
Desenvolvedora: Koei Tecmo
Publicadora: Koei Tecmo
Gênero: Estratégia | Simulação
Data de lançamento: DATA
Preço: R$ 372,00
Formato: Digital
Plataformas: Nintendo Switch 2, PlayStation 5
Desenvolvedora:
Publicadora:
lançamento:
Preço:
Formato:
Gênero:
Plataformas:
Koei Tecmo
Koei Tecmo
05 de Junho, 2025
R$ 372,00
Digital
Estratégia | Simulação
Nintendo Switch 2, PlayStation 5
Análise feita no Nintendo Switch 2 com cópia fornecida gentilmente pela Koei Tecmo.
Revisão: Davi Dumont Farace
Em meio à tímida leva de jogos do line-up inicial do Nintendo Switch 2, Nobunaga’s Ambition: Awakening Complete Edition se destaca como a produção mais recente da clássica franquia de estratégia e simulação da Koei Tecmo. A série, que também marcou presença no NES, ali no final dos anos 1980, torna a mostrar seu valor em um console da Nintendo.
Goste ou não do gênero tático, Nobunaga’s Ambition: Awakening é um ótimo exemplo da capacidade inventiva do novo híbrido da Big N, já que coloca à prova todas as funções de mouse do Switch 2, talvez a principal novidade em termos de recursos quando comparado ao Nintendo Switch original.
Leia também:
De antemão, posso dizer que este é o jogo que melhor aproveita a funcionalidade de mouse dos atualizados Joy-Cons, o que aproxima a versão de Switch 2 da de PC. Isso porque o periférico é ideal para esse estilo cadenciado de jogabilidade, focado em gerenciamento e que, sobretudo, exige muitos cliques na tela.
Uma aula de Japão feudal
Em Nobunaga’s Ambition: Awakening Complete Edition somos convidados a reviver passagens históricas do período Sengoku, um dos mais conturbados do Japão, marcado por guerras civis e instabilidade política. Cada missão, portanto, remonta a um acontecimento da época, da descentralização do poder ao domínio e à queda de Oda Nobunaga.

A campanha de Awakening é estruturada em episódios e oferece uma verdadeira aula sobre as batalhas por território e poder no Japão. Seja por meio de breves (e belas) cutscenes, seja através de diálogos entre figuras históricas jogáveis, o game cumpre com excelência o papel de contextualizar o jogador ao retratar eventos reais, ainda que de maneira romantizada.
Embora seja fiel ao principal momento de transformação social da Terra do Sol Nascente, Awakening ainda traz missões extras, isto é, campanhas alternativas, com cenários e batalhas que nunca aconteceram, os famosos “e se”, que dão frescor às histórias que já conhecemos. E se, por exemplo, Nobunaga Oda não tivesse morrido no Incidente de Honno-ji?

Quem manda aqui é você
No que diz respeito ao gameplay, ainda que o jogo se enquadre no gênero de estratégia, ele é muito mais um simulador do que um RTS em si. Em outras palavras, a premissa é coordenar e tomar decisões para evoluir seus territórios e capacitar seus exércitos nas guerras feudais que eventualmente surgem e movimentam as coisas.
Você, na posição de um Daimyo, ou seja, de um senhor feudal, deve dar ordens e escolher a dedo seus comandantes para assumir posições estratégicas, não apenas em castelos, mas também em regiões-chave. No fim, tudo se resume a encontrar a melhor tática para ampliar seus territórios, sua população e, principalmente, sua potência militar.
A expansão de seus recursos e da sua infraestrutura depende diretamente de como você administra suas propriedades, desenvolvendo, por exemplo, fortalezas ou construindo mercados e outros estabelecimentos que geram renda e matéria-prima. As ferramentas de gestão ficam mais complexas à medida que seus generais evoluem, exigindo, por consequência, mais tempo e dedicação de quem está no comando. Suas decisões, sejam diplomáticas ou de combate, também moldam o mundo ao seu redor.

O problema é que, apesar de a jogabilidade ter uma cadência bem particular, muitas das mecânicas não são bem explicadas. Sim, existem tutoriais e indicadores na tela que mostram o que fazer e quando agir, mas essas instruções não deixam clara a importância de cada elemento. No modo portátil, com os Joy-Cons encaixados no console, a situação pode se complicar ainda mais, já que a interface se torna menos intuitiva.
O próprio site oficial de Nobunaga’s Ambition: Awakening consegue elucidar melhor seus sistemas de gerenciamento do que os tutoriais disponíveis dentro do jogo. Vai entender, né? É importante ter em mente que existe, sim, uma curva de aprendizado íngreme para quem deseja conhecer a franquia de perto. Se você é o tipo de jogador que sente certa preguiça de aprender e estudar os mecanismos de um game, é melhor se conformar: Awakening não é sua praia.
Opções bem-vindas de gameplay
Conforme mencionei anteriormente, transformar o Joy-Con em um mouse é a maneira ideal de jogar Nobunaga’s Ambition, já que torna a ação de acessar um ícone mais fácil e intuitiva. Mesmo que os elementos de interface deixem a desejar pela forma como estão distribuídos na tela, poder acessar todas as funções assim, ao alcance de um simples clique, acaba sendo um divisor de águas na experiência.

Jogar com os Joy-Cons acoplados, entretanto, pode ser frustrante devido à quantidade de abas com as quais se pode interagir. Alcançá-las sem esforço requer uma combinação de botões que pode se mostrar mais complexa que o normal no calor das ações, isto é, enquanto o tempo está correndo, e a sua região está ganhando vida.
Outra boa opção para jogar no modo portátil é recorrer aos comandos na tela de toque, o que nos aproxima da interação de um dispositivo móvel. Apesar de não ser o meio mais conveniente de experienciar essa longa jornada, não deixa de ser uma alternativa bem-vinda a quem almeja diversificar a jogatina no Nintendo Switch 2.
Jogando “em casa”
Nobunaga’s Ambition: Awakening Complete Edition está “em casa” no Nintendo Switch 2. Com conteúdo de sobra para acumular três dígitos no contador do videogame, o título é destinado a quem deseja gerenciar territórios e acompanhar a progressão da experiência de forma automática, a partir das próprias escolhas, exigindo uma estratégia minuciosa no simples ato de alocar recursos. Há, no entanto, uma complexidade que talvez assuste certos jogadores, realçada pelas explicações rasas dos tutoriais.
Prós:
- Campanha densa e com contexto histórico;
- Requer estratégia até em pequenas ações;
- É gratificante acompanhar o desenvolvimento dos territórios;
- Conteúdo praticamente infinito;
- Usar o Joy-Con como mouse é um divisor de águas da experiência.
Contras:
- Sem textos em português;
- Tutoriais que não acompanham a complexidade do jogo;
- Pouco intuitivo ao ser jogado com o Pro Controller ou com os Joy-Cons acoplados.
Nota
8
- Review | Baki Hanma: Blood Arena - 09/09/2025
- Review | NOBUNAGA’S AMBITION: Awakening Complete Edition - 29/06/2025
- Review | Yakuza 0 Director’s Cut - 16/06/2025