Review | Greak: Memories of Azur

Desenvolvedora: Navegante Entertainment
Distribuidora: Team 17
Data de lançamento: 17 de agosto, 2021
Preço: R$59,99
Formato: Digital/Físico

Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela Team17.

Junte-se aos irmãos Greak, Adara e Raydel em uma jornada cativante de resiliência pelas encantadoras terras de Azur neste jogo de aventura e plataforma 2D desenhado à mão e com trilha sonora orquestrada. Quer saber o que achamos de Greak: Memories of Azur? Então fique com nossa análise!

Greak: Memories of Azur se passa na terra de Azur, habitada por um povo mágico chamado Courine, que vivem tendo conflitos com uma facção chamada Urlagsb — onde eles começaram a invadir os territórios dos Courines, que por sua vez pretendem sair de lá com um veículo que está sendo construído pela aldeia. Porém o Greak, nosso protagonista, precisa encontrar seus irmãos Adara e Raydel para finalmente migrar com seu povo; o lado bom é que esta aventura não é apenas uma missão comum de resgate, já que Adara e Raydel servem como personagens jogáveis para gameplay, podendo ser controlados individualmente ou em conjunto, trazendo um diferencial para o gameplay o tornando mais rico e variado.

Vamos a ação!

A movimentação e controle de câmera do jogo podem parecer estranhos de início, além do impacto dos ataques que Greak não parecem condizer com o jogo. O personagem ainda pode dar saltos duplos, se agarrar nas paredes, dar um dash unicamente no chão, além de desbloquear novas técnicas para avançar no game, que envolvem missões que detalharei mais sobre em outro tópico. De forma geral, o combate funciona bem, embora não é nada de surpreendente mesmo se contarmos com a forma em como jogamos com Adara e Raydel.

Em relação aos personagens jogáveis, não senti muita diferença nos atributos gerais dos mesmos, claro que há ações que diferem um dos outros, mas mesmo assim eu só senti diferenças substanciais ocorrendo apenas em situações bem específicas, como a movimentação e resistência debaixo d’água. Se me pedisse para destacar alguém, este seria Raydel, o mais diferente dos personagens para mim, por ele ser o melhor em combate na minha opinião, considerando que o impacto de combate do Greak é deverás estranho e Adara pode ser mais útil quando falamos de sua acessibilidade, já que ela pode flutuar no ar para alcançar lugares inacessíveis. No combate, Greak usa uma pequena espada, enquanto Adara e Raydel usam magia e uma espada de cavaleiro, respectivamente. O trio está muito bem equilibrados neste aspecto, contudo sinto que Raydel poderia ser bem aproveitado.

No geral, Greak: Memories of Azur faz muito bem em incentivar o uso dos três para concluí-lo e realizar determinadas ações obrigatórias como resolução de quebra-cabeças. Contudo, há outros coisas no jogo que deveriam ser melhor trabalhadas, como seu grau de dificuldade e o fato dele ser relativamente curto em sua campanha, trazendo consequências como pouco conteúdo.

Eu já mencionei que havia puzzles, não? Pois é, Greak: Memories of Azur possui um foco na resolução de quebra-cabeças, que por sua vez são necessários para progredir. Também temos missões, são bem padrões como pegar determinado item ou matar certa quantidade de inimigos por ai, não tem nenhum segredo. Ah, e sobre os quebra-cabeças, eles são básicos até demais, explorando da mecânica cooperativa de modo rasa e que poderia se sobressair mais como um aspecto positivo do jogo. Além disso, o jogo oferce mecânicas específicas como cozinhar numa fogueira com caldeirão espalhados pelo mapa — sinceramente são coisas bem descartáveis…

O mundo mágico de Azur

Alguns dos aspectos anteriores à gameplay de Greak: Memories of Azur me lembram bastante algumas individualidades de Ori and the Blind Forest e Ori and the Will of the Wisps, como por exemplo em sua parte visual. Sua direção artística é impecável se considerarmos Ori como inspiração, o mundo do jogo é repleto de variedade visual, cada lugar é unicamente belo, com paleta de cores condizentes à sua temática e detalhes de cenário muito caprichados, sem contar o design de personagens, que embora simples, esbanja carisma e identidade própria com um belo toque de personalidade. O trabalho artístico também se expande a algumas cutscenes, mesmo que curtas, ainda garante pontos positivos nesta categoria.

Falando da trilha sonora, de forma direta e resumida é focada bem mais na atmosfera. Seu uso apesar de atingir em certo ponto uma imersão decente ao jogador, meio acaba que não será muito influente, pelo menos para mim, sejam suas músicas atmosféricas e nas batalhas.

Conclusão

Greak: Memories of Azur com maestria entrega uma bela e única aventura usufruindo de três personagens distintos para sua experiência geral, com sua própria identidade embora visíveis de onde vem suas inspirações. É claro que não é um jogo perfeito dentro de seu gênero, já que há muito que poderia ser melhorado ali como sua dificuldade e outros elementos não tão bem aproveitados, mas ainda é um jogo competente à sua proposta.