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Review | Kowloon High-School Chronicle

Após 17 anos preso no Japão, Kowloon High-School Chronicle, com diversos personagens carismáticos, um combate diferenciado e caçadas à tesouros, finalmente recebe sua merecida chance no ocidente.
Pablo Camargo 09/06/2021

Desenvolvedora: TOYBOX, Inc.
Publicadora: Arc System Works / PQube
Data de lançamento: 04 de fevereiro, 2021 (NA) / 21 de maio, 2021 (PAL)
Preço: US $ 29,99
Formato: Digital/Físico (Europa)

Análise feita no Nintendo Switch com cópia disponibilizada gentilmente pela PQube.


Até hoje, diversos jogos estão presos em uma quantidade limitada de países e línguas, tirando a chance de serem reconhecidos mundialmente e, de certa forma, matando o potencial de muitos deles. Este era o caso de Kowloon Youma Gakuenki, publicado pela Atlus exclusivamente no Japão para o Playstation 2 em 2004, o cult classic que este ano finalmente recebeu uma nova chance merecida no Nintendo Switch, sendo remasterizado e também localizado para o Ocidente como Kowloon High-School Chronicle.

Kowloon High-School Chronicle é um JRPG que mescla os gêneros de Visual Novel e Dungeon Crawler em 1º pessoa numa trama que se passa numa escola de ensino médio no Japão. Só com a premissa, já podemos sentir a vibe de outros jogos da Atlus nele. Interpretamos um caçador de recompensas que se infiltra como um aluno na escola Kamiyoshi em Tokyo, um colégio que segue estritamente as regras impostas de seu conselho estudantil agressivo, com o objetivo de descobrir os segredos de atividades paranormais dentro da escola, que parecem ter origem do cemitério, uma fonte de um poder misterioso que amaldiçoa os alunos e de acesso proibido pelo conselho estudantil, tudo isso enquanto fazemos amizades e frequentamos aulas para manter nosso disfarce.

Vida de Estudante


O jogo é dividido em 2 partes principais, uma durante o dia, e outra a noite. Passamos o período do dia na escola, onde o jogo segue a fórmula Visual Novel, passamos por muitos diálogos lineares presenciando situações do cotidiano na vida de um estudante de ensino médio, fazendo amigos, frequentando (ou não) classes, e tendo pausa para o almoço onde podemos, através da planta da escola, explorar salas para pegar itens, comprar mantimentos como materiais e lanches, e ter diálogos descontraídos com nossos colegas, reagindo a certos acontecimentos ou presenteando-os com algo que querem. Tudo isso acompanhado de um excelente estilo artístico pros personagens de Sin Saito, que também ajudou na criação de personagens de Shin Megami Tensei Devil Survivor, cenários de fundo bons e uma música bem relaxante e agradável.

Os personagens costumam apresentar um estereótipo, mas não em um mau sentido, pois isso faz com que todos sejam memoráveis ao decorrer da campanha por algum atributo específico, como ser o sonolento que mata aula, a nerd da turma, ou o entusiasta por pedras da escola. Existe uma gama enorme de personagens e quase todos tem algo para ser amado e lembrado pelo jogador, com falas bem detalhadas que representam bem suas personalidades.

Porém, o meio de interação com outros é um problema, ocasionalmente somos apresentados a uma situação em que temos que reagir de alguma maneira, onde temos as tradicionais escolhas de diálogos e ações, mas, além disso, temos também a escolha de respostas através de uma bússola de emoções, que é o meio mais usado ao decorrer do jogo e vai indicar nosso sentimento ao responder alguém, um método que nem sempre é claro o que nossa resposta vai significar, e diversas vezes deixamos companheiros chateados por não saber ao certo o que a gente iria dizer com a nossa escolha.

No período de aula pós-almoço costumamos ver a história deixando um pouco de lado o tema leve de escola e começando a preparar terreno para o mistério do capítulo. O conselho estudantil possui uma seleção de alunos com certas peculiaridades, chamados de “aplicadores de regras”, que, ao pegarem algum aluno descumprindo alguma regra imposta pelo conselho, os punem severamente com suas habilidades desconhecidas, gerando diversos mistérios que costumam ser confundidos com atividades paranormais pelo resto da escola, o que trás diversas histórias e contos interessantes sobre mistérios da vida real, o jogo debate bastante sobre a ideia de existirem seres como alienígenas, civilizações antigas e várias outras teorias de conspiração que vão deixar todos os fascinados por História interessados. E resta a nós parar esses carrascos na segunda parte do jogo, o período noturno.

