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Conheça Ivalice: O mundo de Final Fantasy Tactics

Kat Oliveira 27/09/2025

Revisão: Davi Sousa

O fato de que a série Final Fantasy é uma grande antologia de histórias de fantasia já é bem conhecido não só na bolha dos RPGs japoneses, mas na bolha de games como um todo. A série sempre foi muito boa em usar e abusar do seu aspecto antológico para criar as mais diversas histórias em mundos e ambientações diferentes a cada novo lançamento.

No entanto, alguns mundos acabam chamando a atenção e estendendo a sua estadia em outros lançamentos em sequências como Final Fantasy X-2 e Final Fantasy XIII-2; spin-offs como Crisis Core: Final Fantasy VII e Final Fantasy IV The After Years; as diversas iterações crossmedia de Final Fantasy XV; e até mesmo remakes, como a ainda a ser concluída nova trilogia de Final Fantasy VII.

É no meio de tantos mundos e temáticas diferentes que se encontra Ivalice, que fora introduzido em 1997 com Final Fantasy Tactics, lançado originalmente como um exclusivo de PlayStation, mas que deu início a uma subsérie que já rendeu lançamentos para diversas plataformas, como Game Boy Advance, Nintendo DS, PSP, PlayStation 2, Switch, etc.

Ivalice, como cenário de histórias da franquia, se difere por mergulhar fundo em tramas políticas, com críticas sociais e batidas narrativas análogas a situações e conflitos do mundo real e como isso impacta nas vidas das pessoas comuns. Cada título é bem diferente entre si; ainda assim, a existência de uma consistência temática e visual entre todos eles é perceptível. Esses jogos costumam conversar muito bem entre si muito devido à constante presença de Yasumi Matsuno na produção dos jogos, mesmo que ele não tenha sido o diretor de todos.

Os primeiros anos de Yasumi Matsuno

Nascido em 1965, Yasumi Matsuno cresceu em uma zona rural do Japão, onde sentia que seus passatempos não tinham muita variedade além de filmes, livros, programas de TV e videogames. No entanto, o seu hobby principal nos seus anos formativos foi a criação de dioramas que ilustravam cenários históricos de batalhas como as da Segunda Guerra Mundial — o que talvez explique a tendência do criador em explorar jogos com combate tático. Matsuno aponta séries como The Legend of Zelda e Dragon Quest no Famicom, e Ultima no Amiga e PC, como formadoras para ele como jogador.

Inicialmente, Matsuno tinha planos de se tornar jornalista, mas não demorou muito para perceber que esse trabalho não ia saciar o seu ímpeto criativo. Desta forma, ele decidiu iniciar a sua carreira como desenvolvedor de jogos. Logo em 1993, lhe foi garantida a posição de diretor para o jogo Ogre Battle: March of the Black Queen, que seria lançado em 1993, e Tactics Ogre: Let Us Cling Together, que foi lançado em 1995.

Desde a sua entrada na Squaresoft, Matsuno foi agraciado por uma liberdade criativa grande, considerando que o mesmo fora contratado ainda muito jovem, e logo um dos seus primeiros trabalhos fora na série que na época era o carro-chefe da empresa. Grande parte do motivo pelo qual lhe foi dada essa liberdade criativa pode ser atribuído aos seus jogos de estreia como diretor no mercado, que acabaram chamando a atenção de Hironobu Sakaguchi, o criador da série Final Fantasy, que também era o vice-presidente da Squaresoft na época.

Enquanto estava na Quest, Matsuno descreve a sua experiência na empresa como uma “boa ditadura”, isto é, o diretor praticamente ditava todos os aspectos do jogo e o restante da equipe agia de acordo. Já na Squaresoft, Matsuno observava uma hierarquia competitiva entre os diferentes setores e equipes criativas: funcionários do alto escalão conseguiam muito mais oportunidades e recebiam um tratamento diferente de equipes criativas menores e funcionários novos. Essa dinâmica inspirou a desigualdade social que permeia todo o reino em Ivalice.

Mesmo levando em conta que nem todos os jogos comandados por Matsuno dentro da Squaresoft foram um grande sucesso comercial, a liberdade criativa que foi o concedida ao longo de sua estadia na empresa não foi infrutífera, considerando que jogos como Vagrant Story e Final Fantasy XII o fizeram ser um dos poucos designers de jogos a ter dois títulos com pontuação perfeita pela Famitsu.

