Desenvolvedora: Nightdive Studios
Publicadora: Atari
Gênero: Ação | Tiro em Primeira Pessoa
Data de lançamento: 18 de dezembro, 2025
Preço: R$ 210,00
Formato: Digital/Físico
Plataformas: Nintendo Switch 2, Nintendo Switch
Desenvolvedora:
Publicadora:
Lançamento:
Preço:
Formato:
Gênero:
Plataformas:
Nightdive Studios
Atari
18 de dezembro, 2025
R$ 210,00
Digital/Físico
Ação | Tiro em Primeira Pessoa
Nintendo Switch 2, Nintendo Switch
Análise feita no Nintendo Switch 2 com cópia fornecida gentilmente pela Nightdive Studios.
Revisão: Manuela Feitosa
Para finalizar 2025 com um último bang, a Nightdive trouxe para o Switch 1 e Switch 2 o remake de System Shock. Pode ter demorado, mas os donos das plataformas Nintendo finalmente podem aproveitar a nova versão do clássico título cyberpunk.
Tá em shock?

System Shock é um clássico dos jogos de PC dos anos 90. Sendo uma mistura de jogo de tiro em primeira pessoa com elementos de Survival Horror e temática Cyberpunk, o título original se tornou um clássico de sua geração, sendo um dos primeiros jogos em primeira pessoa a criar ambientes 3D, recebendo uma sequência e inspirando diversos outros lançamentos nos anos subsequentes.
A narrativa do jogo ocorre em 2072. Os jogadores assumem o controle de um Hacker que ao tentar invadir os servidores da Estação Citadel, comandada pela TriOptimum Corporation, é capturado pelas forças de segurança da corporação. Trazido para o local, o Hacker recebe uma proposta de Edward Diego, um executivo da organização: Remover as restrições éticas da inteligência artificial SHODAN, que comanda a Estação, em troca de receber um implante raro.

Após realizar a ação, o Hacker é colocado em coma por seis meses para se recuperar do seu novo implante. Acordando na estação, o protagonista logo descobre que SHODAN assumiu o controle do local e matou a maior parte de seus tripulantes, enquanto transformou o restante em mutantes ou ciborgues mortais. Sendo contactado por Rebecca Lansing, uma consultora antiterrorismo contratada pela TriOptimum, o Hacker recebe uma nova proposta: Eliminar SHODAN e recuperar o controle da estação em troca de ter sua ficha limpa.
Explorando a estação, o Hacker pode encontrar arquivos de áudio dos tripulantes que revelam mais detalhes sobre as ações de SHODAN. Trazendo um ar de terror ao jogo, esses arquivos ajudam a criar uma tensão e imersão extra na estação abandonada.
Um hacker que sabe brigar

System Shock é um jogo em primeira pessoa com o jogador usando armas de curta e longa distância para derrotar seus inimigos. Existe uma variedade de armas para se encontrar e usar, como canos, pistolas, espingardas e mais. Apesar disso, System Shock é muito mais um survival horror do que um jogo de tiro tradicional. Temos um inventário bem limitado, itens de cura e munição são escassos e o Hacker morre rapidamente se não tomarmos cuidado.
Além das partes normais, em certos momentos podemos também hackear a estação especial. Sendo representado por um mundo virtual, nesse ambiente podemos navegar livremente em 360º, mas precisamos evitar ameaças cibernéticas que nos atacam.
Esses desafios são uma das partes mais chatas em minha opinião, não apenas por seus controles, como também pela falta de um sinal de reação em relação a danos tomados. Temos uma barra de vida durante esses momentos. Ao esvaziá-la, somos obrigados a recomeçar o processo de hackeamento desde o início, além de perder um pouco da nossa vida principal. O problema é que não há efeitos sonoros ou visuais que nos indiquem quando somos acertados por inimigos, que podem aparecer até mesmo quando não estamos olhando. Caso você não fique de olho na sua barra de vida, que aparece no canto da tela, você morrerá muito rápido e será forçado a refazer esses momentos várias vezes.

System Shock também é um jogo bastante aberto. Não existem waypoints ou outras indicações visuais que o guiem pelos mapas. A única limitação envolve portas fechadas e outros obstáculos que podem ser superados com a aquisição de itens de apoio. Essa não linearidade junto com a ambientação ajuda a deixar a experiência ainda mais apreensiva para o jogador.
Por fim, é válido mencionar que a versão de Switch 2 do remake usa algumas funções únicas da plataforma, incluindo o controle de mouse com o Joy-Con 2. Apesar de ter preferido jogar com controles normais, usar o Joy-Con 2 como mouse funciona muito bem e acho que até teria me ajudado em certos momentos em que fiquei frustrado pela falta de reação rápida a certos perigos que surgiram em meu caminho. Pessoalmente, eu achei estranho usar o Joy-Con 2 dessa forma, mas não tenho do que reclamar dessa opção e acho que ela será uma ótima adição para qualquer jogo de tiro em primeira pessoa que for lançado na plataforma.
O futuro futurista

O remake de System Shock foi desenvolvido pela Nightdive utilizando a Unreal Engine. Isso resultou em gráficos, efeitos de iluminação e sonoros muito bons. Não é um jogo extremamente belo, mas ele ainda é bonito, mesmo com um pequeno downgrade nas texturas, e consegue transmitir bem a apreensão e um senso de perigo com sua escolha de paleta de cores fria e ambientes metálicos pouco iluminados.
Acho que algo que ajuda bastante nessa sensação é o trabalho de dublagem, em especial SHODAN. O trabalho da dubladora, Terri Brosius, junto com a mixagem de som feita pela equipe, resulta em uma ameaça cibernética distorcida que mostra bem o quão enlouquecida a criatura se tornou e o perigo que ela representa, não apenas para nós, mas para toda a Terra.

Em termos de desempenho, System Shock roda até que bem no Nintendo Switch 2. Eu digo até que bem, porque em raros casos temos problemas de quedas de frame. Isso acontece especialmente nos momentos em que entramos no ciberespaço, onde, em alguns níveis, a quantidade de inimigos que aparecem é tão alta que o jogo chega a parecer uma apresentação de slides, com o quanto os frames caem.
Confesso que pouco joguei no modo portátil, especialmente em comparação ao meu tempo com o Switch 2 no dock, mas posso dizer que o título funciona bem até mesmo quando temos a plataforma em mãos. A resolução cai um pouco, mas os tempos de loading e frames continuam tão bons quanto se estivesse jogando no dock. Vale também mencionar que System Shock possui tradução para o português do Brasil.
Shockou

System Shock termina o ano do Switch 2 com uma bela combinação de jogo de tiro em primeira pessoa, survival horror e temática cyberpunk. A Nightdive fez um belo trabalho em portar o remake para a nova plataforma da Nintendo e utilizar suas funções exclusivas para oferecer uma experiência que será até mesmo nova para quem já experimentou a versão moderna do clássico dos anos 90.
Prós:
- Uma divertida experiência que mistura jogos de tiro em primeira pessoa, survival horror e temática cyberpunk;
- Utiliza muito bem as funções exclusivas do Switch 2;
- Bom desempenho na plataforma na maior parte do tempo;
- Tem tradução PT-BR.
Contras:
- Não linearidade pode atrapalhar em certos momentos;
- Falta de indicadores visuais nos momentos de exploração do ciberespaço;
- Queda de frames em alguns momentos.
Nota
7
