentar desviar dos seus padrões de ataques e atirar bálsamos com as comidas favoritas deles para poder acalmá-los.
A estrutura da campanha é toda baseada em missões e até mesmo preencher a Pokédex envolve realizar tarefas muito mais elaboradas do que apenas capturar os bichos. Há mapas grandes e isolados para cada região explorável, sendo necessário usar um menu próprio para viajar entre eles e valorizando que o jogador tente concluir várias quests do mesmo lugar de uma vez antes de ir para outro.
Z-A vira de ponta-cabeça as expectativas
Um detalhe que chamou a atenção e surpreendeu muitos fãs foi o fato de que Z-A mudou totalmente as regras novamente, não seguindo o mesmo estilo de seu antecessor nem mesmo para o combate. Desta vez, temos batalhas em tempo real, uma grande novidade para a série (embora spin-offs de ação já tenham sido lançados antes).
O treinador e o Pokémon se movimentam em tempo real e o timing de uso dos golpes e troca de criaturas será fundamental. Um bom uso do timing poderá levar o jogador a desviar dos ataques dos oponentes e fazer suas ações serem mais efetivas. Em vez da limitação de TP, tendo em vista o funcionamento como jogo de ação, o que temos agora é um sistema de cooldown para os golpes.

Será possível mudar de Pokémon a qualquer momento e isso pode ser usado de forma estratégica em momentos-chave do combate. Além do timing de apertar os botões, elementos como a área de efeito de cada golpe e o alcance dos golpes farão diferença.
Em termos da ambientação, em vez de focar em um momento do passado, Pokémon Legends Z-A nos transporta para a cidade de Lumiose em um ponto posterior aos eventos de X/Y. Em meio a um projeto de reurbanização, a cidade foi toda reestruturada e agora conta com espaços que simulam habitats dos Pokémon em busca de fomentar a coexistência deles com os humanos.

Recém chegado à cidade, nosso personagem assume o papel de um membro da equipe MZ, um grupo de jovens que busca proteger a paz da cidade e investigar os eventos estranhos que estão acontecendo na região. Além de termos os Alpha novamente como em Legends: Arceus, teremos um fenômeno misterioso envolvendo “Rogue Megaevolutions” afetando alguns Pokémon selvagens.

Além de se transformarem em suas versões Mega sem terem um treinador e as tradicionais restrições de Mega, as criaturas estão ficando mais agressivas. A mando da empresa Quasartico, a equipe MZ busca investigar a situação e fazer com que eles voltem ao normal. No combate, será necessário tomar cuidado, já que esses inimigos devem tentar atacar diretamente o treinador e serem bastante perigosos, como foi possível ver na demo disponibilizada nos 2025 Pokémon World Championships.
Com isso, sabemos também que novas Megaevoluções estarão presentes no jogo, como os recém-revelados Mega Dragonite e Mega Victreebel. Os Mega foram adições muito bem recebidas em X/Y e que haviam sido deixados de lado em jogos mais recentes em prol de outras mecânicas, mas os fãs do sistema poderão revisitá-los no novo jogo.

Um detalhe interessante para se ter em mente é que, pelas informações que tivemos da demo, a expectativa é que o jogo completo não contará com o sistema de Abilities. Porém, as Natures e a possibilidade de carregar itens como na série principal estarão presentes, ao contrário de Arceus.
Competições noturnas e multiplayer em Z-A

Parte da experiência do jogo envolve a realização de um torneio chamado Z-A Royale no período noturno. Nessas ocasiões, as áreas da cidade passam a ser zonas especiais de combate em que o jogador precisa tomar cuidado com os outros treinadores.
O jogador pode usar as suas habilidades furtivas para se aproximar sorrateiramente de um oponente e ganhar vantagem com um ataque surpresa. De acordo com o que foi divulgado, dependendo da diferença de força, será possível até eliminar o adversário em vez de iniciar a batalha propriamente. Porém, na mesma moeda, será importante ter cuidado para não ser detectado pelos oponentes quando o jogador não estiver preparado.

Conforme o jogador derrota oponentes, será possível ganhar pontos e subir no ranque, enfrentando inimigos cada vez mais poderosos. O ranque começa no Z e sobe até a letra A, sendo necessário participar de combates especiais chamados “Rank Up Battles” para melhorar seu status e ganhar prêmios no processo.
Porém, não é apenas contra treinadores controlados pela CPU que o jogador lutará. Ao contrário de Legends Arceus, Z-A trará um modo de competição multiplayer em tempo real chamada Z-A Battle Club que contará tanto com batalhas privadas com amigos quanto com disputas ranqueadas.
Nessas competições para até quatro jogadores, será possível encarar os adversários e tentar eliminar o máximo de criaturas possível dentro de um período de três minutos. Se os Pokémon do jogador forem eliminados, será possível entrar novamente na disputa com todos os seus bichos recarregados para tentar virar o jogo.
Um ponto interessante dessas disputas é que é possível encontrar itens para boosts temporários de atributos e orbes de Mega Power para poder megaevoluir os Pokémon. A expectativa é que esses combates possam proporcionar desafios diferentes do usual da franquia e com elementos estratégicos novos para se ter em mente.
Pokémon Legends Z-A chega ao Switch e Switch 2 no dia 16 de outubro. Com as novidades previstas para o seu combate, fica a impressão de que a série Legends pode fornecer novos formatos ambiciosos para a franquia e ser palco para experimentações interessantes. Resta ficar de olho e esperar ansiosamente o lançamento agora.