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Review | Skul: The Hero Slayer

Num mundo de fantasia onde os humanos são os vilões, ajude Skul a salvar o rei Demônio das garras de Carleon.
Wendel Barbosa 21/10/2021

Desenvolvedora: SouthPAW

Publicadora: NEOWIZ

Data de lançamento: 21 de Outubro, 2021

Preço: US$ 19,99

Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela NEOWIZ.

Os nossos queridos fliperamas, como todos bem sabem, eram programados para engolir o máximo de fichas possíveis dos “inocentes” jogadores. E como isso era feito? Com jogos insanamente difíceis. Coisa muito comum nas primeiras gerações de consoles era a conversão quase que um por um (salvo a queda gráfica e sonora) dessas máquinas de arcades. Nesse sentido, toda proposta era emulada, incluindo aí a dificuldade.

Com o passar do tempo, os videogames foram ganhando mais espaço dentro do que podemos chamar de cultura do entretenimento. Junto com ele, aquele pirralho, que gastava o suado dinheiro dos pais nos fliperamas, cresceu. A dinamização da vida do jogador adulto pode ser vista como um dos motivos (não o único) para uma diminuição acentuada da dificuldade de nossos amados joguinhos. Sem contar o fato de que contar uma história acabou se transformando numa tendência que se atrelou ao próprio gameplay.

Rogue o quê?!

Derrote os heróis do rei Carleon, monstros corrompidos e salve o Rei Demônio.

Recentemente, um novo subgênero passou a flertar com as dificuldades dos antigos arcades e dos primeiros consoles sem, contudo, deixar de lado o foco na narrativa. Imaginem um joguinho em que temos apenas três vidas e vinte fases para atravessar e salvar a princesa. Avançamos pelas fases com muito custo e cuidado. No caminho até conseguimos adquirir um item da hora e uma habilidade útil. Mas, bem no meio da fase dezessete (número da derrota), você perde todas as suas vidas. E não há tela de “continue”, não há “password”, nem “save points”. Você só vê os dizeres “game over” em letras garrafais, volta para a tela inicial e tem que começar tudo do zero. Imaginou? Isso é um Roguelike.

Para a tristeza de alguns e para alegria de outros – como este redator que vos escreve – existem jogos que flertam com um meio termo. Até porque, senhoras e senhores, nada na vida é só preto no branco. Tem que haver tons de cinza. E não me refiro ao filme. Esses jogos permanecem difíceis e punitivos, mas não são tão frustrantes. O progresso, por exemplo, é parcialmente salvo. Um exemplo disso é o popular Dead Cells, o fenômeno de crítica e vendas Hades e o carismático Skul: The Hero Slayer – estrela desse texto – desenvolvido pelo estúdio indie SouthPAW e publicado pela Neowiz no dia 21 de outubro para o Nintendo Switch e demais consoles. E essa variação mais suave do subgênero é chamada de Roguelite.

Visual retrô e fábulas às avessas

Toda vez que morremos voltamos para o castelo do Rei Demônio.

Skul: The Hero Slayer possui uma direção de arte encantadora. O visual em pixel-art é a síntese perfeita entre simplicidade, charme e nostalgia. E não só o estúdio SouthPAW, mas os estúdios indies em geral, são os grandes responsáveis por manter a relevância desse estilo retrô para o mercado de jogos atualmente. No caso de Skul, em especial, por ser um jogo de plataforma 2D, há uma potencialização ainda maior dessa sensação. As melodias originais são batidas eletrônicas animadas que casam muito bem com o visual do game, ajudando a completar esse cenário retrô.

A história brinca com aquelas fábulas que permeiam obras de escritores como J.R.R. Tolkien e RPGs famosos como Dungeons & Dragons. Ali o protagonismo é sempre dos seres humanos. Seus heróis que bravamente lutam contra o mal e buscam incansavelmente a paz. Mas, a noção de bem e mal é relativa. E essa relatividade é retratada em Skul: The Hero Slayer. A história, toda legendada em português (graças a Deus), é contada sob a perspectiva dos monstros. Podemos dizer se tratar de uma fábula às avessas. Dessa forma, os seres humanos – e seu panteão de heróis – é que são os vilões. 

Após um tratado de paz ter sido firmado, os humanos, liderados por Carleon, sorrateiramente passam a atacar os monstros e aprisionam o Rei Demônio. No jogo encarnamos um pequeno e subestimado guarda caveira chamado Skul, que ganhou uma grande responsabilidade: salvar o rei das garras de Carleon. Ao longo de nossa aventura vamos descobrindo um pouco mais sobre o passado do nosso herói de capa e sua relação com o Rei Demônio.

Se aventurando pelas dungeons

Melhore alguns atributos de forma permanente e se aventure pelas arenas.

Num primeiro olhar, o título aparenta ser um jogo de plataforma de ação e aventura como qualquer outro. Os cenários são divididos em pequenas dungeons que acrescentam camadas sobre camadas na gameplay. Nesse sentido, esses locais funcionam como arenas. Conforme derrotamos todos os inimigos em tela, uma nova área é liberada junto a um loot de recompensa randômica. Em nossa jornada enfrentamos inimigos diversos, caçadores de monstros e demônios e poderosos chefões corrompidos por um misterioso quartzo negro ao final de cada capítulo. Derrotá-los nos garantem ouro e quartzo negro.