Ao acabar o período letivo, vamos para o nosso quarto, onde temos uma vasta gama de opções de ações para realizar, que vai desde comprar itens, aceitar missões de caça ao tesouro e até mesmo jogar outro jogo. Mas vou entrar em detalhes sobre elas depois. O foco principal na parte noturna é primeiro explorar a parte exterior da escola da mesma maneira que fazemos durante a pausa pro almoço, com mais conversas e itens para pegar em locais diferentes, e então seguir para o cemitério, o local misterioso e proibido que o conselho estudantil tanto guarda dos alunos.

Explorando o cemitério


Dentro do cemitério é que vemos a parte Dungeon Crawler do jogo se revelar, por debaixo das sepulturas existe uma gigante tumba, bem similar ao interior de uma pirâmide do Egito. E nele temos que explorar as ruínas numa visão em primeira pessoa, pegando tesouros escondidos pelo caminho e derrotando monstros que protegem a masmorra.

A exploração conta com um gameplay que dá para notar que é um pouco datado: temos que nos movimentar em blocos, só fazendo movimentos lineares, e a interação com objetos costuma ser bem lenta, como com portas que para serem abertas precisam de dois toques de botão, falando assim parece até besteira para reclamar, mas ao longo do jogo podem causar incômodos, já que o backtracking é uma parte importante da jornada, para achar tesouros em partes que não conseguíamos acessar antes.

Temos uma pequena mas efetiva quantidade de ações para nos ajudar à vasculhar o lugar, uma câmera para enxergar no escuro, interação com objetos para resolver quebra cabeças e um pulo para passar por fendas ou alcançar locais afastados para conseguir alguma recompensa boa.

A exploração sem dúvidas é uma das partes mais divertidas de Kowloon High-School Chronicle, os puzzles são bem estruturados e com charadas bem criativas, e, sempre que encontramos algum tesouro, é uma sensação muito boa de recompensa por ter resolvido o quebra-cabeça, ou ter se atentado à parede e visto uma rachadura que pode ser explodida com uma granada. Porém, tem uma coisa que atrapalha, e seu nome é “H.A.N.T.”, um dispositivo eletrônico com diversos usos interessantes, como receber mensagens, acessar um bestiário e ver anotações encontradas de outros exploradores, mas ela também faz o papel da Navi de Ocarina of Time, e está sempre comunicando a gente sobre coisas óbvias com uma voz eletrônica irritante que pode ser mudada entre japonesa e inglesa.

Também é muito importante se atentar a leitura durante a exploração, a falta de atenção pode fazer com que não saiba como progredir por não perceber que necessita de um item específico para continuar. Mas não é só de exploração que vive o caçador de tesouros, mas também se defendendo dos monstros que habitam o local no sistema de batalha.

Combate criativo


O sistema de batalha de Kowloon High-School Chronicle é certamente interessante, adotando o estilo de um RPG de estratégia. Temos um mapa em tabuleiro e pontos de ação que são gastos com qualquer movimento, seja atacando, andando ou consumindo um item, e não temos uma quantidade enorme desses pontos, nos forçando a planejar bem nossos movimentos e posicionamentos pelo mapa para não acabar numa situação em que somos massacrados pelos inimigos. Temos 3 principais maneiras de atacar os monstros, armas de fogo, focadas em ataques à distância, armas de mão como facas e lanças que costumam focar em ataques próximos, e granadas que causam grandes explosões para acertar vários inimigos de uma vez.

Com exceção das armas de mão, não podemos gastar nossas armas de fogo e granadas à toa, temos que ter um bom racionamento de nossa munição para não termos de voltar à superfície apenas para comprar mais e voltar do começo da masmorra para continuar a exploração. Por conta disso, sua lâmina costuma ser uma grande parceira para derrotar os monstros da masmorra, que, por sinal, possuem designs extremamente bem feitos de Yasunaga Nanshi.

