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Review | Disgaea 6: Defiance of Destiny

Cause milhões em danos e reencarne quantas vezes for necessário para derrotar o Deus da Destruição em Disgaea 6: Defiance of Destiny.
Marcos Vinícius 25/06/2021

Desenvolvedora: Nippon Ichi Software
Publicadora: NIS America
Data de lançamento: 29 de Junho, 2021
Preço: R$ 305,95
Formato: Digital / Físico

Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela NIS America.

O gênero de SRPG (Strategy Role-Playing) é um subgênero dentro do gênero de RPG onde podemos facilmente ligá-lo a franquias populares como Fire Emblem, Final Fantasy Tactics, ou Tactics Ogre. Apesar de ser uma ramificação ainda mais nichada que o RPG na sua forma mais pura, a indústria de games ainda é constantemente aquecida com jogos deste estilo, dando exemplos mais recentes como God Wars, Project X Zone, e Utawarerumono. Contudo, se você é um fã assíduo de RPG de estratégia provavelmente deve ter esbarrando alguma vez com a franquia Disgaea.

A série Disgaea não chegou a alcançar o mainstream, mas ficou conhecida dentro de seu nicho, além de ser o core business da Nippon Ichi Software. Esta é mais uma franquia clássica de SRPG que por tempos se manteve presa ao PlayStation, impossibilitando que chegasse a um número maior de jogadores. Hoje, Disgaea está bem mais acessível graças à mudanças de negócios da NIS, mostrando que há público em consoles não-PlayStation sedento por títulos do gênero. Isto aconteceu após a chegada de Disgaea 5 Complete no Switch em 2017, e, desde então, a empresa vem expandindo seu público, levando suas IPs à recente plataforma da Nintendo.

Atualmente, o console híbrido da Nintendo tem acesso a alguns títulos da série, sendo eles: Disgaea 1 Complete, Disgaea 4 Complete +, Disgaea 5 Complete, e o inédito Disgaea 6: Defiance of Destiny — este último chegando com exclusividade (temporária) no ocidente para o Nintendo Switch, e claro, sendo o título que daremos foco nesta análise.

Um zumbi em busca de poder

Em Disgaea 6 temos como o protagonista da vez Zed, um zumbi arrogante que está em uma busca incessante por poder para derrotar o Deus da Destruição, e assim salvar sua irmã mais nova, Bieko. Para isso, Zed usufrui de uma magia proibida poderosíssima chamada “Super Reincarnation” (Super Reencarnação), que faz com que ele transcenda a morte e entre em um ciclo de reencarnação toda vez que é morto, retornando ainda mais forte do que estava da última vez.

Na verdade, Zed já concluiu seu objetivo há algum tempo, e na trama ele conta para Ivar, o “auto-proclamado mais poderoso e importante Overlord do universo”, como um mero zumbi reuniu força o suficiente para bater de frente com um Deus.

Apesar de já sabermos de início que Zed já derrotou o Deus da Destruição, ele e seu parceiro Cerberus contam como o Super Reincarnation foi essencial para alcançar a força suprema, e como sua jornada de loops de fracassos os levaram a conhecer camaradas que o ajudariam no caminho para a vitória. Por isso, a campanha de Disgaea 6 — pelo menos no primeiro ato — se desenrola através de flashbacks divididos em arcos revelando aos poucos as motivações do protagonista e plot twists relacionados à sua irmã.

Este é mais conto cômico e trágico que a série Disgaea consegue oferecer. Repleto de bom humor e referências, mas levando as partes importantes com seriedade mesmo que às vezes hajam momentos que quebram o clima. O Super Reincarnation por sua vez também é abordado de forma constante durante a história: existe toda uma regra pré-estabelecida de como a magia funciona e os riscos do uso, além de como Zed e cia tentam se beneficiar da magia para arrumar umas pontas soltas em suas respectivas backstories. No fim, a ideia do Super Reincarnation é aplicada de forma intrínseca na narrativa, e sempre temos Cerberus — que no caso é o criador da Super Reincarnation — para nos ajudar a entender como as coisas funcionam.