Após os problemas de desenvolvimento em Final Fantasy XII, Matsuno deixa a Square; logo, não participou de grande parte da produção do jogo. No entanto, o mesmo já havia deixado o cenário escrito que foi utilizado no jogo final. Consequentemente, títulos lançados após a sua saída da empresa, como Final Fantasy XII: Revenant Wings e Final Fantasy Tactics A2: Grimoire of the Rift, não possuem seu envolvimento.

A criação de Ivalice com Final Fantasy Tactics (1997)

Final Fantasy Tactics foi o primeiro jogo a ter Ivalice como cenário para as suas histórias. Tendo sido escrito e dirigido por Yasumi Matsuno, produzido por Hironobu Sakaguchi e com design de combate por Hiroyuki Ito, o jogo foi muito bem recebido, tendo sido aclamado por fãs e críticos da época.

No que diz respeito ao desenvolvimento de Final Fantasy Tactics, o próprio Sakaguchi já tinha uma visão de como seria um futuro e hipotético jogo da série com combate tático por ser um fã de RPGs do gênero; afinal de contas, o gênero já vinha ganhando notoriedade há algum tempo com séries como Fire Emblem e Shining Force. Isso levou o vice-presidente até mesmo a registrar o trademark do nome Final Fantasy Tactics anos antes do jogo entrar em desenvolvimento.

Porém, por estar ocupado com o desenvolvimento dos títulos mainline da franquia — que na época tinham uma frequencia de lançamento quase anual —, Sakaguchi atribuiu o comando da produção de Final Fantasy Tactics ao jovem Yasumi Matsuno, que ficaria responsável por dirigir e escrever a história do jogo, enquanto o combate ficaria nas mãos de Hiroyuki Ito, veterano da série que ajudaria a trazer um pouco da “essência Final Fatasy” para o combate do jogo.

A partir do momento em que descobriu sobre a existência de um hipotético Final Fantasy com combate tático, Matsuno logo se empolgou, tanto como na possibilidade de desenvolvê-lo quanto na possibilidade de jogá-lo. O diretor descreve a sua reação como algo do tipo ’’Deixe-me fazê-lo’’ no que parecia ser a oportunidade perfeita para ele, considerando sua experiência prévia em jogos semelhantes. Desta forma, Matsuno foi designado à Square’s Product Development Division 4 como diretor do jogo.

Da esquerda para a direita: Hirunobu Sakaguchi, Yasumi Matsuno e Hiroyuki Ito em entrevista para a Famitsu em 1997

Uma característica que ajudou bastante Final Fantasy Tactics a se diferenciar dos demais títulos da época é que o jogo traria combate de humanos contra humanos ao invés de humanos contra monstros. Assim, como outras séries de fantasia mais modernas, como As Crônicas de Gelo e Fogo, escrita por George R. R. Martin; Final Fantasy Tactics e os demais jogos escritos por Matsuno possuem um tom muito mais sóbrio do que era o habitual da série Final Fantasy.

O cenário político de Ivalice em Final Fantasy Tactics lembra bastante períodos históricos reais nos períodos da Idade Média e Renascimento, como a Guerra das Rosas, um conflito entre duas casas pela sucessão do trono que perdurou por anos na Inglaterra. Além de ser fortemente inspirado por cenários reais, Matsuno também tirou bastante inspiração da sua experiência trabalhando tanto na na Squaresoft, traçando uma analogia entre a hierarquia de posições dentro da empresa e a desiqualdade social presente no reino.

Algo comum nas obras escritas por Matsuno, é como o mesmo costuma abordar o ponto de vista da população aos confrontos políticos. A própria party de Final Fantasy XII é um reflexo disso, muito se discute se Vaan era para ser o protagonista da história ou se foi uma exigência da Square a adição de um protagonista jovem, fato que já foi desmentido pelo próprio Matsuno no Twitter/X — toda essa discussão é devida ao fato de que o personagem parece ter pouca ligação com a parte da trama grandiosa e politica do jogo, mas a intenção era mostrar justamente o lado do cidadão mais comum.

A escrita de Matsuno também costuma ser muito galgada em conflitos reais, diferenciando-se de uma narrativa do tipo ‘’bem contra o mal’’ ou ‘’humanos contra monstros’’. Por conta dessa abordagem — mais comum nos primeiros jogos da série —, muitas das ideias deixadas por Sakaguchi acabaram sendo desconsideradas, fazendo com que a marca de Matsuno acabasse tendo uma voz maior no tom do jogo como um todo.