Cada inimigo também possuí diferentes fraquezas, como uma arma que dá mais dano, ou um ponto em seu corpo em que são mais vulneráveis. O combate também pode ser bem punitivo, então, temos que tomar cuidado para não sermos atacados, pois diversos dos oponentes infligem condições de status ruins que são extremamente prejudiciais ao nosso desempenho, podendo nos impedir de atacar por alguns turnos, ou cortando nossa quantidade de ações pela metade.

Após passar por algumas salas com quebra-cabeças e lutas, chegamos numa sala final com o chefão da vez, que podem causar boas dores de cabeça ao jogador, pois sempre são acompanhados de mais de uma fase e podem ter ataques de alcance gigante com efeitos de status ruins, então é preciso muita atenção e paciência nas lutas.

Montando o personagem

É importante citar que seu personagem possui duas árvores de habilidades diferentes que evoluem paralelamente ao aumentarmos de nível e ganharmos pontos para distribuirmos entre elas. Uma que aumenta seus atributos de combate, como vida, movimentos por turno, e ataque das armas. E também uma lista com notas de matérias escolares que vão afetar sua performance em todas outras partes do jogo, como o combate, a exploração e a compra de itens. As matérias em que você decidir usar seus pontos tem que ser muito bem pensadas, já que elas te ajudam diretamente na exploração, como possibilitando abrir baús mais difíceis e traduzir mais textos, a falta de pontos em algumas pode acabar te impedindo de pegar certos tesouros valiosos, ou até te impedir de progredir em partes da tumba, necessitando grindar um pouco. E algumas disciplinas até expandem o catálogo da loja, possibilitando conseguir itens que vão ajudar muito ao decorrer da trama.

Fazer amigos é difícil


Ao nos aproximarmos de certos personagens o suficiente, eles podem acabar nos dando um cartão de amizade, e com isso podemos leva-los para o cemitério, onde nos ajudam com pontos extras de status e matérias, e fornecendo alguns ataques adicionais para o combate. Entretanto a maneira de fazer amizade com a maioria dos personagens é extremamente difícil por possuírem “datas de vencimento”. Com a exceção de alguns personagens obrigatórios, a maioria deles é opcional, e, se você não construir uma boa relação com eles até certo momento do jogo, perderá a chance pelo resto da campanha.

Isso é um problema bem grande, pois o jogo não explica muito bem essa limitação e que existem certos diálogos que são obrigatórios para conseguir a amizade deles. Se você errar na reação, pode prejudicar de uma forma irreversível a colaboração, o que somado com a mecânica dos sentimentos que também não é muito clara sobre o que dizemos, atrapalha muito a construção de relações, gerando diversas frustrações por não conseguir aquele personagem que queríamos tanto. Isso sem contar aqueles que precisam da entrega de itens raros para serem nossos amigos que só descobrimos quando é tarde demais.

Cuidado para não estragar tudo


Eu havia citado previamente que há mais uma coisa para fazermos no jogo quando a noite chega: acessar o site da guilda, provavelmente o pilar mais importante na sua jornada durante o jogo.

Como um caçador de tesouros, também atendemos clientes que nos contratam para achar itens valiosos pela masmorra, podemos carregar até 6 pedidos conosco, e recebendo recompensas em dinheiro ao enviarmos o item requisitado. A cada pedido cumprido, o nível de fidelidade do cliente aumenta, e, ao atingir certos pontos de satisfação, eles até chegam a mandar cartas e itens como agradecimentos. Itens que podem fazer toda a diferença ao longo da jornada.

Porém, temos que tomar cuidado: não é recomendado sair aceitando toda oferta que aparece na frente. Por recebermos quantidade limitada de pedidos, pode acontecer de não conseguirmos entregar algum, ou todos, rapidamente e ficarmos com a tarefa presa no inventário por um bom tempo. Até podemos dispensar a oferta para pedir outra, mas isso trás uma severa perda de confiança na pontuação do cliente, o que é uma baita de uma punição. Se não organizarmos bem as tarefas que aceitamos, além de sofrer com perda de confiança, vamos perder a chance de ganhar mais dinheiro, já que a guilda é nossa principal fonte de renda.

