
Data de lançamento inicial: 17 de Março, 1995 (exclusivo do Japão)
Gênero: Ação
Estúdios: Epoch Co.
Plataformas: Super Nintendo
Desenvolvedora: Argent e Epoch Co.
Curiosidades:
- A arte de capa foi feita por Mark Bagley, Karl Kesel, e Paul Mounts, todos já trabalharam com diversos quadrinhos, entre eles alguns do Homem-aranha.
- Com exceção do password da fase 3-2, todos os passwords de fases são o sobrenome da identidade do Chefe da fase anterior.
- Três heróis fazem cameo nesse jogo, eles são Tocha-humana, Speedball (suplício) e Punho de Ferro.
- Em 1993 (2 anos antes do lançamento do jogo), foi lançado uma mini serie em quadrinho com o mesmo nome.
Introdução
Hoje é o lançamento do Homem-Aranha: Longe de Casa nos cinemas, que da final a fase quatro do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). Eu sempre gostei muito do Homem-Aranha, principalmente do desenho de 1994 (que passava na Fox Kids e na Globo), e na minha opinião o Lethal Foes é o jogo do Homem-Aranha que o melhor representa nos consoles da era 16 bits. Antes de escolher o Lethal Foes eu resolvi jogar um pouco dos outros jogos presentes no Super Nintendo e MegaDrive – eu acredito que a maioria deve preferir o Maximum Carnage, mas consigo entender o porque dele ter uma ótima trilha sonora e golpes bem legais. Mas por mais que eu goste da jogabilidade eu sei que existem muitos outros jogos de Beat ‘em ups que são melhores em vários aspectos.
Primeiras impressões
Esse com certeza é o jogo mais bonito do aracnídeo nos consoles 16btis da época, os sprites do aranha estão ótimos, o estilo lembra o dos jogos de luta da Capcom, e os cenários são bem coloridos e com detalhes na medida certa. É um daqueles jogos que continua bonito ate hoje.

A primeira cena do jogo ser o Homem-Aranha balançando na teia bem no meio dos prédios é algo bastante memorável por ser uma das coisas mais icônicas do herói nos quadrinhos e animações. Esse é uma das grandes diferenças desse jogo para os demais da época, ele já começa passando uma sensação de liberdade de movimento muito grande. Na primeira fase já e possível sair jogando teia pelo prédios sem ter muitos obstáculos pra te fazer cair, isso é totalmente o contrario dos outros jogos, onde as fases são mais poluídas e sem muita liberdade.
Jogabilidade
O jogo possui o básico, correr, abaixar, socar, atirar teia. Sendo possível atirar teia e socar para cima, chutar agachado e dar ombrada apertando o botão de soco durante a corrida. O maior diferencial acaba sendo algo bem comum nos jogos do Homem-Aranha que são atirar teia e escalar. A escalada funciona bem na maioria dos jogos, enquanto a teia já não é bem assim: existe a teia projétil para acertar os inimigos e a teia de movimentação que no Lethal Foes é ótima, fácil de se usar e também útil pra se movimentar rápido. Em outros jogos como ‘Spider-Man and X-Men Arcade’s Revenge’ a teia é bem falha além de ser difícil de controlar. Já em ‘Maximum Carnage’ é possível usar a teia pra puxar os inimigos para agarra-los, e acho que isso poderia ser uma das coisas que deveria estar presente nos outros jogos.
Por mais que o uso da teia seja ótimo nesse jogo, ele acaba sendo mais utilizado do que deveria ser. Ela é o meio mais rápido de se movimentar pela fase, além do jogo possuir um limite de tempo bem curto levando em conta o tamanho de algumas fases. Você acaba sempre ignorando o máximo de inimigos para poder chegar no chefe o quanto antes e ter tempo o suficiente para enfrenta-lo sem se preocupar com o tempo limite.
Falando dos chefes, eles não possuem uma boa IA. Todos eles possuem uma movimentação padrão e rápida de decorar, porém é preciso de estratégias diferentes para derrotar cada um deles. Com a estratégia certa, a vitoria e quase que garantida. O tempo ainda pode passar desapercebido.
Inimigos

