Desenvolvedora: Xeen
Publicadora: Square Enix
Gênero: RPG
Data de lançamento: 24 de Outubro, 2024
Prévia feita com base na demo disponível na eShop.
Revisão: Davi Dumont Farace
Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven é o mais novo jogo da franquia SaGa, sendo o remake do 2º da série Romancing (que eu expliquei detalhadamente em um artigo próprio), e também um dos meus jogos mais aguardados deste ano. Eu fico feliz em dizer que a demo a nós oferecida é um bom aperitivo do que virá no fim de outubro…
Mas será que esse aperitivo deixa um gosto amargo na boca, ou será que ele consegue nos deixar ansiando por mais? Fiquem ligados nesta curta análise da demo.
— E coloca curta nisso, tem o equivalente a cerca de 2 horas de jogo.
Os “Sete Heróis”
A história do jogo começa de forma clara. Há muito tempo, na terra fictícia de Varennes, existia a lenda de um grupo formado por sete heróis lendários: Kzinssie, Subier, Dantarg, Bokhohn, Rocbouquet, Noel e seu líder, Wagnas. Este grupo, que uma vez derrotou um terrível mal e misteriosamente sumiu, estava predestinado a retornar; porém tanto seus feitos quanto a promessa de seu retorno aos poucos se tornaram lendas.
Até que, muitos anos depois, essa promessa se torna uma maldição, e os sete heróis retornam de fato, mas como uma forma corrompida do que eles já foram. Se tornando monstros que causam caos, destruição e a contaminação das terras com a sua maldade, o jogador controlará o regente do grande império de Avalon, localizado ao norte de Varennes, em uma jornada que dura gerações, para impedir o grupo de heróis.
Diferenças e semelhanças
Eu tive o prazer de, em 2.022, receber de um amigo a versão remasterizada e localizada em inglês do jogo original, então muitos dos aspectos da demo que tivemos nessas horas inicias do jogo me chamaram muito a atenção, por serem tão iguais ao jogo de ’93, mas ao mesmo tempo diferentes.
Narrativamente falando, a história se passa em um futuro distante, no tempo do último imperador, em uma taverna onde uma criança pergunta a um menestrel sobre a história do império que viviam. Ele então começa a cantar sobre os feitos do primeiro imperador jogável, Leon. E aí a gameplay inicia de fato.
A demo inclusive se inicia com um pequeno “spoiler”, já mostrando e dando namedrop do último imperador / imperatriz que você pode escolher. Mas não focarei tanto nele / nela, pois é um conteúdo bem para o finzinho do jogo.
Tudo o que acontece na demo acontece no jogo original, porém diálogos e cenas adicionais dão mais contexto às cenas que antes eram deixadas para a imaginação, como por exemplo: Leon ordenando que a caverna, onde passamos o início do jogo, fosse selada para impedir monstros de saírem por ali. Por conta disso, Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven é maior que o jogo original. Tanto em conteúdo, como também em sua narrativa mais extensa, o que dá mais chance de alguns personagens brilharem.
Hora do combate!
Agora que detalhei um pouco da história e de algumas diferenças significativas da mesma no remake, vamos para um dos meus aspectos (se não O aspecto) favorito da demo: a implementação das batalhas de timeline por turnos.
O combate de Revenge of the Seven acontece de uma forma semelhante a jogos como Octopath Traveler e/ou Final Fantasy X, onde uma linha horizontal no topo da tela mostra a ordem de ataque. Essa linha pode ser alterada com alguns ataques e boost de stats. Além da timeline temos o sistema de ataques em união, vindos de Emerald Beyond, mas aqui você precisa utilizar da fraqueza de inimigos para usar dessas vantagens.
Os combates são rápidos e estratégicos. Você provavelmente vai querer tomar cuidado com os personagens que tem, já que os LP (Life Points) deles são limitados e esgotam cada vez que ele cai em combate, até que chega ao zero, onde ele pode morrer permanentemente. Como joguei no normal, e o jogo é bem generoso com LP, ao menos no início, não perdi ninguém, mas é um jogo que fica difícil quanto mais você faz progresso.
Pontos negativos
Meus pontos negativos quanto ao jogo em si são poucos, mas acredito que ele tenha alguns problemas sim, como o fato de não poder salvar em qualquer lugar, como no jogo original (sendo justo, isso podia causar softlock dependendo das áreas onde você salvasse), ou em telas de loading, que podem levar até 10 segundos para passar, mas isto pode ser facilmente corrigido próximo do lançamento.
Entretanto, um dos maiores pontos negativos ao meu ver é a própria demo em si, pois ao limitar o jogo a apenas o prólogo, ele restringe muitos jogadores de ver o potencial que Romancing SaGa 2 tem e acaba nem mostrando o verdadeiro alcance de suas mecânicas centrais, como a herança de habilidades ou os aspectos de desenvolvimento de Avalon.
Acredito que o conteúdo presente da demo é bom e que vai clicar com a maioria das pessoas, porém não consigo parar de pensar que tem alguns que gostariam mais deste jogo se soubesse que nele existiam coisas como essas. E vamos lá Square, vocês já fizeram demos que tinham cerca de 10h cheias de conteúdo, certeza que um pouquinho mais não iria machucar SaGa!
Minha opinião
No final, não importa o que eu diga de negativo sobre a demo, ela apenas realçou os meus sentimentos de que esse jogo vai ser muito bom. A Xeen fez um ótimo trabalho em várias áreas do jogo, tanto no departamento visual quanto fazer a gameplay ser tão fluida como é no produto final.
Como o progresso carrega para o jogo final, aconselho a todos jogarem para ver se o jogo clica com vocês; é um dos JRPGs que mais estou aguardando, e a demo aumentou muito minha vontade de ter o jogo. Mal posso esperar para ver mais de Varennes quando o jogo sair oficialmente, no dia 24 de outubro.