Uma vez eu dei uma olhada no quadro branco que o Matsuno às vezes tinha perto da sua mesa, e vi um enorme gráfico que detalhava todas as relações entre os personagens. Ele é realmente obsessivo quando se trata do trabalho dele! Lembro de ter visto uma das conexões entre os personagens, e dizia “eles têm dificuldade de se entender”. Pensei comigo mesmo, cara, isso vai ser um jogo profundo.’

— Hirunobu Sakaguchi sobre o processo de escrita de Yasumi Matsuno em entrevista para a Famitsu traduzida pela schmuplations

Em entrevistas na época, os três chegam a citar como um exemplo disso o fato de que houveram tentativas de criar uma trilha sonora que conversasse melhor com que se acreditava que deveria ser a trilha sonora da época. Isto é, músicas mais animadas e heroicas, mas que simplesmente não conversavam a história pouco maniqueísta, com personagens humanos e mais complexos do que algo mais preto no branco. Desta forma, era apenas natural que as músicas seguissem um rumo similar.

A abordagem para o combate de Final Fantasy Tactics também foi de suma importância para ajudá-lo a diferenciar-se um pouco não só de Tactics Ogre mas também da grande maioria dos outros jogos do gênero. Diferentemente de Tactics Ogre, por exemplo, FFT opera com cenários e quantidade de unidades menores. No geral, o combate busca passar essa sensação de um soldado heroico atravessando um campo de batalha e sobrevivendo, muito mais do que um controle de um batalhão em um grid grande de tabuleiro de xadrez, por exemplo.

Hiroyuki Ito é conhecido por ter criado o clássico sistema de ATB da série Final Fantasy, que encoraja a execução de ações rápidas, dando uma sensação de urgência e dinamismo ao combate. Ito também já chegou a mencionar não apreciar muito os sistemas de RPGs táticos devido a grande quantidade de tempo que se passa construindo cada um dos vários personagem individualmente de maneira lenta e cadenciada. Essa preferencia por uma jogabilidade mais “direta ao ponto”, por assim dizer, ajudou FFT a ser da forma com que foi lançado.

Não só a escrita de Matsuno é uma marca registrada nos jogos de Ivalice, como também toda a arte que permeia os jogos é instantaneamente reconhecível. Isso se dá ao fato de que Final Fantasy Tactics teve como um dos artistas principais, o prolifico Akihiko Yoshida, que até os dias atuais tem sua arte como parte integral nos mais diversos jogos dentro e fora da Square Enix.

Yoshida já havia trabalhado previamente com Yasumi Matsuno na Quest Corporation em Ogre Battle e Tactics Ogre, fornecendo ilustrações mais sóbrias, com personagens desenhados em proporções mais realistas em uma paleta de cores terrosas. Já em Final Fantasy Tactics, os personagens são desenhados de forma extremamente cartunesca e estilizada em estilo chibi; o que torna a distancia entre os modelos in game e o retrato dos personagens bem sútil. Isso também traz um ar um pouco mais lúdico para a história e ainda uma certa leveza para a história.

Não somente em Final Fantasy Tactics, mas Akihiko Yoshida se tornaria uma figura extremamente presente na produção dos jogos situados em Ivalice. Obviamente, Yoshida não seria o único artista a trabalhar nos jogos dessa série, mas a variedade de estilos com que o artista consegue trabalhar também fora extremamente explorada em lançamentos posteriores, considerando que praticamente todos os jogos de Ivalice adotaram um estilo artístico radicalmente diferente um do outro por mais que mantenham semelhanças e consistências visuais.

Lançamentos (1997 – 2008)

Existem várias formas de se adentrar no mundo de Ivalice. Embora, não haja um ponto de entrada correto, eu normalmente começaria pela ordem de lançamento mesmo. Porém, no caso de Ivalice, acredito ser mais seguro ler um pouco a respeito de cada um dos jogos e decidir qual chama mais atenção, considerando que cada uma das iterações se passam em períodos na linha temporal bem distantes um do outro, além de possuírem jogabilidades e tons e temáticas narrativas radicalmente diferentes.

