Review | Boomerang X – NintendoBoy

Desenvolvedora: DANG!
Publicadora: Devolver Digital
Data de lançamento: 08 de Julho, 2021
Preço: R$101,95
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela Devolver Digital.

A Devolver Digital já ganhou bastante espaço na indústria dos games, distribuindo alguns dos jogos independentes modernos mais marcantes e aclamados da atualidade, sendo Boomerang X o seu mais novo exemplo. Agora, se ele consegue ser um jogo bem executado, isso é o que veremos nessa review!

Grande Estilo

Esteticamente, Boomerang X é muito chamativo, suas cores no geral se destacam e consegue ser distinto visualmente o suficiente se comparado com outros títulos do mercado, os cenários são tão únicos que os enxergo como pinturas artísticas modernas, mesmo parecendo um certo exagero. Não são tantos games que se arriscam tanto, e aqui teve um bom resultado.

Uma coisa que combina bastante com o visual é a trilha sonora, que é bastante agradável agrega bastante com a atmosfera do game, aumentando a imersão. Uma obra completa nos aspectos técnicos, e bastante ousada. Bem legal ver como isso às vezes funciona tão bem.

Não fique parado!

Em Boomerang X é se movimentar ou morrer, a gameplay é extremamente agitada e divertida, cada habilidade que a personagem consegue é bastante útil em combate e trará riqueza ao mesmo. Mas a história X é quase inexistente, você apenas tem que derrotar vários monstros que surgiram de um poder sombrio, e o seu único amigo nesta jornada é um boomerang encontrado bem no comecinho do game.

O jogo é dividido em várias fases que seriam salas, dentre elas, algumas “arenas”, e o jogador tem que matar inimigos específicos marcados com um símbolo amarelo para avançar pra próxima horda, e assim, após todas as ondas daquela área serem eliminados, você pode obter um escudo que lhe dá um hit extra e uma nova habilidade para ser usada em batalha. As salas contêm espaços que se você ficar parado poderá criar um escudo ou se curar, mas cada um desses espaços tem apenas um único uso. Então é bom ser cauteloso ao utilizar, pensando no melhor momento e no tempo, já que estamos cercados por inimigos.

Uma coisa interessante é que as salas podem ser revisitadas e renovadas em uma parte específica do menu, um detalhe interessante e que para jogos sem narrativa e focado em levels é bastante essencial.

Nem todos os inimigos são necessários matar para avançar, apenas os com marcação amarela, como dito anteriormente, mas você sempre terá de estar atento a tudo ao seu redor.

A mira do boomerang, apesar de competente poderia ser melhor, nem sempre o ele ia pra onde eu queria, mas funciona bem para seu propósito. Os controles são aceitáveis, porém meio escorregadios, pois eu levava um tempinho para acertar determinada plataforma pela precisão falha, mas isso não estraga a diversão do jogo.

A variedade de inimigos é o suficiente. Cada nova área nos trás uma variação, e apesar da temática genérica de “duh vilão sombrio dark sombra“, acaba que visualmente tem forma bem definidas, e a cada inimigo novo que surgia, mais surpreendente na questão visual e de poder ele ficava. Essa foi uma curiosidade que me moveu o jogo inteiro, sempre querendo descobrir como será o próximo inimigo, sem contar que bate um desespero quando um inimigo específico te dá dano, lhe deixando bem mais alerta.

Ideia simples, execução direta!

Boomerang X é um daqueles joguinhos divertidos de se jogar quando se estiver no modo portátil sem ideia do que fazer, um bom título indie, tem potencial para se tornar algo bem maior, mas é algo que já está bem executado apesar das falhas. Ainda me diverti bastante e fiquei positivamente interessado.

Prós:

Direção artística única com cores fortes
Trilha sonora gostosinha
Divertido e frenético
Duração satisfatória o suficiente pra não arrastarem conteúdo repetitivo desnecessariamente