Desenvolvedora: Upstream Arcade
Publicadora: Raw Fury
Gênero: Shooter, Ação
Data de lançamento: 26 de agosto de 2020
Preço: US $ 19,99
Formato: Digital
Desenvolvido pela Upstream Arcade e publicado pela Raw Fury, West of Dead é um twin-stick shooter com elementos de roguelike e visuais em pixel shader em um mundo dark fantasy mesclado com temática de velho oeste. O jogo teve seu lançamento inicial no Xbox One na Steam, mas teve sua estreia no Nintendo Switch na última semana. Quando li a respeito do jogo antes, vi que recebeu duras críticas por causa de bugs em sua versão original – o que felizmente não foi meu caso jogando a versão do híbrido, já que provavelmente eles deram uma revisada antes de lançar o jogo em outras plataformas.
West of Dead te põe no corpo de William Mason (cujo sua dublagem é feita por Ron Perlman (Hellboy)), um felecido cowboy que é colocado em um submundo chamado “Purgatory” que é basicamente uma versão sombria do Velho Oeste de 1888 formado a partir das memórias, crenças e culturas de outros falecidos que passaram por lá. Desbrave dungeons e esbarre com inimigos em sessões de tiroteio cujo é necessário precisão e estratégia para sair vivo dessa. Espere por um grau de dificuldade elevado e seja punido por achar que só entrar na frente do inimigo já basta para resolver as coisas.
Um roguelike isométrico com elementos tático e furtivo
Eu gosto de como West of Dead mistura vários elementos úteis à gameplay e te limita ao ponto de te obrigar a ter precaução antes de entrar numa sala repleta de inimigos. Toda vez que entrar numa sala com estes inimigos ela estará escura quase por completa. Você não é identificado enquanto estiver na parte escura (bem como o inimigo não é avistado por se ele também estiver nesta área), mas ao acender o interruptor, você será o centro das atenções, embora acender a luz te dê também a vantagem de atordoar o inimigo por segundos e aproveitar para ter a iniciativa no combate. Você pode segurar até dois rifles e outros objetos como uma grana, por exemplo. Cada arma possui uma particularidade onde uma pode dar mais tiros porém menos dano, enquanto outra causa mais dano mas o tempo de cooldown é maior. Estas mesmas armas podem ter upgrades através de santuários que você encontra pelo caminho.
Certifique-se que se irá entrar de frente com o inimigo você terá a certeza de mata-lo, pois nesta parte é necessário ter precisão de mira. Sim, o inimigo pode desviar do seu tiro e te presentear com dois tiros seguidos podendo tirar 1/4 da sua vida ou mais. Se o inimigo está prestes a atirar contra você, é possível desviar dos dois disparos dando o Dash no momento certo, porém há a opção de se enconder atrás de objetos onde a bala não passa. Claro que estou considerando apenas inimigos armados aqui, mas há outros tipos de inimigos que podem ser mais chatos de lidar e não necessariamente usam armas de fogo.
Acredito que os dois parágrafos acima resumem bem ao estilo de combate do jogo. Resumidamente, sair atirando sem pensar em uma sala cheia de inimigos nunca é uma opção. Se fizer isso você perderá sua vida e voltará desde o início de tudo que percorreu. Estes elemnetos mais táticos me chamaram a atenção e particularmente adorei, tirando o fato de que a mira nem sempre funciona por mais preciso que você possa ser. O jogo também utiliza de elementos de roguelike, onde mesmo que você morra e retorne do início nada será igual a antes. Ele abusa também do fato de que se morrer você volta tudo. Junte isso tudo a um jogo que não pega leve com você e só sobra estresse.
Visuais e outros detalhes
O estilo visual pra mim foi o que me chamou mais atenção. Apesar de não ser nada demais, pra mim foi um ponto alto devido estar acostumada a associar jogos desse gênero a estilo mais pixelizados. Mesmo levando em consideração o escopo do jogo, deu pra ver o quão caprichado ficou e boa utilização do pixel shader.No entanto, não posso dizer o mesmo sobre a direção de som, músicas de fundo que se repetem por todo o jogo dar ainda mais o ar de algo repetitivo se consideramos o tanto de vezes que morremos e voltamos do início. Mas não é algo que eu coloque como um defeito, já que ele compensa de várias outras formas.
Conclusão
West of Dead é um ótimo shooter que combina elementos interessantes e o aplica de maneira satisfatória. Junte isso a uma boa direção de arte e um level design bem elaborado para os combates e temos um excelente roguelike de ação furtivo com shooter. No entanto, creio que a dificuldade elevada e o fato de ser repetitivo possa não ser um atrativo para muitos e só recomendaria se estivesse acostumado com jogos como Blasphemous ou é um viciado em jogos da série Souls – embora este nem chegue aos pés deste estilo da From Software. Particularmente, jogos que trazem a dificuldade como seu charme não são pra mim, mas consegui aproveite-lo de outras formas e me senti desafiada enquanto jogava.
No mais, se quiser jogar West of Dead, ele cumpre bem com sua proposta e gênero. Mas frisando que, se não gosta de jogos difíceis, é melhor procurar por outras alternativas. Mas se mesmo assim gostou do que citei, creio que os US $ 19,99 serão bem gastos.
* Jogo avaliado no Switch com o código concedido gentilmente pela Raw Fury *
Avaliação: 7 / 10
1 – Melhor vomitar do que jogar isso.
2 – Só se você quiser muito mesmo testar o jogo.
3 – Vai fazer outra coisa.
4 – Dá pra jogar no banheiro ou esperando o dentista.
5 – Só jogue se você for MUITO fã mesmo…
6 – Jogo legal pra se divertir e se distrair.
7 – Jogo divertido, mas não é nenhuma obra de arte.
8 – Jogo bom, vale bem seu tempo e dinheiro!
9 – Jogo excelente que vai deixar uma marca em você!
10 – Jogo obrigatório!