O mundo de Ivalice é compartilhado entre os seguintes 5 jogos, em ordem de lançamento:

  • Final Fantasy Tactics (1997);
  • Vagrant Story (2000);
  • Final Fantasy Tactics Advance (2003);
  • Final Fantasy XII (2006);
  • Final Fantasy XII: Revenant Wings (2007);
  • Final Fantasy Tactics A2: Grimoire of the Rift (2008).

Isso sem contar os relançamentos remasterizados como Final Fantasy XII: The Zodiac Age (2017) e Final Fantasy Tactics: The War of the Lions (2007). O mundo de Ivalice também conta com aparições e referências não canônicas, como no aclamado MMORPG Final Fantasy XIV — mais especificamente como parte de uma raid especial escrita pelo próprio Yasumi Matsuno, presente na expansão Stormblood, lançada em 2017.

Final Fantasy XII e Final Fantasy XII: Revenant Wings

Apesar de ter sido o quarto jogo da série, Final Fantasy XII é o primeiro da cronologia, passando-se no que pode ser chamado de “A primeira era moderna”. Ao contrário da Ivalice retratada em Final Fantasy Tactics, que é ambientada em um cenário de fantasia medieval, em FFXII, esse mundo se encontra em uma sociedade que possui um alto nível tecnológico mas que também possui uma desigualdade social muito grande.

Essa diferença entre o mundo do XII e do Tactics, se dá pelo fato de que em algum momento na história de Ivalice um grande cataclisma ocorreu que fez com que a grande civilização altamente avançada e tecnológica do XII regredisse a um estado medieval retratado em Tactics, o próprio jogo chega a mencionar tecnologia antiga datada de eras anteriores. Além de praticamente ter acabado com a tecnologia no mundo, o cataclisma também acabou extinguindo todas as espécies não humanas da face da terra, o que também explica a maior pluralidade de monstros e raças coexistindo na Ivalice de Final Fantasy XII.

A história de Final Fantasy XII é situada em um grande conflito entre os impérios de Archadia e Rozarria que a muito travam uma guerra brutal. É nesse contexto que a princesa Ashe de Dalmasca e o príncipe Rasler de Nabradia se juntam através de um casamento arranjado para unir as suas respectivas nações. No entanto, Dalmasca é atacada por Archadia e anexada ao seu reino, após a assinatura de um tratado de rendição, este ataque resultou na morte do príncipe Rasler e no suicídio da princesa Ashe.

Dois anos após o incidente somos apresentados a Vaan e Penelo que através dos seus olhos inocentes, presenciamos os mais diversos acontecimentos que acabam culminando na participação dos dois em um movimento de resistência contra a tirania do Império de Archadia.

Fantasy XII: Revenant Wings se passa um ano após o desfecho de Final Fantasy XII, e conta as aventuras de Vaan e Penelo como piratas do céu a bordo de sua própria nave no lendário continente flutuante de Lemurés.

Final Fantasy Tactics

A história de Final Fantasy Tactics se passa anos após o cataclisma que mudou todo o cenário de Ivalice retratado em Final Fantasy XII, em uma ambientação que remete diretamente a idade média.

Ivalice está a se recuperar da Guerra dos 50 Anos contra o reino de Ordalia, depois da morte do rei, princesa Ovelia e principe Orinas são os próximos candidatos ao trono. Ovelia tem o apoio do príncipe Goltana dos Leões Pretos enquanto Orinas tem o apoio da rainha Ruvelia dos Leões Brancos. Os dois grupos engajam em batalhas no que ficou conhecida como a Guerra dos Leões.

Esse período de Ivalice também é marcado por um forte atrito entre camponeses e nobres, o que leva a criação de um grupo chamado Brigada dos Cadáveres, criada originalmente por um grupo de soldados que tiveram seus pagamentos recusados durante a Guerra dos 50 Anos.

Final Fantasy Tactics é narrado por um estudioso chamado Alazlam J. Durai, também chamado de Arazlam Durai dependendo da tradução. Durai é um estudioso que encontra documentos que mudam significativamente o que até então se sabia a respeito da Guerra dos Leões, introduzindo nos relatos históricos de Ivalice a figura de Ramza Beoulve.

O jogo acompanha Ramza, um nobre de uma linhagem de cavaleiros chamada Beoulve, ao lado de Delita, seu amigo de infância, que é apenas um jovem camponês comum e como os seus feitos alteraram significativamente o rumo da Guerra dos Leões.

