Review | Mushihimesama

Desenvolvedora: Cave
Publicadora: Live Wire
Data de lançamento: 15 de Junho, 2021
Preço: R$ 101,95
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela Live Wire.

A Cave é uma desenvolvedora muito famosa no Japão, tendo atuado fortemente na produção de jogos de no gênero shoot ‘em up, de 1995-2013. Mushihimesama (do japonês, “Bug Princess“, ou “Princesa Inseto“) é uma de suas joias, e após passar por várias plataformas e arcades, chega em sua versão mais completa até então para o console híbrido da BIG N.

O mundo de Mushihimesama é repleto de insetos de proporções gigantescas chamados Koujuu. Estes animais ao morrerem liberam uma toxina venenosa aos humanos, o que resultou na criação de pequenas aldeias, que a princípio estavam livres desse problema. Nossa protagonista é a princesa Reco, uma jovem que vive com a cabeça na lua, apesar de pertencer a família real de Hoshifuri. Seu destino porém já fora traçado há muito tempo: ela deve servir de sacrifício para que as betas artrópodes não destruam o seu lar. Porém, uma vez que sua vila se vê ameaçada pela toxina chamada Miasma, nossa heroína parte em uma missão junto com seu besouro companheiro Kiniro, para encontrarem o deus dos Koujuu. Que aventuras aguardam nossa valente princesa nesse mundo bestial?

Indo direto ao ponto

Se você procura no jogo uma narrativa majestosa com personagens cativantes, creio que suas expectativas serão frustradas. A história é contada através de ilustrações que aparecem ao final de cada fase, porém, caso eu não houvesse feito um trabalho de pesquisa além do gameplay, duvido muito que eu teria um entendimento tão mais profundamente a história.

Salientando aqui que isso em momento algum é um ponto negativo, apenas lembrando aos desavisados que Mushihimesama é um produto de sua época que foi apenas portado para o Nintendo Switch, e nesse época, jogos do famosa estilo “navinha” não tinham lá muito apego a contar algo ou passar uma mensagem, era gameplay por gameplay

Versões e dificuldade para todos

O jogo contém contém 4 versões, uma especialmente desenvolvida para aqueles que não possuem familiaridade com shoot‘n ups no estilo bullet hell e as outras três sendo as versões que o game recebeu a longo do tempo, que vão da versão Normal, passando pela Arrange e indo até a 1.5, sendo obviamente a versão mais recente do mesmo.

Interessante notar aqui que mesmo a versão para para iniciantes “Novice” conta com a escolha da dificuldade normal, maniac e ultra, sendo a última um verdadeiro desafio aos seus reflexos e a capacidade dos seus olhos de diferenciar tantos projéteis na tela ao mesmo tempo. Jogue por sua conta e risco!

Jogabilidade refinada para um desafio insano

Kiniro é um besouro-martelo que pertence a nossa heroína, e sua função é servir de nave de combate. Antes de iniciar a jogatina é possível escolher entre três variedades de projéteis, que possuem o mesmo nível de poder, mas variam em cadência e amplitude. Ao longo das fases, é possível adquirir power-ups que propiciam tanto aumento do seu poder de fogo, quanto sidekicks para lhe ajudarem.

Aprender todos os movimentos possíveis é relativamente simples, e se o esquema padrão dos botões não for muito confortável para suas mãos, ainda existe a possibilidade de mudá-los a qualquer hora. Caso você seja dono de um controle PRO, seja o da Nintendo ou de marcas parceiras, sugiro utilizá-lo devido pois seus reflexos vão ser testados desde a primeira fase, esteja avisado!

Uma janela para o passado

Mushihimesama é sem dúvidas um excelente título para qualquer amante de shoot‘n up, roda bem e os comandos são responsivos, porém, um dos aspectos que dificulta a jogatina é o formato da tela. A proporção mais verticalizada dificulta um pouco a jogatina por não ocupar a maior parte da tela, os elementos ficam bem pequenos o que é bem crítico se tratando de um jogo nesse estilo. Mas calma que nem tudo está perdido, é possível tornar a jogatina no modo portátil mais agradável, com os joy con destacados e posicionando a tela do Switch na orientação vertical pois o próprio jogo te dá essa possibilidade.

Avaliação

Um fator a se destacar é o preço relativamente salgado. Se tratando de um port de um título de nicho, talvez fosse mais interessante precificá-lo de forma mais gentil, justamente para que o título pudesse chegar a mais jogadores, visto que apesar de sua qualidade a série não é lá muito conhecida no ocidente. Além disso, não existe um conteúdo generoso que foi adicionado ao título, apenas um cooperativo local padrão de jogos da mesma linha, fazendo ainda mais crítico o valor cobrado. Caso o seu backlog esteja cheio, sugiro esperar uma promoção que torne o valor mais convidativo.