
O universo de Super Mario Bros. conta com diversos personagens carismáticos que não tinha como a Nintendo mantê-los apenas nos jogos do bigodudo. Por isso, alguns desses personagens acabaram ganhando jogos ou até uma série próprio, como aconteceu com o fofo dinosaurinho Yoshi, que hoje conta sua série de plataformas criativa voltada às crianças que nunca tiveram um contato com videogame antes.
Neste caso, a série Yoshi já existe há algum tempo, e é um dos derivados do mundo de Mario mais antigo que existe. Eu sou Guilherme Morando, e nesta edição do RetroBoy irei falar da minha experiência com o primeiro jogo do dinosauro verde após ser introduzido no clássico Super Mario World. Confira então o Retroboy Super Mario World 2: Yoshi’s Island, lançado em 1995 para o Super Nintendo.
Yoshi’s Island cativa com seus belos visuais que parecem ser feitos de Giz de cera
Como muitos já devem saber, Yoshi foi um personagem introduzido em Super Mario World, jogo este que veio acompanhado do lançamento do Super Nintendo nos EUA. Em Super Mario World, o dinosaurinho servia como montaria para Mario no qual se beneficiava de algumas gimmicks como engolir e cuspir inimigos. Em 1995 nos Estados Unidos, a Nintendo estaria lançando um jogo que contava com Yoshi como o protagonista, mas para ligá-lo à marca Mario – principalmente devido ao sucesso de Super Mario World, a NoA (Nintendo of America) decidiu por chamá-lo ‘Super Mario World 2: Yoshi ‘s Island’, isso diferente do Japão que apenas era chamado de Super Mario: Yoshi’s Island.
Embora possua “Super Mario World” no nome (que é meramente estratégia comercial), Yoshi’s Island possui um estilo visual e de gameplay muito diferente do jogo original do Mario. Este é um título no qual observamos que a Nintendo já tinha um rumo a tomar com o personagem trazendo um jogo que parece ter sido feito em Giz de cera, o que não apenas se destacava dos demais dos jogos de plataforma no Super Nintendo, como também ele envelhecer muito bem.
Yoshi ‘s Island conseguia dar um tom que o jogo simplesmente parece um desenho feito à mãos pelos talentosos artistas da Nintendo.
E esse design dá pro jogador um sentimento muito confortante, fazendo-o que tenha vontade de prosseguir naquele jogo só para ver o que mais ele tinha a oferecer em termos visuais.

O interessante na forma em que jogamos com Yoshi é como o tempo todo estamos carregando o Mario em nossas costas, mas não é como ele estivesse controlando o Yoshi como em Super Mario World, mas aqui ele está em sua forma de Baby Mario aos cuidados do dinosauro. Com certeza, os maiores pontos desse jogo está na forma de como controlos o personagem, a trilha sonora e seu level design.
Fases inusitadas e cheias de criatividade
Yoshi’s Island oferece ao todo seis mundos, o que totaliza 54 fases. Em cada mundo ainda existem duas fases secretas – e eu posso te dizer algo, esse jogo sabe muito bem como fazer fases criativas. Entre cada mundo novo que entramos existe um tema: um mundo conta sobre o céu, outro sobre o vulcão e assim por diante. Além do mais, dentro das fases todas se relacionam com aquele mundo, desde os inimigos presentes até mesmo o estilo das fases. No mundo cinco, por exemplo, passamos por uma aventura nos céus e, por coincidência, temos algumas fases de auto-scrolling que se passam totalmente nas nuvens. Ainda, podemos passar por algumas fases congelantes e outras com tempestades causadas pelos Lakitus.
Mas não pensem que Yoshi’s Island é uma aventura isolado protagonizada por Yoshi e Mario em um mundo totalmente separado da série Mario. Claro que você vê inimigos e totalmente originais, mas a partir do segundo mundo os personagens mais familiares do universo de Mario começam a surgir, como os Goombas e Koopa-Troopas. Inclusive, o vilão principal deste jogo é na verdade um personagem muito icônico da série de jogos do bigodudo, o Kanek.
Ainda algumas fases tem um ponto que eu achei bem inusitado. Algumas fases lotam a sua tela de parasitas , onde uma vez afetado por eles , Yoshi e Baby Mario ficam literalmente , dopados. A visão fica totalmente distorcida , e o dinossauro até mesmo perde o equilíbrio.