A gente só percebe que não se trata de um jogo de plataforma comum quando morremos. Quando isso acontece somos enviados de volta para o castelo do Rei Demônio que está sob os cuidados de uma bruxa que salvamos logo no início da aventura. Com o tempo passamos inclusive a poder trocar com ela quartzos negros por aprimoramentos permanentes nos atributos de Skul, que ajudam a atravessar os perigos com menos dificuldade. Ao dar início a uma nova run, a estrutura das arenas e inimigos mudam. Pois, o mapa do jogo é gerado de forma procedural, impossibilitando, por exemplo, a memorização de itens e dos perigos que nos aguardam.

E, dessa forma, vamos avançando junto com nosso pequeno guerreiro falecido, masmorra adentro, rumo ao resgate do rei. Pelo caminho podemos libertar alguns monstros, como o Caçador raposa e um ogro de duas cabeças, que passam a nos conceder itens provisórios no castelo do rei Demônio, que ajudam nas batalhas que ainda travaremos. Entre uma área e outra, em cada capítulo, nos deparamos também com pontos seguros, onde podemos comprar, com o ouro obtido, itens diversos que recuperam nosso HP ou que aumentam provisoriamente alguns de nossos atributos; e com Arachne, uma mulher aranha, podemos trocar alguns fragmentos de ossos por melhorias nas habilidades dos crânios, cuja funções explicarei mais abaixo.

Escolha seu crânio e vá a luta

Escolha o crânio que melhor te agradar nos combates.

Nosso personagem é dotado de pulos duplos, um dash para esquiva e golpes com o que parece ser um fêmur de um guerreiro caído. Os controles são precisos. Algo extremamente necessário em jogos do gênero que pune o menor dos erros. Cada inimigo possui uma estratégia específica para ataque. Não devemos apenas esmagar botões. Mas, estudar os seus movimentos para saber atacar e defender nos momentos certos.

Um grande diferencial no jogo é o sistema de troca de crânios que conferem ao nosso personagem poderes e golpes únicos. O crânio de um lobisomem te permite golpear e se movimentar mais rápido, o do Pico-esqueleto confere ao nosso dash um poder de ataque, o crânio de um arqueiro libera golpes com arco e flecha e por aí vai. A variedade é grande (cerca de noventa) e podemos trocar de crânio a qualquer momento. Porém, só dá pra carregar dois por vez. Com o tempo, certamente, você irá se familiarizar mais com certo crânio do que com outro. O problema é que quando somos derrotados perdemos tudo que conseguimos coletar pelo caminho, incluindo aí os crânios dos guerreiros caídos, que aparecem pra gente – por sinal – de forma aleatória. Essa é a beleza ou a mazela de um roguelite. 

Pelo caminho podemos libertar alguns monstros que passam a nos conceder itens provisórios no castelo do rei Demônio.

Além dos crânios, vamos conseguindo pegar itens que conferem poderes mágicos e que melhoram nossos status como velocidade, defesa e ataque. Mas, tudo isso se perde com a nossa morte, incluindo o nosso loot. É claro que, como dito mais acima, nem tudo está perdido e podemos – com muito custo – melhorar de forma permanente os atributos de nosso pequeno guerreiro morto. Os quartzos negros, por exemplo, não são perdidos quando morremos. Mas, mesmo assim, é tudo muito difícil e demorado. Roguelites, na verdade, são desenvolvidos para que a evolução venha com o tempo através da dinâmica da tentativa e erro. O jogo requer dedicação e atenção. Apesar de parecer contraditório, para evoluir é necessário perder. 

Skul: The Hero Slayer é aquele jogo que, diante de uma economia inflacionada como a nossa, onde jogos custam uma boa soma, a gente pode pegar e se debruçar sobre ele meses a fio, sem ligar pra gastar dinheiro com outro joguinho. Acredito que essa fórmula seja muito mais agradável num portátil ou num híbrido como o próprio Switch, onde a ideia de jogar de forma mais casual é mais atraente. Você pega o console, faz uma ou duas runs enquanto espera alguma coisa e se distrai no processo. O game conta ainda com uma opção de acessibilidade chamado de Modo novato, que diminui em 50% o dano causado em Skul pelos inimigos. A ideia é tornar o jogo o mais atrativo possível para diferentes tipos de públicos.

Uma opção dentre vários

Jogos no estilo de Skul: The Hero Slayer surgiram aos montes nos últimos anos. Hoje em dia temos um leque muito amplo, seja de Roguelikes ou Roguelites, à nossa disposição. Esse inchaço transfere para o título a responsabilidade de se mostrar relevante diante de tantas opções no mercado. Felizmente, o simpático joguinho, humildemente, cumpre bem esse papel. Apesar da dinâmica de seu gameplay ser bem contida e repetitiva por vezes, o visual é muito bonito, a história é, no mínimo, interessante e é divertido controlar nosso pequeno guerreiro caveira nas batalhas, em sua nobre missão. Se você é um fã de Roguelite, Skul: The Hero Slayer, com certeza, irá te satisfazer. Para quem não é tão fã assim, talvez ele surpreenda.

Prós:

  • Visual em pixel-art
  • Controles precisos
  • História interessante
  • Opção de acessibilidade
  • Legendas em PT-BR

Contras:

  • Gameplay um pouco repetitivo
  • Quedas de framerate em alguns momentos

Nota Final:

9,5

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Wendel Barbosa
Wendel Barbosa
Professor de História e entusiasta de joguinhos eletrônicos desde 1984.
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Tags: indie

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