Na parte do elenco de personagens, a cada capítulo Zed é mandado para um outro mundo dentro do universo de Disgaea, em decorrência aos efeitos do Super Reincarnation. Ele irá conhecer (e recrutar) figuras excêntricas que virão a evoluir junto ao protagonista. Neste caso, somos introduzidos aos seguintes personagens: Misedor, o rei mais rico do universo; Melodia, uma princesa que adora cantar e esta em busca de seu final feliz; a líder dos Prism Rangers, Piyori, a heroína que atua em um mundo que literalmente é um programa de Televisão; e por fim Majolene, a idosa diretora de uma academia de magia que acaba por se transformar em uma garota mágica por conta de uma varinha mágica e não consegue reverter o processo.

Super Reincarnation!

O Super Reincarnation por sua vez, não apenas é o artifício principal que faz a trama de Disgaea 6 andar, como também é uma mecânica primária de gameplay que incentiva o jogador a repetir o processo de reencarnação tantas vezes quanto possível para atingir números absurdos em seus stats chegando a nove dígitos (ou mais!). No entanto, o uso dele faz com que o ato de “subir de nível” seja desvalorizado e banal, fazendo que um personagem recém reencarnado com o nível 1 consiga facilmente bater em inimigos com nível superiores a 5,000, sem exageros. Você quem decide até onde deseja chegar, mas precisará investir horas de grinding no Item World se quiser ver seu personagem causando insanos 999,999,999 de dano durante a batalha.

Para que possa se beneficiar da mecânica, o jogo cobra por pontos de mana toda vez que usar o Super Reincarnation. Há cinco níveis de reencarnação que requerem uma quantidade X de mana, incentivando o jogador a coletar o máximo possível para sempre ter o melhor tipo de reencarnação. Após isso, há um sistema de Karma que, ao usar o Super Reincarnation, você pode alocar pontos em uma categoria de stats, já que sempre que voltar ao nível 1 seus stats nunca serão os mesmos de antes.

A ideia do Super Reincarnation é você reencarnar tantas vezes possíveis para duplicar ou triplicar o dano que causará ao inimigo, focando majoritariamente em seus stats e fortalecimento de suas skills. Como quase tudo que irá fazer neste processo requer mana, é possível ajustar o ganho da mesma no Cheat Shop, e perder algum tempo no Item World fortalecendo suas armas ou equipamentos ao mesmo tempo que sobe de nível de forma esdrúxula enquanto acumula mana. A este ponto, eu diria que a parte negativa é você estar preso ao grinding, mas a NIS foi amigável o suficiente em agilizar este processo colocando o Auto-Battle no jogo. Isto certamente facilita o lado do jogador, embora você ainda tenha a liberdade de ser um louco subindo os andares do Item World de forma manual.

Partindo para os sistemas, em resumo, não há mudanças substanciais em Disgaea 6 em comparação aos demais título da franquia. Tudo que já tínhamos visto antes está aqui também. Se já é familiarizado com a série, não há com o que se preocupar, mas se teve a ideia estúpida de começá-la pelo seu mais recente título, ou não há o mínimo de familiaridade com um SRPG, haverá sim estranhezas, não na parte de como o jogo funciona, mas sim se inventar de regredir para seus antecessores sequencialmente, pois claramente há uma evolução na QoL (Qualidade de Vida) dos jogos conforme são lançados. Porém, o mais crucial aqui é a facilidade de subir de níveis, isso sim é algo inédito que causará um efeito negativo se sequer jogou algum outro Disgaea.

Agora, se você totalmente desconhece a grandeza do gênero SRPG e quer evitar de jogar em modo macaco este ou os demais, tentarei dar uma explicação breve de como funciona os principais sistemas de Disgaea dentro dos elementos de um RPG de estratégia. Para começar, Disgaea em essência é tudo que pode se esperar de Fire Emblem em termos de mecânicas. Estamos falando de Disgaea, uma franquia de SRPG diferente de tudo que já se viu no mercado.

Só nessa série você pode empilhar unidades para alcançar locais mais distantes, altos e difícil acesso, ou até mesmo realizar um combo maluco. Além disso, você deve se preocupar com a presença das Geo Stones, uma mecânica nativa da série que colocam hazards (intempéries) diversos no campo, sejam eles para benefícios da party e/ou inimigos, ou atrapalhar ambos os lados. A graça esta em como seu level design tenta te desafiar, embora muitos sejam bem bobinhos.

