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Review | Aeterna Noctis

Wendel Barbosa 19/11/2022

Desenvolvedora: Aeternum Game Studios
Publicadora: Aeternum Game Studios
Data de lançamento: 4 de novembro, 2022
Preço: R$ 57,45
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela Aeternum Game Studios

Revisão: Marcos Vinícius

Como filho dos anos 80, tenho um carinho desmedido por jogos de plataforma 2D. Sou vendido mesmo, confesso! A reinvenção desses jogos, diante do surgimento de títulos de plataforma 3D, nos trouxeram os chamados Metroidvanias. O ano de 2021 foi bem generoso para os amantes do subgênero e donos do Nintendo Switch. Metroid Dread e ENDER LILIES: Quietus of the Knights estão aí que não me deixam mentir.

Ainda no ano passado, fui surpreendido com o anúncio de um Metroidvania que estava sendo desenvolvido pelo estúdio espanhol Aeternum Game Studios, de nome Aeterna Noctis. Os primeiros vídeos apresentavam um jogo ágil e com um primor técnico e visual. Às vésperas do lançamento, no entanto, o estúdio divulgou nota nas redes sociais dando conta que teria que adiar o título para os consoles da oitava geração e Nintendo Switch. 

Na época, somente os donos de PC, PS5 e Xbox Series puderam experimentá-lo. Ao longo dos meses seguintes as versões para os consoles da geração passada foram lançados, mas nada da versão para o híbrido da Nintendo. Finalmente, no último dia 04 de novembro – quase um ano depois do seu lançamento – Aeterna Noctis chegou para os donos do Switch, apresentando um port que, apesar de bem otimizado, tem alguns problemas.

História batida, mas divertida

A história não é bem o forte do game ou de qualquer outro Metroidvania (“Die, monster! You don’t belong in this world!”), mas é divertida, explora um embate eterno entre o bem e o mal; e entrega até mesmo um plot interessante mais pra frente. O mundo de Aeterna é cria de uma entidade suprema conhecida como Caos. Após anos de uma vida utópica e harmoniosa, foram surgindo facções rivais que passaram a guerrear pelo controle do lugar. Ao final restaram apenas duas, comandadas pela Rainha da Luz e pelo Rei das Trevas. A guerra, no entanto, rompeu o equilíbrio de Aeterna. Como punição, e buscando retomar o balanço daquele mundo, Caos deu ao Rei e Rainha a maldição da eternidade. Ambos passariam toda sua existência numa guerra sem fim.

Quando um é derrotado, um novo ciclo se inicia. E é, justamente, no início de um novo ciclo que a aventura começa. Aqui controlamos o arrogante e recém destronado Rei das Trevas. Como um imortal caído, temos que recuperar os nossos poderes e fragmentos do Santuário espalhados pelo gigantesco mapa do jogo para, mais uma vez, reclamar o trono de Aeterna. O jogo está todo localizado para o nosso idioma e a introdução e algumas cutscenes que narram os acontecimentos contam, inclusive, com dublagem em português do Brasil. Em um jogo do tamanho de Aeterna Noctis, com vários elementos, itens, colecionáveis e mecânicas, isso é ótimo! 

Explore, se perca, se encontre

Aeterna Noctis, para todos os efeitos, é muito mais Castlevania do que Metroid. Em termos de ritmo e desafio, ele se aproxima demais de Hollow Knight e Death’s Gambit. O mapa é enorme e o jogo não te pega na mão, apesar de indicar de forma bem desinteressada, mais ou menos o caminho para os Fragmentos do Santuário. Não existem elementos claros, dentro daquele mundo, que nos guie para o “caminho correto” (se é que podemos dizer que existe um), como em Metroid Dread, por exemplo. Então, é bem provável que, em algum momento, você irá se perder. Até porque se você não conseguir encontrar o simpático cartógrafo que vende o mapa das áreas do jogo, você irá explorar tudo no escuro. 