Vagrant Story

A história acompanha Ashley Riot, também conhecido como Riskbreaker, um agente enviado para a cidade de Leá Monde com o intuito de investigar a possível ligação de um líder cultista a membros do parlamento de Valendia, reino em que o jogo se passa. Logo no início do jogo, Ashley é acusado de assassinar uma das figuras que investigava. A partir disso, o jogo começa a narrar os ocorridos de uma semana antes do assassinato.

Vagrant Story é um caso muito particular dentro da série, pois ao contrário dos demais títulos não carrega o nome Final Fantasy apesar de compartilhar o mundo com os demais jogos. Inicialmente, o jogo não teria sido feito com o intuito de ser uma espécie de continuação do Final Fantasy Tactics, e suas menções a elementos de seu predecessor não passariam apenas de fanservice. Porém, com o tempo, o título foi sendo cada fez mais aceito dentro da cronologia de jogos da série.

Cronologicamente falando, o jogo se passa após o desfecho da Guerra dos Leões mas as suas conceções com Tactics e os demais jogos como um todo são bem sutis, se resumindo basicamente a menções de locais que ambos os jogos tem em comum e uma referência aqui e ali a personagens do Tactics e que de forma alguma são necessários para a compreensão da história. Posteriormente, alguns elementos do jogo seriam referenciados em títulos que seriam lançados depois como Final Fantasy Advance A2: Grimoire of the Rift, que conta com a presença dos grimórios mágicos, parte importante da trama de Vagrant Story.

Final Fantasy Tactics Advance e Final Fantasy Tactics A2: Grimoire of the Rift

Final Fantasy Tactics acompanha a história de quatro crianças: Marche, Mewt, Ritz e Doned em uma cidade chamada St. Ivalice. Após descobrir um livro mágico, as crianças são transportadas para a Ivalice que conhecemos dos jogos anteriores, mais especificamente num período semelhante ao de Final Fantasy XII, onde a presença de diversas raças ainda é comum. A partir disso, a narrativa segue explorando os esforços de Marche em retornar para casa mesmo considerando que a sua vida na nova Ivalice é melhor do que em St. Ivalice.

Em Final Fantasy Tactics Advance não fica claro se a St. Ivalice do começo do jogo retrata uma realidade muito no futuro da Ivalice que conhecemos ou se é um mundo completamente paralelo. No entanto, em Final Fantasy Tactics A2, o jogo deixa mais explicito que o que ocorre é de fato uma viagem no tempo para o passado. Final Fantasy Tactics A2: Grimoire of the Rift é uma sequência de Tactics Advance. Ambos os jogos começam em St. Ivalice e abordam tramas de viagem no tempo para a Ivalice do passado. Os dois jogos também são bem semelhantes em tom e jogabilidade.

Grimoire of the Rift por sua vez, conta a história de Luso, um jovem que ao encontrar um livro com páginas em branco, escreve o próprio nome como uma espécie de pegadinha e que por conta disso é transportado para a Ivalice do passado. Ao chegar nesse mundo novo, Luso se encontra com Cid, líder do clã Gully que promete ajudar Luso a retornar para casa.

Diferentemente de Final Fantasy XII, Tactics e Vagrant Story, a subsérie Advance possui um tom bem mais leve, pesando menos em tramas políticas com vários personagens, optando por uma abordagem mais leve e de certa forma direta ao ponto. É possível notar pela arte do jogo como toda a direção optou por cores mais saturadas e chamativas para trazer esse clima mais de conto de fadas para os dois jogos.

Considerações finais

Independentemente de onde decida começar a explorar o mundo de Ivalice, é praticamente garantido uma experiência praticamente única com os jogos. O que torna esse universo especial, é a pluralidade de temas que foram abordados, dentre eles a dicotomia entre o escapismo e a realidade, tramas políticas, opressão e desigualdade social floreadas por ótimas escritas e estilos de gameplay que de fato fazem o jogador pensar.

A forma como o mundo de Ivalice pôde ser livremente moldado para encaixar nas diversas temáticas que os escritores decidiram abordar é o que torna esse mundo especial. Resta torcer para que o mesmo seja cada vez mais reconhecido por públicos mais modernos e receba novos lançamentos no futuro.

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Fã de consoles portáteis, livros e fones de ouvidos. Dentre os seus principais interesses estão artes em geral, jogos japoneses e todo tipo de RPG. Seu coração mora em Faerûn e Ivalice.
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