O que Yoshi’s Island oferece na parte narrativa?
Por padrão, muitos gêneros de plataformas da época não ofereciam uma narrativa complexa em seus jogos já que o objetivo era mesmo os desafios, como atravessar uma fase até chegar ao final do jogo. E por se tratar de um jogo antigo, Yoshi’s Island também não oferecia muita história. Basicamente, o mago Kanek havia separado o Baby Mario do Baby Luigi, e então, a fim de reencontrar os dois bebês, um amontoado de Yoshi’s carrega o Baby Mario em seu casco por toda a ilha com o objetivo de reuni-lo junto de seu irmão.
E se tratando do enredo, Yoshi’s Island condiz muito bem com tudo que é apresentado, pois o jogo realmente passa a impressão de que é uma aventura vista aos olhos de um bebê, aos olhos da infantilidade.
Controlando Yoshi e os chefes do jogo
Devem se lembrar que em Super Mario World o bigodudo usava artifícios básicos como pular e jogar algum casco para que pudesse matar os inimigos, incluindo os chefes (isso claro, sem contar os power-ups). Yoshi’s Island conta com mecânicas novas, mas mantém a fidelidade das habilidades originais de Yoshi em Super Mario World como agarrar os inimigos com sua língua e cuspi-los. No entanto, Yoshi também agora pode transformar os inimigos que engole num ovo e usá-los para atirar em uma mecânica de uso de um cursor para atirar á direção no qual foi indicado – esta mecânica prevaleceu nos futuros títulos do dinosauro e prevalece até hoje, mas recomendo que domine-a se nunca jogou um título antes. Entre outras mecânicas, Yoshi ainda pode planar no ar por poucos segundo possibilitando alcançar alguns lugares inacessíveis ao pulo normal.
Para ser justo, as primeiras batalhas do jogo podem ser fáceis de serem vencidas, mas vão ficando ainda mais difíceis pela frente você. Dentre os chefes, todos são na verdade são inimigos normais que pela magia de Kanek são modificados e mutados para uma forma diferenciada como uma Piranha Plant gigantesca, em que você deve pensar muito bem quando é o momento certo de atirar o ovo, ou até mesmo uma batalha dentro do estômago de um sapo. Algumas outras batalhas ainda não se passam nem na ilha e sim em um outro menor planeta onde deve saber a hora certa de efetuar um “ground pound”, que é basicamente um golpe de boxe, que consiste em “cair de bunda no chão”

Colecionáveis são muito bem-vindos
Bom, como todo e qualquer jogo de plataforma, Yoshi também possui itens colecionáveis, né? Dentro de cada fase existem números chave de moedas vermelhas e flores á serem coletadas. Estes estão escondidos por toda a fase, e cabe ao jogador acompanhado de Yoshi explora-las para encontrar todos, isso claro, se você quiser. No fim, eles renderão uma pontuação final que contabilizará no mapa da ilha, um bom incetivo para quem curte fazer 100% nos jogos.

Uma experiência única e memorável
Super Mario World 2: Yoshi’s Island é um excelente e diverto jogo de plataforma, e talvez o que mais trará desafios aos jogadores já que atualmente a série não é conhecida por ter dificuldade elevada ou na medida certa. Mesmo assim, recomendo fortemente que jogue (ainda mais se tiver acompanhado alguma criança). Yoshi’s Island é uma experiência única tanto em level design quanto visualmente, sendo um dos jogos obrigatórios se você acabou de sair de uma grande aventura em Super Mario World.
Tenha cuidado para não acordar Baby Bowser novamente e causar mais problemas para Yoshi resolver. Até a próxima pessoal!

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