A exploração é livre. Mas, todos sabemos que existe certa ordem que facilita um pouco a jornada. O mais comum é chegarmos em certa área que só pode ser acessada ou explorada quando adquirimos uma habilidade específica. Até existe isso em Aeterna Noctis, mas é possível – caso queira – burlar essa ordem/linearidade (em relação a poderes, habilidades e chefes). Nesse caso, a dificuldade aumenta e certamente você enfrentará inimigos muito mais fortes. O título, no geral, é bem desafiador. E apesar de, particularmente, achar isso ótimo, a dificuldade alta pode incomodar alguns. No entanto, após o lançamento inicial, em dezembro passado, a desenvolvedora preparou uma atualização que adicionou um modo de jogo mais acessível, focado mais na ação do que em elementos de plataforma, suavizando um pouco a dificuldade.

No Xbox e PlayStation, ao optar por esse modo menos difícil, o jogador perde as Conquistas e Troféus. Como não existe esse elemento no console da Nintendo, não há punição para o jogador. Convém mencionar, porém, que mesmo com o novo modo, as lutas contra os chefes continuam extremamente difíceis. Para piorar, a falta de um indicador de vida nos causa aquela chata sensação de que estamos sendo “roubados pela máquina”.

Muitas horas de jogatina e visual lindíssimo

Aeterna Noctis garante muitas horas de gameplay. É um título, que dependendo do ritmo do jogador pode chegar a 60h ou até mesmo 80h de jogo. Com cerca de 18 horas, por exemplo, eu não havia completado nem 30% do gigantesco mapa. O game possui – além da missão principal – missões secundárias, que ajudam a prolongar ainda mais nossa experiência. Além disso, existem alguns colecionáveis, como peças de um espelho que irá revelar o desejo mais oculto do Rei das Trevas quando completado; e partituras que nos permitem apreciar um pouco da bela OST do título. Nesse caso, o próprio Rei das Trevas se debruça num grande órgão/piano e começa a tocar as melodias depois de fazermos a correta sequência das notas.

O visual dos personagens e cenários – desenhados à mão – são lindíssimos. Você consegue perceber o esmero da equipe de desenvolvedores em cada cantinho. Existe, por sinal, uma variedade bem ampla de ambientes: cidades, torres, minas, regiões vulcânicas, florestas etc. E isso torna a exploração ainda mais divertida e agradável, retirando aquela sensação chata de repetição. Os controles são muito bons e a resposta ao nosso comando é rápida. Como existem momentos de plataforma que exigem nada menos que precisão, isso é o mínimo. Uma pena, não termos a possibilidade de customizar os controles. Os efeitos sonoros e as composições seguem o mesmo primor. Os personagens falam uma espécie de idioma próprio daquele mundo, assim como Hollow Knight e Ori and Blind Forest. E é sempre divertido ver a reação dos NPCs com a presença do Rei das Trevas e toda sua soberba.

Várias inspirações

Em Aeterna Noctis conseguimos enxergar elementos de diversos outros jogos do subgênero, principalmente Castlevania e Hollow Knight. A animação do Rei das Trevas, por exemplo, lembra bastante o de Alucard, em Symphony of the Night. A movimentação, dash, pulo e até mesmo o design parece se inspirar no título da Konami. Os elementos de RPG, que ajudaram a definir esses jogos, dão as caras aqui. Subindo de nível ganhamos pontos que podem ser usados numa grande “árvore de habilidades”, que se ramifica em três especialidades. Além disso, conseguimos joias que, ao serem equipadas, melhoram nossos atributos como ataque, velocidade e defesa.

