Desenvolvedora: Techland
Publicadora: Techland
Gênero: Ação, Arcade, Tiro em Primeira Pessoa
Data de lançamento: 10 de Dezembro de 2019
Preço na eShop: $19,99
Formato: Físico* e Digital
*O formato físico possui apenas um código de download dentro da caixa.
Call of Juarez: Gunslinger é um jogo de tiro em primeira pessoa desenvolvido pela Techland, os mesmos desenvolvedores por trás do jogo Dying Light, e que possui a temática de Velho Oeste americano, recheado com o bom e velho bang bang americano.
Antes de escrever qualquer outra coisa, tenho que destacar que o jogo está totalmente legendado em português.
Toda a aventura se trata de uma narração de uma história contada em um bar, e uma das características das dublagens é o sotaque sulista dos Estados Unidos, o que honestamente, ao menos para mim deu um charme a mais no jogo e uma maior imersão. A história do jogo me fez imaginar como se estivesse assistindo a um seriado. Aliás, um detalhe muito divertido que o jogo possui, é que após uma sequencia de tiroteio, as vezes o protagonista assopra a fumaça do cano da arma, e eu gargalhei quando isso aconteceu pela primeira vez!
Uma das características do jogo é que apesar de não haver de fato muita interação entre os personagens no jogo em si, há na narração, já que é uma pessoa contando uma história num bar, e por diversos momentos você ouve outras pessoas perguntando coisas com “mas foi isso mesmo que aconteceu?”, e aí tem outro detalhe interessante do jogo, que por muitas vezes o narrador muda os fatos a seu bel prazer, enquanto aumenta ou minimiza situações, simplesmente para se passar por herói da história.
Os gráficos
Os gráficos do jogo são muito bonitos e fazem o mesmo parecer um cartoon, já que o jogo utiliza um efeito de cell shading, tirando do jogo aquela pecha de “jogo de tiro genérico” e trazendo um pouco de autenticidade ao mesmo. A resolução também é boa. Não sei especificar em números, mas posso afirmar que não vi serrilhado na tela, ou imagens embaçadas, então, ponto para os desenvolvedores. Outro fator muito importante a ser citado é que não senti nenhuma queda de frame rate ou engasgos, o que aumenta ainda mais o mérito da equipe de desenvolvimento.
O gameplay
Não vou mentir aqui. O gameplay se resume a matar hordas de atiradores enquanto avança no cenário. E se você não for bom neste tipo de jogo, você vai morrer, e muito, e em certas partes pode chegar a ser irritante, como num boss que enfrentei, que era um velho com uma arma automática enquanto outros dois atiradores jogavam dinamites em minha direção. Um detalhe que devo destacar, é que o jogo possui mira por sensor de movimento, mas honestamente eu não consegui me adaptar tão bem aqui quanto em Splatoon 2 por exemplo, e não sei se essa característica foi mal implementada ou se era eu quem estava ruim mesmo. Em alguns momentos o sensor de movimento estava mais me atrapalhando do que ajudando ao ponto de eu resolver desliga-lo para jogar. Outro detalhe que nem todos os desenvolvedores se importam em fazer, mas a Techland fez, foi implementar o HD Rumble no jogo, o que deu um toque especial para a versão de Nintendo Switch. Há também a auto-mira, o que ajuda bastante: uma vez que você entra no modo de mira/foco a arma já irá estar ajustada automaticamente no inimigo mais próximo.
Falando em foco, o jogo oferece uma mecânica interessante e muito útil por sinal: conforme você vai matando inimigos, uma barra de foco vai se enchendo no canto da tela, e isso pode ser utilizado para desacelerar o tempo enquanto a barra de foco vai se esvaziando. Isso ajuda você a mirar e atingir seus alvos.
Ainda, você tem uma variedade de armas para utilizar, como a espingarda ou o revolver, e pode ir alternando entre elas. Cada arma tem uma vantagem específica. Eu particularmente prefiro o revolver pois o tiro achei mais certeiro, mas a espingarda por exemplo possui um poder de fogo maior, apesar de ter que recarregar a cada dois tiros, contra seis balas por vez do revolver. Uma das coisas mais legais que eu experimentei foi descarregar tiros com dois revolvers ao mesmo tempo, um em cada mão.
Há ainda uma coisa muito legal aqui, que é um sistema de níveis. Você ganha pontos a cada inimigo derrotado, e então níveis, que lhe confere um ponto de habilidade. Com esses pontos, você pode destravar melhorias para o seu personagem numa árvore de skills. Isso faz com que o gameplay tenha um toque de estratégia também, já que você vai precisar decidir exatamente qual a próxima habilidade a ser desbloqueada e que lhe será mais útil naquele momento.
A trilha sonora
Como já disse, o jogo possui a temática de “Velho Oeste”, e a trilha sonora aqui segue exatamente essa temática. Num geral, posso dizer que a música é agradável e combina perfeitamente com o jogo.
Conclusão
Call of Juarez: Gunslinger é um jogo com uma narrativa muito divertida e que dá vontade de prosseguir para descobrir o que aconteceu em seguida, apesar de o gameplay soar um tanto monótono e as vezes até um tanto irritante. Por mais que o jogo seja de tiro e envolva matança, no geral ele não é realmente violento. Ao contrário do que imaginei, o que encontrei aqui foi uma história muito divertida e interessante. Ainda, há diversas conquistas para serem desbloqueadas, fora as skills para serem adquiridas, o que torna o gameplay ainda mais rico e duradouro, sem contar com os outros modos de jogo, Arcade em que você irá enfrentar hordas de inimigos e modo Duelo, o que prolongam ainda mais o título.
Se você gosta de jogos de tiro, e/ou jogos focados em narrativa, este é um prato cheio, e pelo preço cobrado, certamente vale a pena para os fãs do gênero.
Cópia para análise disponibilizada gentilmente pela Techland
Avaliação: 7.5 / 10
Significado das notas de 1 a 10
1 – Melhor vomitar do que jogar isso
3 – Vai fazer outra coisa.
5 – Só jogue se você for MUITO fã mesmo…
6 – Jogo legal pra se divertir e se distrair.
8 – jogo bom, vale bem seu tempo e dinheiro!
9 – Jogo excelente que vai deixar uma marca em você!