Disgaea também possui um sistema próprio de balanceamento dentro da HUD do jogo, no qual você pode customizar sua experiência in-game: você pode acessar a Cheat Shop para nivelar ou tornar mais difíceis seus inimigos, controlar a porcentagem ganha de mana, dinheiro, experiência e afins; o Item World é um espaço dedicado para grinding enquanto fortalece itens; a Dark Assembly traz diversas opções de aprimoramento e facilidades no jogo; o Juice Bar permite distribuir pontos para os personagens que não entraram em batalha; no Skill Shop você pode aprender ou aprimorar as habilidades especiais de seus personagens em troca de mana.

A evolução de Disgaea

Para mim o tópico mais triste de abordar nesta análise, isto porque Disgaea 6 representa um avanço gráfico importante para a série, mas ao mesmo tempo falha gravemente na execução, mostrando como a NIS tentou dar um salto além do que conseguiria.

Indo direto ao ponto, a série está enfim deixando seu estilo em sprites 2D de lado para adotar o visuais tridimensionais, principalmente na modelagem de personagens. Isso de fato foi uma mudança positiva para a franquia, e particularmente os modelos ficaram muito bons, principalmente nas cenas de combate e quando controlamos Zed (ou algum membro da party) ao exploramos o Fourth-Dimensional Netherworld — sua base secreta — do jogo, com uma movimentação fluida. Porém, os elogios terminam aqui, já que em cutscenes, por exemplo, os modelos não demonstram corretamente suas expressões para determinada situação, tão pouco as poses, que em sua maioria são limitadas e sem sentido ao que tentam passar na cena.

As coisas pioram quando falamos de performance. Disgaea 6 oferece no menu de configurações um modo “Graphic Quality“, como o nome sugere você pode priorizar o gráfico ou performance durante a gameplay. Ao optar por gráfico, o jogo terá uma resolução aumentada, mas te dará uma sensação de movimentação dura dos personagens. Já priorizando a performance, você terá uma jogabilidade mais fluida, mas em troca tudo a sua volta estará embaçado. O melhor a se fazer neste caso é escolher a opção “Balanced”, onde tudo estará mais agradável, porém não sendo o melhor dos dois mundos.

A série Disgaea teve um intervalo de seis anos antes de ganhar um título que, em tese, seria o mais ambicioso, por arriscar sair de sua zona de conforto e entregar algo minimamente aceitável para a sua fanbase. O que ocorreu aqui mostra que a equipe da NIS ainda está longe de conseguir trabalhar com alguma tecnologia de ponta e entregar algo satisfatório, talvez aprendam e refinem isso com um possível Disgaea 7 no futuro, mas ficou aquele leve gosto amargo na boca, então espero esperançosamente por algum(ns) patch de melhorias no pós-lançamento ocidental.

Disgaea 6 é incrível, mas falta polimento geral

Disgaea 6: Defiance of Destiny é uma aventura épica sobre determinação e superação, com todo aquele humor idiota e duvidoso que só Disgaea tem a oferecer. Ele capta com maestria a essência da série, ao mesmo tempo que tenta inovar dentro da própria franquia. A mecânica de Super Reincarnation pode não reinventar a roda, mas é muito bem executado dentro no contexto narrativo e na gameplay. Foi divertido acompanhar Zed e o elenco carismático de personagens a sua volta, todos memoráveis e únicos.

No entanto, Disgaea 6 falha quando falamos em termos técnicos e decepciona quando tenta colocar uma solução para seu próprio problema. Ele definitivamente precisa ser polido e revisado para o bem dos próximos jogos da franquia. Contudo, Disgaea 6: Defiance of Destiny ainda é um excelente SRPG que carrega todo um legado e é um dos melhores do gênero que você verá em 2021 ou em toda a biblioteca do Nintendo Switch. Se já é um grande fã da série, ainda vale cair de cabeça neste.

Prós:

  • Ótimo desenvolvimento narrativo e de personagens, trazendo uma história com bastante humor pastelão;
  • O Super Reincarnation funciona muito bem;
  • Adição do Auto-Battle facilita demais no grinding;
  • Bons modelos 3D.

Contras:

  • Modo Graphic Quality não funciona como deveria;
  • Modelos inconsistentes durante as cutscenes.

Nota final:

8

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Tags: Disgaea 6: Defiance of Destiny NIS America

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