E essas perdas podem gerar uma grande bola de neve que te prejudica em todas as partes do jogo, pois sem dinheiro vamos sofrer dificuldades para comprar mais munição, dificultando nossas batalhas na masmorra. Sem o aumento da fidelidade dos clientes perdemos a chance de conseguir itens valiosos para o aumento de felicidade de diversos personagens, nos impossibilitando de conseguir mais alguns aliados, o que pode trazer dificuldades na exploração já que companheiros extras ajudam com as matérias em que são especializados para conseguir adquiri mais tesouros, gerando ainda mais dificuldade para cumprir seu trabalho para a guilda.

Episódico como um anime


Um fato curioso sobre o jogo é como ele te passa a sensação de estar vendo um anime episódico. A história é dividida em capítulos que sempre possuem a mesma estrutura: começa com um mistério, passa pelo dia comum dos alunos, o almoço, a parte da tarde (aumentando o mistério), e a noite com as tumbas para enfrentar o estudante malvado da vez. O jogo até possuí uma abertura e encerramento animados com créditos como a de uma série para cada episódio.

Porém essa consistência acaba tornando o jogo extremamente previsível e cansativo, principalmente em seu meio, em que já sabemos de cara quem vai ser o vilão da vez e o que vai acontecer depois de derrota-los, e fica nesse ritmo até chegarmos à segunda metade da trama, quando o jogo começa a apresentar diversas reviravoltas que não parecem fazer muito sentido, apenas uma maneira de chocar o jogador porque sim.

Não é para qualquer um


A primeira metade de Kowloon High-School Chronicle pode ser passada com certa tranquilidade, a exploração é suave, os combates são tranquilos e os chefes podem dar um trabalho, mas nada impossível. Mas, ao chegarmos à segunda metade, notamos a curva de dificuldade acentuar de uma forma bem pesada, principalmente nas lutas contra chefes. A administração de recursos se torna muito mais essencial, todos os passos precisam ser bem calculados, inimigos podem ter ataques que atingem até metade do mapa, gerando lutas totalmente baseada em “bater e correr”, e tornando os combates muito arrastados. E para piorar começamos a ter sessões de chefes finais não só com duas, mas três fases, tornando as derrotas ainda mais frustrantes. É um acúmulo de dificuldade que certamente pode afastar diversos jogadores, ainda mais se não estiverem habituados com o gênero.

Rockford Adventure


Mas para nos distrairmos das dificuldades do jogo, no nosso quarto temos uma aba com um disquete, que apresenta um jogo secundário dentro dele. Rockford Adventure é uma campanha extra dentro de Kowloon High School Chronicle focada em trazer uma história fora da trama principal e estilizada em gráficos e músicas retro.

Acompanhamos aqui a história do caçador de tesouros Rockford, que vai para uma escavação no Egito investigar ações suspeitas de uma companhia. E nele jogamos como um clássico jogo RPG Dungeon Crawler, explorando a escavação em primeira pessoa, achando tesouros e fazendo combates tradicionais por turnos.

Mesmo que seja só uma distração da campanha principal, ela é extremamente divertida e bem feita que pode tirar horas do jogador que se interessar. Uma adição muito bem vinda.

Conclusão


Kowloon High-School Chronicle é um jogo muito divertido, e cheio de ideias boas, que mereceu ter sua chance no ocidente, possuí personagens memoráveis, aborda diversos assuntos interessantes sobre a mitologia japonesa e mistérios do mundo real, e possuí um sistema de combate bem interessante de se aprender. Porém diversas de suas mecânicas são extremamente datadas ou muito punitivas, ocasionando diversos momentos de frustração ao longo de uma campanha que se torna extremamente difícil de finalizar nos últimos passos.

Prós:

  • Combate criativo
  • Bons personagens
  • Design de personagens e monstros ótimo
  • Jogo extra divertido
  • Trilha sonora boa

Contras:

  • Não é muito atrativo para pessoas com menos experiência com o gênero
  • Bússola de sentimentos incerta
  • Combates contra chefes podem ser muito arrastados
  • História bem previsível

Nota Final

7,5

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Pablo Camargo
Pablo Camargo
Redator em Nintendo Boy
Estudante, Técnico em Química, e apaixonado por conteúdo de mídia, especialmente jogos da Nintendo e JRPGs, seguidor da religião Xenoblade. Escrevo reviews e faço vídeos analisando jogos e seus principais méritos.
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Tags: Kowloon Highschool Chronicle Kowloon Youma Gakuen Ki: Origin of Adventure

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