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Banido por mais de 20 anos? Entenda como Kadabra finalmente vai voltar para o Pokémon TCG!

Thomas Mertens 10/02/2023

Primeiramente vamos entender, o que nos deu a confirmação de que o Kadabra finalmente voltaria ao cardgame? Na lista de distribuição de novos produtos japoneses, foi incluído o nome “Pokémon Card 151”, que seria um revival de todos os monstrinhos originais, e de quebra, ainda um anúncio de Alakazam ex.

Vocês que são leitores assíduos do NintendoBoy já sabem que as cartas ex entram como evoluções da sua forma anterior, mesmo sendo uma “categoria especial”. Logo, faz todo sentido que teremos um kadabra, correto?

Agora vamos entender o que diabos aconteceu para o Kadabra desaparecer

Essas são todas as cartas do kadabra que existem no jogo (fonte PkmnCards):

A mais recente delas é de, pasmem, 2002!

Agora olhem esse senhor:

Alguma semelhança? Pois é, Uri Geller é um ilusionista iraniano naturalizado britânico, e ficou famoso na sua época com o clássico truque das colheres que entortam, e outras habilidades paranormais. Deem uma pesquisada sobre ele, é uma leitura interessante, mas aqui focaremos em Pokémon.

Ok, agora qual o nome em japonês do Kadabra? Yungerer, que falado com o sotaque nipônico, soa muito similar ao que seria o nome do mágico também em japonês, com uma leve ‘corrupção’ de alguns fonemas. Logo, Kadabra seria quase uma versão dele, o que pra alguns seria engraçado, mas no caso não foi muito bem visto.

Geller descobriu a situação com uma carta do TCG, e entrou com um processo contra a Pokémon Company em 2000 por ter criado o monstrinho sem sua permissão, exigindo 60 milhões de libras como indenização. O processo demorou um pouco, mas finalmente Uri Geller conseguiu os direitos da publicação do monstrinho.

Em uma entrevista à BBC em 2000, Geller afirmou:

Uri Geller:

Estou muito zangado com isso. Eu não teria dado permissão para um personagem agressivo e, no caso, mau, baseado em mim. Isso nem tem nada a ver com a velha questão de saber se sou um mágico ou um médium de verdade. É um roubo direto da minha persona.

O “personagem maligno” a que ele se refere é a carta Dark Kadabra da Equipe Rocket. Seu nome japonês é “Evil Yungerer”. Associado ao fato de que muitos o consideravam charlatão, o que cai na ainda mais velha história de “magica é tudo mentira, esse cara é um farsante” etc e tal. Isso cabe ao juízo de valor de cada um.

Na verdade, foi um tanto além disso, embora seja uma área meio obscura, pois vocês sabem como essas questões de direitos sobre propriedade intelectual são complicadas. Os reflexos se estenderam ao resto da franquia também. Kadabra não aparece no anime desde 2005. A partir dos jogos da geração IV, Kadabra é sempre forçado a evoluir para Alakazam quando trocado, mesmo quando está segurando uma Everstone (item que impede a evolução do Pokémon de todas as formas, virando até um meme quando em Pokémon Diamont/Pearl/Platinum temos uma troca de um Haunter que segura a tal pedra, tsc).

Em 2018 e 2019, alguns fãs dos fóruns de PokeBeach começaram um esforço concentrado para entrar em contato com Geller e convencê-lo a abrir mão do controle de Kadabra, até que em 2020 Uri Geller escreveu ao The Gamer que havia dado permissão a Pokémon para usar Kadabra em Pokémon TCG:

Uri Geller:

Devido ao tremendo volume de e-mails que ainda estou recebendo me implorando para permitir que a Nintendo traga de volta o Kadabra, enviei uma carta ao presidente da Nintendo dando-lhes permissão para relançar o Uri Geller Kadabra/Yungeller em todo o mundo.

