Desenvolvedora: HyperGryph
Publicadora: GRYPHLINE
Gênero: Puzzle Adventure | Tiro em terceira pessoa, Multiplayer
Data de lançamento: 03 de dezembro, 2025
Preço: R$ 59,99
Formato: Digital
Plataformas: Nintendo Switch, PC
Desenvolvedora:
Publicadora:
Lançamento:
Preço:
Formato:
Gênero:
Plataformas:
HyperGryph
GRYPHLINE
03 de dezembro, 2025
R$ 59,99
Físico/Digital
Puzzle Adventure | Tiro em Terceira Pessoa, Multiplayer
Nintendo Switch, PC
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela GRYPHLINE.
Revisão: Ivanir Ignacchitti
A primeira vez que vi e ouvi falar de POPUCOM, foi em uma visita à Brasil Game Show. Lembro de vê-lo de longe enquanto estava em alguma das dezenas de filas enormes do evento. Era um jogo que me lembrava Splatoon por alguma razão — talvez por ser colorido? —, só que no lugar de tinta os personagens atiravam bolinhas coloridas, semelhante a Puzzle Bobble, para eliminar outras bolas coloridas de mesma cor.
Olá, tem alguém aqui?
Anos se passaram desde meu contato anterior e agora POPUCOM está disponível para o Nintendo Switch em um lançamento tímido apesar de ter sido destaque numa Nintendo Direct.
Aquele jogo que tinha me chamado tanta atenção me trouxe uma mistura de sentimentos bons e ruins. Já de início, devo comentar que não existe a opção de jogar de forma single-player, o que não é algo necessariamente ruim. Atualmente, temos jogos de sucesso que são exclusivamente cooperativos, como It Takes Two ou Split Fiction da Hazelight Studios, mas, diferente desses jogos, POPUCOM não conta com uma cópia extra para jogar online caso não tenha alguém para jogar ao seu lado presencialmente. Também não suporta crossplay com o PC e isso prejudica muito a experiência.

Por bastante tempo eu desconfiei que eu era a única pessoa que tinha o jogo. Muitas vezes deixei o jogo aberto procurando outros jogadores no online, para levar 10-15 minutos ou até 20 minutos esperando, para achar alguém. Nunca vi um contador de tempo para entrada de partida chegar a números tão altos e, graças a esse jogo, eu descobri que 1233 segundos equivale a 20 minutos e 33 segundos.
Splatoon de Taubaté?
Não posso só ficar reclamando, né? Quando consigo jogar, seja online ou de forma presencial, POPUCOM brilha. Eu comecei com as reclamações para tirar a parte ruim logo. Quando vi de relance o jogo na BGS, pensei que o seu foco era na ação e platforming, o que seria semelhante a Splatoon. Mas não, POPUCOM é um puzzle adventure match-3 com tiro em terceira pessoa.
Eu joguei 90% do jogo cooperativamente com um amigo em um fim de semana, o que aliás foi bem cansativo. Eu imaginava que POPUCOM era mais curto do que parecia, mas só o tutorial e umas duas ou três fases fiz jogando online com desconhecidos. No modo história cada jogador usa um personagem com duas cores que, ao apertar o R, pode alternar entre elas, fazendo com que cada fase tenha puzzles e inimigos usando essas cores.

Jogando-o, notei que não é só no visual que POPUCOM se inspira em Splatoon: o formato de level design também tem influência também. Temos uma lógica de um caminho linear a se seguir com alguns desafios nas áreas, como resolver quebra-cabeças, pegar clecionáveis ou batalhas contra inimigos.
Na parte de história, POPUCOM é bem simples e direto: aconteceu algo de estranho na lua e agora ela está jogando umas gosmas na Terra que viram inimigos. Para resolver o problema, nós somos alistados pelo Capitão Geminha, tendo que resgatar uma grande quantidade de robozinhos para criar o” super míssil, hiper, mega grande” para derrotar o que está na lua causando problema.
Em cada fim de fase, resgatamos três robozinhos e, durante a fase em si, ainda podemos encontrar outros. No total, é necessário achar mais de 90 deles para criar o míssil, mas, de tempos em tempos, são enviados para a Terra inimigos fortes que são fases focadas em combate contra um chefe na qual são resgatados mais robozinhos.


Um detalhe bem charmoso do jogo foi ver a construção do míssil no lobby. A cada momento dava para ver ele crescendo, ficando maior e com mais detalhes. Além dos robozinhos que encontramos nas fases, tem como achar adesivos dos personagens, inimigos, lugares e itens do jogo que vem com descrições bem bonitinhos e ajudam a aumentar o fator replay das fases.
Um canivete suíço colorido
Durante o jogo, além da arma básica de atirar as bolhas coloridas, liberamos quatro habilidades extras, que podem ser trocadas a qualquer momento usando o D-Pad: um drone para pegar objetos como caixas ou mover alavancas que estejam longe, um escudo, um par de braços com poderes telecinéticos, e um poder de virar uma bomba e poder rolar.
No início, parecia que o uso desses poderes seria algo simples, como usar o drone para pegar uma caixa e fazer de plataforma ou usar a bomba para quebrar a defesa de um inimigo. Porém, os usos em puzzle mais avançados são desafios incríveis e muito elaborados, sendo necessário um bom entrosamento na dupla.
Em uma das fases, no entanto, os desafios pediam o uso do poder de virar bomba, mas não era para explodir algo e sim para passar por labirintos parecidos com brinquedos de bolinhas. Ao longo da fase, aparecem bolinhas coloridas que se movem de acordo com o jogador que estiver com a mesma cor, podendo atrapalhar a equipe.
O meu desafio de quebra-cabeça favorito em POPUCOM foi um outro no qual era necessário subir por um pequeno labirinto, mas só era possível escalar na parte da parede que conta com a cor certa, fazendo com que um amigo tenha que carregar o outro.

