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Academia para quem? — Jogos e exercícios realmente são combinações tão boas assim?

Lucas Barreto 14/05/2022

Não, esse não é um texto de 2006. Eu sei, parece ser surpreendente, mas o tópico de jogos de movimentos parece estar em alta com o lançamento recente do Nintendo Switch Sports, sucessor do clássico Wii Sports, que marcou presença em almoços de família e em casas de festas infantis na mesma estranha alta proporção. A proposta de tais jogos são fundamentalmente simples: utilize o controle para simular um movimento, entregando o impulso ao jogo, compondo uma cópia digital. O pequeno e simples título, composto pelos simpáticos Miis, foi capaz de dominar o cenário de jogos em sua época, fazendo explodir a tecnologia de captura de movimento, influenciando o Kinect e o Playstation Move, mas acima de tudo expandindo um tipo especial de gênero: os jogos de movimento com foco no exercício físico.

Claro, não há como dizer que esses jogos começaram com o Wii. Desde o NES já havíamos jogos que flertavam com a ideia, como os desenvolvidos para o Power Pad, um tapete com botões azuis e vermelhos que, em teoria, captavam seus passos, tornando possível a dança e a ginástica. De acordo, a tecnologia da época não foi capaz de entregar um resultado desejado, mas é interessante pensar há quanto tempo que a ideia de integrar o espaço físico com o ambiente virtual já estava presente na mente de desenvolvedores, que nos entregariam na mesma lógica tanto a Zapper, a arma do Duck Hunt no Nintendinho, quanto o DK bongles, tambores para controlarmos Donkey Kong em seu Jungle Beat, de Game Cube. De qualquer forma, o Wii concentrou a proposta em uma ferramenta simples: o Wii remote, um único controle capaz de entregar movimentos precisos, especialmente com o apoio do Wii Motion Plus e o Nuchuck, criando uma poderosa ferramenta para integrar o movimento com o jogo.

As ferramentas criadas pelo Wii com certeza geraram resultados, no mínimo, curiosos. Logo de início, é impossível não citar o divisor de águas The Legend of Zelda: Skyward Sword e os inesquecíveis títulos da série Guitar Hero, que se utilizaram da proposta para criar dinâmicas de jogos utilizando o corpo para além dos dedos que pressionam botões. Contudo, deixemos estes de lado, porque o que busco aqui, na verdade, são os jogos que tinham como foco a saúde e o exercício em si. Nessa época, fomos agraciados com o Wii Fit, criado a partir de uma balança que, ao sentir a pressão do corpo, computa diversos resultados distintos para exercícios variados. Sem dúvida, por um bom tempo vimos produtos semelhantes sendo lançados pela Nintendo, em uma curiosa preocupação com a saúde de jogadores, fazendo-nos perguntar se existe inclusive um benefício de fato em se utilizar das ferramentas, ou se não se trata de mera propaganda. Na verdade, em pesquisa publicada pela revista Scire Salutis (SILVA, T. C.; ALVES, L. C. S.; FREIRE, R. F.. Uso do Nintendo Wii como ferramenta para treinamento da cognição e equilíbrio em idosos institucionalizados. Scire Salutis, v.9, n.1, p.9-19, 2019), pesquisadoras reconheceram, sim, que pode haver benefícios em se utilizar ferramentas do tipo, especialmente pelos estímulos cognitivos despertados pelo elemento de jogo, destacando ainda que há uma crescente utilização de ferramentas virtuais para o estímulo de idosos.

O infame sucessor do Wii, decerto, não deixaria a tradição para trás. Não apenas a figura de Wii Fit Treiner se eternalizaria no panteão de personagens de Super Smash Bros., tamanha sua importância e impacto na manifestação corporal em jogos, como também viríamos sucessores para a série Sports, em Wii Sports Club, estendendo a utilização do Wii Remote para o Gamepad, e para a série Fit, em Wii Fit U, novamente utilizando-se da famigerada balança para exercícios. No entanto, após o lançamento de outras tecnologias de movimento, cada vez mais se aumentava a descrença no uso efetivo de tais consoles para o exercício de fato. Afinal, após o Kinect, o Wii Remote parecia estar desatualizado, rendendo a interessantes partidas de Just Dance com todos sentados no sofá, copiando apenas o movimento das mãos. De uma forma ou de outra, a Nintendo precisava se reinventar para manter jogos do tipo, e assim ela o fez.

Já com o Switch, a Nintendo nos apresentou os Joy-Cons, contrastando com o Wii Remote já pelo tamanho diminuto e sua simplicidade geral. Dentro de si, então, as diferenças são ainda maiores, especialmente pela funcionalidade Gyro ampliada, não tão apurada quanto o sensor do Wii por antena, mas definitivamente mais precisa e avançada. É claro que não tivemos uma noção tão clara quanto a seu potencial até o lançamento de Ring Fit Adventure, mas desde então tudo mudou. Utilizando um anel flexível e uma alça na perna, o título nos oferece uma aventura com elementos de RPG que são perpassados por uma narrativa voltada ao exercício, guiando-nos por múltiplas tarefas que vão desde movimentos simples até complexos, da corrida ao Yoga, da musculação ao pilates. Tenho por mim que, nesse jogo, encontramos a mistura perfeita entre o elemento jogo e o exercício, com guias e diagnósticos gerais que atendem bem às expectativas do jogador, independente de seu perfil, flexível com estímulos saudáveis e que, narrativamente, combate a obsessão.

Finalmente, então, chegamos ao lançamento do Nintendo Switch Sports. Após tantas evoluções tecnológicas, será que a fórmula de “Sports” ainda tem algum valor na percepção do público. Mesmo com a nostalgia de se jogar tênis com a família no meio da sala, a tecnologia não é mais nova, e já não carrega o estímulo do exercício em si. Ainda assim, por sua recepção calorosa, parece que sempre há espaço para uma alegria ingênua e simples de esquecer por um momento que estamos apenas jogando, rindo com os pequenos acidentes de esbarrar em um amigo no meio do boliche, ou vibrar com uma vitória em um duelo de espadas. Isso, ao menos, enquanto a pulseira de segurança estiver bem firme ao pulso; afinal não queremos voltar no tempo em uma era onde tevês eram quebradas com o arremessar involuntário do controle, não é mesmo?

Créditos da imagem: Nintendo Blast

Leia também:

Seria o console hibrido da Nintendo um novo lar para os jogos de movimento? Tire os móveis da sala e vem fugir um pouco do sedentarismo com o Nintendo Switch Sports!

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Nintendista e escritor nas horas vagas. Estudante de Letras e fã de visual novel e jogos calminhos.
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Tags: Nintendo Switch Sports Ring Fit Adventure

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