
Desenvolvedora: Capcom
Publisher: Capcom
Lançamento: 30 de junho, 2023
Preview feita no Nintendo Switch com base na demo disponível na eShop.
Em meio aos diversos anúncios e apresentações ao longo da Summer Games Fest, a Capcom trouxe em seu palco Shu Takumi, criador da série Ace Attorney, para falar da remasterização de seu clássico do Nintendo DS: Ghost Trick: Phantom Detective.
O título, que desde seu lançamento em 2010 no console portátil da Nintendo, ganha uma nova versão para ser apreciada por um público que ainda não conhecia a obra. A nova apresentação, contudo, falou ainda de uma demo do remaster, agora disponível em todas as plataformas, que já nos dá um gostinho do que poderemos esperar do lançamento do dia 30 de junho.
Uma introdução ideal
Sinceramente, é um pouco engraçado ver um jogo de treze anos receber uma demo. A versão original já é encontrada amplamente online, com gameplay e análises, então qual o propósito do tipo de ação? Ao meu ver, a publisher compreendeu que, apesar do reconhecimento, não são muitos aqueles que, de fato, conhecem o título, e um corte do jogo é realmente uma excelente tática para fazer potenciais jogadores a experimentarem a obra.
Nesse sentido, encontro-me no grupo que nunca fora capaz de jogar Ghost Trick, e apesar de já estar vendido apenas pelo anúncio, a Demo foi capaz de introduzir as ideias principais da obra. Aqui, controlamos o espírito de um homem recém assassinado, sem qualquer lembrança de sua vida, capaz de controlar objetos inanimados. Utiliza seus poderes com um propósito claro: mudar o curso natural do tempo, sendo capaz de, ao encontrar alguém que fora morto naquele dia, transportar-se para quatro minutos antes da tragédia, utilizando objetos para evitar a morte anunciada.

A demo conta com os dois capítulos iniciais do jogo, sendo o primeiro o tutorial e o segundo a apresentação de um mistério que instiga o jogador a acompanhar o restante da obra. Apesar de aparentemente convolutas, as mecânicas são extremamente intuitivas, e é extremamente satisfatório interagir com objetos, observar as ações, retornar no tempo e encaixar as peças soltas do quebra-cabeça da morte.
Uma caixinha de mistérios
A trama se passa ao redor do mistério: quem é o personagem que controlamos, e quem encomendara sua morte? Os diálogos de Shu Takumi, recheados de humor, fixam as perguntas fundo na mente do jogador; muito semelhante à forma como aprofunda os casos de Ace Attorney: existem muitas sentenças que reforçam suspeitas, guiam o jogador e nos fazem sentir “espertos” ao resolver os puzzles.
Falando um pouco da versão remasterizada, os modelos refeitos e os cenários nítidos destacam o visual artístico tão próprio da obra, honrando o trabalho feito no Nintendo DS. No Nintendo Switch, o suporte ao touch é muito bem-vindo a quem prefere o modo handheld em títulos do tipo. O mais impressionante, na verdade, é ver que o título foi portado para a engine RE, mostrando a volatilidade que a ferramenta proporciona à Capcom.

No mais, não há nada muito além para se destacar. Novamente, já estava vendido no remaster, e a demo apresenta uma introdução que nos enche de ansiedade para o lançamento do dia 30 de junho. Sua narrativa tão conceituada e seu visual tão distinto já marcou a história dos jogos, mas a nova versão de fato promete uma digna segunda chance de experienciarmos essa tão distinta obra!
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