Os braços telecinéticos são os que acho que tiveram menos funções, porém, mesmo assim, os usos são muito criativos e também os que davam mais trabalho. Esses braços têm três poderes basicamente, que são pegar e arremessar alguns objetos distintos que, na maioria das vezes, eram objetos em forma de pirâmide branca, e trocar de lugar com esses objetos. Na maioria das vezes, os desafios que usavam esse apetrecho eram de trocar de lugar com a pirâmide para atravessar uma cerca ou jogar a pirâmide em algum botão.
Para o escudo, o mais óbvio é servir para se defender de ataques inimigos, mas ele também era usado nos obstáculos nas fases para proteger de lasers, principalmente para proteger o aliado de lasers e projéteis da mesma cor do escudo. Ele também podia ser usado de plataforma: se o escudo fosse apontado para cima, o outro jogador pode ficar de pé em cima e ser carregado, podendo chegar em lugares altos ou evitar a penalidade de estar no chão com cor diferente do personagem (voltar ao início daquela parte).

E, por último, o drone, que foi o primeiro que peguei no jogo e deve ser o mais usado também. Esse item é simples e muito útil para resolver qualquer problema que esteja distante já que ele pode ir voando e pegar a caixa ou acessar a alavanca. Em conjunto, os dois jogadores podem pegar objetos grandes para fazer pontes ou atrapalhar inimigos.
Tanta coisa pra fazer e tenho que salvar o mundo
Com exceção de escolhas de fases, no lobby também tem algumas atividades, como: uma loja que, ao completar fases, libera novas peças de roupas e conjuntos para os personagens; ver a progressão do míssil como já citei anteriormente; e também tem uma sala de arcade com alguns minigames.
A loja é dividida em duas partes. Em uma dá para se refazer por completo o personagem, alterando não só roupas mas também pele e voz, por exemplo, assim podendo alterar a voz entre feminino ou masculino quando quiser. E também a parte mais convencional de comprar roupas, chapéus, sapatos e conjuntos já prontos. Para comprar, é necessário duas coisas: passar de certas fases para liberar e coletar uma quantidade de pontos em fase que serve como dinheiro, ou jogar o modo festa e coletar parafusos da sorte.
Outra área do lobby é o arcade, que é liberada depois de um tempo, lá funciona para ir com seu amigo e jogar minigames. Alguns deles são cooperativos, como um de navinha que tem que proteger um planetinha no centro da tela de ataques ou um que me lembra um plant vs zombies com blocos coloridos n lugar das plantas, e há um jogo versus que me lembrou um pouco Go.

Como pontuei anteriormente, o jogo é um puzzle com tiro e isso vale até durante o combate: muitos inimigos são formados por vários “minions” um em cima do outro, semelhante àquelas torres de Goombas na série Super Mario. Cada uma dessas “partes” tem uma cor, então, por exemplo, podem ter dois azuis, dois amarelos e o último de cima volta a ser azul. Ao atirar com uma cor amarela no meio, eles estouram e os azuis formam outro conjunto de três, derrotando-os, mas usar uma cor errada aumenta a torre e a dificuldade de eliminar todos.

Assim como ao enfrentar minions, usar a cor errada pode causar problemas e, para os chefes, isso pode ser ainda pior. Muitas vezes, por errar a cor por pontaria eu notava que, em vez da vida do chefe diminuir, ela aumentava e fazia os chefes ficarem maiores e com lutas mais longas.
Essa festa virou um enterro
O último modo que joguei foi o modo Festa. Demorei a vê-lo porque achei que era um atalho para acessar o arcade sem precisar entrar no jogo principal. Porém, quando o acessei, foi uma decepção.
Quando se lê “modo Festa” no menu, se imagina algo como Mario Party com minigames simples, porém, ao entrar eu me senti em um tutorial avançado. Assim que se entra na sala da festa, já aparece uma mensagem de que é uma experiência melhor depois de jogar a campanha e, ao escolher o desafio, é só um percurso que pode ser visto em alguma das fases, como atirar no tempo certo para eliminar os obstáculos.
Uma mistura divertida

No mais, quando funciona, POPUCOM é um jogo bastante engajante, com conteúdo diversificado e quebra-cabeças variados e divertidos.” O seu maior problema, no entanto, é a dificuldade de se achar gente online no Nintendo Switch, o que ajudaria se tivesse jogatina cross-play com a versão de PC.
Prós:
- Quebra-cabeças muito bem elaborados e divertidos de serem resolvidos;
- Companha com bastante conteúdo;
- Fortes inspirações para uma experiência diferenciada no gênero.
Contras:
- Falta recursos úteis como cross-play ou algum sistema de compartilhamento no jogo;
- Modo Festa muito sem graça.
Nota
8
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