E em resposta aos contatos da PokeBeach, o ilusionista disse:

Uri Geller:

“Olá meus queridos amigos. Estou satisfeito que os fãs de Pokémon estejam ansiosos para ver Kadabra retornar ao jogo de cartas. Olha, quero agradecer aos fãs de Pokémon que me procuraram nos últimos [alguns] anos. Inclusive os do PokeBeach, que não paravam de me contatar. Então, basicamente, foram você e minhas netas que me fizeram mudar de ideia. Agora todos podemos ver Kadabra reunido com o Pokémon original no jogo de cartas neste verão. Eu amo todos vocês. E admito, totalmente aberto e honesto. Eu fui um tolo. Foi um erro devastador processar Pokémon. [Kadabra] foi basicamente uma homenagem a Uri Geller. Mas agora está de volta. Me perdoe. Eu amo todos vocês. Muito amor e energia.”

Em outras entrevistas, ele destacou:

Uri Geller:

“A razão pela qual mudei de ideia – em primeiro lugar, fiz uma coisa estúpida por processá-los. Eu estava com raiva porque meu nome apareceu em um cartão Pokémon do nada, sem nunca ter sido perguntado. O mais importante é que nesses 20 anos me tornei avô. Eu vi minhas netas e pensei ‘Vamos lá, você tem que devolver isso’. E que bela carta [Ishihara] enviou de volta. Estou muito feliz com isso.”

A carta a qual ele se refere foi enviada por Tsunekazu Ishihara, replicada abaixo.

Prezado Sr. Uri Geller,

Meu nome é Tsunekazu Ishihara e recebi sua carta.

Obrigado pelas suas palavras gentis. Já se passaram mais de 20 anos desde que o primeiro jogo Pokémon foi lançado e se tornou uma franquia amada por gerações. Estou feliz por ouvir que você se importa tanto com nossos queridos fãs de Pokémon. Também estamos felizes em saber que você não se oponha ao uso contínuo e desenvolvimento do personagem. Nós apreciamos o seu gentileza e apoio contínuos a esse respeito.

Por fim, gostaria de parabenizá-lo pela abertura do Museu Uri Geller e desejo muito a você todo o sucesso em todos os seus empreendimentos futuros.

Atenciosamente,

Tsunekazu Ishihara

Opinião do autor:

No fim das contas foi tudo um grande mal entendido, que começou como uma ideia até boa e divertida, tal como Hitmonlee e Hitmonchan também são Pokémon baseados em personas reais. Claro que uma breve consulta da Nintendo do tipo “Ow mano, fiz isso aqui baseado em você, vê se gostou” teria sido no mínimo recomendado, mas agora está resolvido, seja pelo motivo que for. Não consigo dizer que Geller estava 100% errado, seu argumento é compreensível, mas eventualmente outros caminhos melhores pra todo mundo poderiam ter sido traçados.

Fatos curiosos

Bom, se não tínhamos Kadabra há tanto tempo, Abra e Alakazam estavam banidos também? A resposta é não, e é bem fácil de entender a forma final. Por ser um Pokémon evoluído em estágio final, qualquer outra mecânica do jogo pôde trazê-lo à vida, por exemplo Alakazam EX, V ou mesmo o radiante das coleções mais recentes.

Nas duas últimas fileiras já temos as cartas de 2002 e anteriores. Com apenas o destaque para o “Alakazam lv. 47”. Ele claramente é uma carta mais recente, da coleção Mysterious Treasures, cujo Abra também existia (o primeiro da imagem a seguir), e seu ataque na verdade fazia com que ele evoluísse direto pra sua forma final, tal como o Rare Candy funciona hoje em dia no TCG, passando a forma do meio, Kadabra.

A título de curiosidade, fui olhar minhas tralhas guardadas e descobri que tenho um Sabrina’s Kadabra guardado aqui!! Bem nostálgico!

Nota e fonte: Todo o crédito do texto é atribuído à PokeBeach, que entrou em contato com as partes interessadas, elencou as informações e publicou em seu site. Meu trabalho foi apenas reordenar para uma forma que ao meu ver é mais cronológica e fácil de ler, traduzindo para o português e adicionando alguns detalhes de informação menos importante. 

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