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Intrigas, violências e mistério: O que há por trás da criação de Donkey Kong?

Wendel Barbosa 24/09/2022

No mundo do entretenimento eletrônico, a dona Nintendo fez fama, em meados dos anos 1980, desafiando os órgãos de defesa dos animais e do meio ambiente. Sendo assessorada pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e defendendo o agronegócio junto com a máfia japonesa, vemos surgir nos Arcades (e depois no Famicon) o primo de primeiro grau por parte de pai de King Kong. Estou, obviamente, falando de Donkey Kong.

Versão em vídeo:

Aviso: Este texto pode conter ironia.

Afronta à preservação dos animais

Criado por Shigeru Miyamoto, Donkey Kong é um claro e debochado aceno de que a gigante japonesa está pouco se importando com as causas de preservação dos gorilas. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, quatro em cada seis dos grandes símios da Terra estão em perigo crítico e a um passo da extinção. E o que a Nintendo faz? Transforma os gorilas em vilões. Toda a complexa narrativa de Donkey Kong gira em torno da jornada do narigudo Jumpman (o pai do Super Mario) em salvar Pauline das garras de Kong. 

Qual era a mensagem que a Nintendo estava passando às crianças? Que está tudo bem em agredir animais. Sendo reconhecido, portanto, como uma afronta aos apontamentos da Conferência de Estocolmo, realizada na Suécia, em 1972 – que indicava a necessidade de preservação da fauna e flora como atitude essencial – essa violência escrachada enojou o mundo na época, fazendo com que congressistas de todo canto do planeta unissem forças para criar uma forma de censurar tal ato escandaloso. É nesse sentido que é criado o órgão de classificação indicativa ESRB. 

E surge o gorila do bem

Diante do ocorrido, a dona Nintendo foi obrigada a recuar e rever toda a lore de Donkey Kong. Mas, planejou fazer isso sem colocar a “mão na massa”, pois não queria dar o braço a torcer a ambientalistas e defensores dos animais. Assim, o processo de desenvolvimento do novo jogo ficou a cargo da Rare. A missão consistiu em suavizar o discurso de ódio da Nintendo aos primatas, tornando o mesmo um “gorila do bem”, defensor da moral e dos bons costumes. E dessa forma nasceu Donkey Kong Country, em 1994. A Nintendo, por sua vez, passou a focar seus esforços no desenvolvimento do jogo de rinha de bicho: Pokémon.

Sem compreender o sucesso do jogo do Super Nintendo (pois, onde já se viu um gorila herói?), a Nintendo lançou mão de qualquer participação no desenvolvimento das continuações e demais projetos envolvendo Kong. Se valendo de uma mentalidade hipócrita e pautada exclusivamente na ideia do lucro, o máximo que a Nintendo fez foi publicar o jogo e usufruir dos espólios financeiros que vieram junto às vendas dos títulos. Todo esse ranço nos indica os reais motivos que levaram a mesma a ignorar com tanta força os quarenta anos de Donkey Kong, no ano passado.

Pressionados pela Nintendo a destruir, a todo custo, a imagem de “bom gorila”, a Rare se viu obrigada a desenvolver um jogo que causaria repulsa no imaginário social dos Nintendistas da época, sem contudo mudar a essência – construída nos jogos do Super Nintendo – do personagem principal da franquia. O resultado foi o opróbrio título Donkey Kong 64, lançado para Nintendo 64, em 1999. O lançamento foi o responsável por colocar a franquia num hiato de mais de dez anos e representou a vingança da Nintendo com os fãs ambientalistas que transformaram Donkey Kong num herói.

Do renascimento ao ostracismo

Com o fim da parceria com a Rare (que se vendeu por desgosto para a Microsoft) a franquia ficou esquecida até um novo estúdio (Retro Studios) demonstrar interesse pelo mesmo. Dessa forma, Kong voltou a aparecer – a contragosto da Nintendo – em 2011 (Donkey Kong Returns) e 2014 (Donkey Kong Country: Tropical Freeze). 

Nesse último jogo – considerado o responsável pelo fracasso de vendas do Wii U – fica evidente a falta de liberdade criativa da Retro Studios, pois novamente vemos um título que faz uma clara afronta às políticas de preservação ao meio ambiente. O jogo desdenha do aquecimento global – fruto do desrespeito das grandes indústrias ao meio ambiente e ao consumo desenfreado – e ridiculariza políticas públicas de conscientização ao ter como roteiro o congelamento dos trópicos.

Diante do sucesso do Switch, o gorilão foi novamente jogado ao ostracismo já que, nessa altura do campeonato, tínhamos outro representante de peso que havia assumido a responsabilidade de desmatar e destruir a fauna sem gerar a revolta de ambientalistas. O personagem? Link! O jogo em questão? O superestimado The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Tudo isso demonstra de forma bastante clara que a gigante japonesa não se importa nem um pouco em instigar nos mais jovens certa consciência ambiental.

De dublê às participações especiais

Segundo o relato de alguns especialistas, para sobreviver, Kong passou a fazer “bicos” como dublê no filme de seu primo por parte de pai, Kong: Ilha da Caveira, em 2018. Pensando em capitalizar mais uma vez a imagem do símio, a Nintendo fez um port de Donkey Kong Country: Tropical Freeze para o Switch no mesmo ano. Atualmente, temos que nos contentar em ver o controverso e amado (menos pela Nintendo) gorila em pontas em outros jogos, com papéis pouco naturais: deixou de jogar barris para pilotar kart, por exemplo. É a Nintendo sambando na cara dos mimizentos. Mas, até quando?!

Nintendo e Brasil: amor bandido

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Professor de História e entusiasta de joguinhos eletrônicos desde 1984.
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Tags: Donkey Kong nintendo

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