Esse é o quesito mais decepcionante desse jogo. Não me entenda mal, mas o jogo possuiu vilões bem icônicos como Venom, Duende Verde e Dr. Octopus, e eles estão bem feitos até e fazem um bom papel como chefes, mas o problema aqui são os inimigos comuns. O jogo possui muitos inimigos pequenos espalhados tela, e sempre que isso acontece acaba sendo horrível. Mas isso pode ser resolvido graças a uma caixa de colisão generosa, então é possível derrota-los facilmente – um único golpe e eles já são derrotados. O jogo também possui inimigos de estatura “normal ”, mas estes estão menos presentes no jogo e infelizmente acabam sendo ignoráveis pelo pouco tempo que a fase permite.
Entre os inimigos também temos “abelhas robôs”, “escorpiões robôs” e um outro robô pequeno que fica nas paredes. Particularmente não entendo o por que de ter tantos “mini-robôs” como inimigos enquanto a outra metade são inimigos bons. Devo ressaltar que existem outros dois robôs: um aéreo que joga projeteis e outro terrestre que da investidas, fora dois soldados, sendo um deles que usa arma de fogo e lança granas e outro com bazuca.
Sem duvida um dos pontos negativos são os inimigos “Comuns”, eles são inúteis e parecem terem sidos colocados como obstáculos para serem pulados fazendo que no final o verdadeiro inimigo acaba sendo o tempo.
Multiverso dos jogos
Como citado acima eu joguei os outros jogos do Homem-Aranha e encontrei problemas mais sérios neles do que neste. Um exemplo disso é em Spiderman and X-men Arcade’s Revenge, onde nele o Homem-Aranha é bem mais limitado só tendo a teia como ataque e sem poder lançar para cima (fora a primeira fase ser extremamente chata).

O jogo Spider-Man é feio e confuso logo de cara. Ele não deixa claro para onde deve ir ou o que deve fazer. Aparentemente precisamos fazer algo no segundo andar que o jogo não deixa claro que é possível subir e fazer algo alí para poder quebrar a saída de ar e só assim poder prosseguir. Eu realmente não sei se é obrigatório ir para o segundo andar antes ou se a caixa de colisão que é muito ruim, e eu não consigo acertar a porta da saída de ar nas primeiras tentativas. O jogo dispensa o uso de check points, então assim que você morre perde a vida e continua onde esta a menos que tenha caído em um buraco. Nesse caso o jogador retorna a um local seguro antes da queda.
O jogo The Amazing Spider-Man vs. The Kingpin tem uma jogabilidade que funciona muito bem, mas como os outros não possui check points, bem como os inimigos comuns tem uma péssima IA (chegando a ser apelativa), se o jogador estiver no na vista do inimigo ele vai ficar atirando sem parar. A primeira vista esse jogo tem muito defeitos mas ao dar outra chance percebi que existem mais coisas nele para serem exploradas como por exemplo o escudo de teia ond acaba sendo algo crucial pra passar de certas partes – mas se deve ter cuidado ao ficar usando já que ele gasta a teia assim como a bola de teia e a teia jogada no teto para se movimentar. Esse é um daqueles jogos que o manual é mais que necessário e como joguei sem ele acredito que fiz muita coisa errada já que ele possui muito mais a oferecer do que eu consegui ver.
Conclusão
Mesmo com os todos os problemas que citai, esse ainda consegue ser o melhor jogo do Homem-Aranha para os consoles 16bits. O jogo realmente representa bem o personagem visualmente e até nas musicas tem um estilo que encaixa bem no personagem. Sem duvidas o jogo seria mais lembrado se tivesse sido lançado no ocidente. Para mim, ele só tem dois problemas graves: o tempo limite e os inimigos comuns. Se tirassem o tempo e no lugar dos “mini-robôs” colocassem bandidos genéricos espalhados pelo mapa, esse jogo seria espetacular na minha opinião.
Chega até ser estranho um jogo de um personagem totalmente ocidental ter ficado exclusivo do Japão. Infelizmente não sei dizer se o jogo possui alguma relação com a história em quadrinho de mesmo nome, pelo que sei a historia em questão não chegou a ser publicada no Brasil e eu não consegui achar uma versão traduzida para baixar.
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