Ao longo da aventura novas armas e poderes (como os orbes de ataque e teletransporte) vão sendo descobertos e alguns equipamentos – como um novo espaço para uma joia ou frascos de itens – podem ser comprados com o cartógrafo ou na loja do mercador, próxima ao Santuário dos Rei. Como se trata de um jogo com várias horas de gameplay, o ritmo em que novas habilidades vão sendo descobertas é lento e pode incomodar alguns. Porém, é recompensador quando finalmente conseguimos um novo poder e o associamos a alguma área antes inacessível. É importante frisar que as joias só podem ser equipadas nos tronos. O local funciona como os banquinhos de Hollow Knight e ENDER LILIES: Quietus of the Knights, ou a bonfire de Dark Souls. O trono serve também como fast travel, recupera nossa saúde e dá respawn nos inimigos. 

Assim como nos jogos Blasphemous e Hollow Knight, morrer limita o uso de alguns poderes. Nossa alma perdida fica à espera do resgate ou associada à derrota de algum inimigo, caso tenha morrido para ele. No caso de Aeterna Noctis, nossa habilidade de recuperar pontos de saúde através do sangue dos inimigos abatidos fica comprometida, além de perdermos os pontos de experiência adquiridos nas batalhas. Recuperando a alma, tudo volta ao normal. Mas, caso opte por pagar pelos serviços do espectro da morte para recuperá-la, você perderá os pontos obtidos.

Desempenho e problemas no Nintendo Switch

Nos consoles da nova geração, Aeterna Noctis contou desde o início com os já consolidados modos “qualidade” (que prioriza a resolução) e “performance” (que prioriza o framerate). Essas opções, devido a limitação do hardware do Switch, inexistem no console da Nintendo. Nesse sentido, é como se o jogo rodasse nas configurações mínimas, priorizando sempre o gameplay. O visual continua bonito, mas a perda de qualidade é nítida. A área inicial, da Estrada das Lágrimas, por exemplo, por conta da perda de resolução, é muito escura e não há a possibilidade de aumentar o brilho pelos menus do jogo. Alguns elementos do fundo do cenário também foram cortados, como as baleias flutuantes da área da Baía Infinita. 

Os controles, no entanto, permaneceram responsivos e é tudo muito fluido e rápido, sem quedas constantes de framerate ou coisas do tipo, mesmo jogando no modo portátil. Mas, não sei se por culpa do motor gráfico utilizado (Unity) ou da própria programação, o título carece de um bom polimento. Digo isso, porque Aeterna Noctis veio para o Nintendo Switch com alguns bugs bem chatos. Trata-se de travamentos em batalhas contra chefões (como na imagem acima, em que fui jogado para fora da área da batalha) e inimigos comuns; alguns fechamentos abruptos do jogo; e problemas até mesmo quando, por vezes, utilizamos a arma secundária (o personagem só se move pulando). Não são problemas constantes que me fizeram querer desistir do jogo, mas irritam quando acontecem.

Jogue onde quiser

Uma das melhores coisas dessa versão é a possibilidade de jogarmos em qualquer lugar, devido a portabilidade do Nintendo Switch. Como já frisei brevemente, linhas atrás, Aeterna Noctis roda muito bem em modo portátil. Os problemas apresentados, acredito que serão sanados mais pra frente.

O Aeternum Game Studios S.L., pelo que pude observar, está muito atento ao feedback da comunidade. Mesmo assim, os problemas aqui citados, não nos impedem de aproveitar o título, ainda mais num ano com poucos Metroidvanias de peso sendo lançados. Aeterna Noctis é um belo acréscimo à vasta biblioteca do Nintendo Switch. É um jogo longo e difícil, mas ao mesmo tempo bonito, divertido e recompensador.

Prós

  • Visuais desenhados à mão;
  • Jogabilidade àgil;
  • Trilha sonora exelente;
  • Mapa gigantesco;
  • Opção de idioma PT-BR.

Contras:

  • Alguns bugs;
  • Dificuldade elevada pode incomodar.

Nota Final:

8

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Wendel Barbosa
Wendel Barbosa
Professor de História e entusiasta de joguinhos eletrônicos desde 1984.
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Tags: indie

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