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Um “viva!” aos joguinhos

Vamos viajar um pouco pela história do mercado de videogames no Brasil e ver como que os jogos são figuras cativas em nossas vidas.
Wendel Barbosa 10/06/2023

Revisão: Davi Sousa

Meu primeiro jogo de videogame, que tive em casa, só meu e de mais ninguém (a não ser meu irmão), foi uma fita de um jogo genérico ao estilo Pac-Man, chamado Brush Roller. O título vinha em um bundle do famiclone Turbo Game, da CCE, junto com dois controles. Esse foi o meu primeiro console de videogame. Lembro-me da euforia em aguardar meus pais chegarem da loja com o presente. Isso no já distante ano de 1994 (se não me falha a memória). 

O preço da diversão

Na imagem: eu, meu irmão e um colega da infância

Não sei se vocês se atentaram para isso no parágrafo acima, mas a minha experiência dentro do mercado de jogos eletrônicos é bem condizente com a realidade dos brasileiros em geral: dificuldade no que se refere ao acesso. Desde que eu me entendo por gente, videogame é um produto caro. Meu Turbo Game, que custava na época mais que um salário mínimo, foi parcelado em suaves (e ingratas) prestações. E olha que se trata de um produto (Nintendinho) que já tinha, na época, mais de dez anos de mercado.

Se o console era caro, imaginem os jogos?! Isso mesmo: tudo caro! Apesar da Tec Toy já estar consolidada no país, a Nintendo engatinhava no mercado brasileiro, sob a batuta da Playtronic. Achar, nessa época, uma fita para o meu Turbo Game era muito complicado. Durante os anos em que estive com ele, só tive duas fitas: a que vinha com o console e uma de colorir e desenhar (não me recordo o nome) que minha falecida avó comprou para mim no mercado Sendas, perto de casa.

Alugue sábado e entregue na segunda

A minha única opção era recorrer ao aluguel de jogos. Na primeira década dos anos 90 houve um aumento bem acentuado de estabelecimentos que alugavam filmes em VHS, nas proximidades do bairro em que eu morava. E quase sempre esses locais reservavam um espaço para uma pequena coleção de jogos, disponibilizados – para minha alegria – para aluguel. Minha avó e minha mãe eram as minhas companheiras na “caça às locadoras”. Se num passeio pelo bairro eu avistasse uma, perturbava para bisbilhotar se tinha jogos. Essa era a única utilidade desses estabelecimentos para mim, já que não tínhamos videocassete.

A sociedade era firmada depois da apresentação de um comprovante de residência e um documento com foto. Em locadoras maiores, até mesmo um comprovante de renda era exigido.  Minha mãe ou avó entravam como “sócias” e eu como um dependente. Recebia carteirinha e tudo. Foi assim que pude jogar Super Mario Bros, Tartarugas Ninja, Mega Man 4, Tiger-Heli, Double Dragon e tantos outros títulos. Como jogar videogame só era permitido nos finais de semana, era no sábado que eu alugava as fitas, para entregar na segunda-feira depois que voltava da escola.

Da despedida da Nintendo ao retorno

Meu Nintendo 64

Pegar fitas emprestadas com coleguinhas também era algo válido, mas poucas pessoas do meu círculo social tinham um Nintendinho. E na escola – como estudei em colégio particular –, as crianças tinham uma condição financeira um pouco melhor e já estavam com um Super Nintendo ou Mega Drive em mãos; eu só via esses consoles em revistas. Era impossível para um gari e uma dona de casa conseguir presentear o filho com um desses, nesse momento. Mas não reclamo! Curti muito meu famiclone com meu irmão e amigos, nos dois anos em que fiquei com ele.

Após a despedida do meu Turbo Game, eu foquei em pegar os consoles da SEGA. A presença da Tec Toy no mercado brasileiro, desde o final dos anos 80, se traduzia em mais opções de jogos e acessórios para serem adquiridos ou alugados. Eu, particularmente, havia me encantado com o mascote azul Sonic. Só fui voltar a ter um console Nintendo em 2002, quando comprei – de segunda mão – um Nintendo 64. Consegui umas quatro ou cinco fitas para ele, e ia para a feira trocar por outros títulos de meu interesse quando enjoava dos que tinha em mãos.

Tenho esse console até hoje em casa. Porém, a placa de som está ruim, infelizmente. Uma prática comum em todos esses anos em que tenho os videogames ao meu lado é que eu sempre tenho que vender o atual para comprar um novo. O meu N64 foi um dos poucos dos quais não me desfiz. Junto dele, estão The Legend of Zelda: Ocarina of Time, Banjo-Tooie, Mario Kart 64 e Mario Party 3. Havia ainda um Goldeneye 007, mas esse se perdeu em uma mudança que minha mãe fez algum tempo atrás. Apesar do apego sentimental que vejo muitos nutrirem pelo console, ele foi o que menos curti. Era difícil, pela época em que o tive, achar jogos nas locadoras e as fitas eram muito caras, mesmo nas feiras.

Companhia para uma vida

Meu Nintendo Switch

Nessa época, só para frisar, eu já tinha terminado a escola. Meus amigos da rua já não se interessavam tanto assim por videogames, então era só meu irmão, um amigo da escola (Thiago, que se tornou um amigo da vida) e eu. No ano seguinte, em 2003, conheci uma moça que viria a ser minha esposa, Roberta. Quando começamos a namorar, às vezes eu levava o N64 pra gente jogar um pouquinho; era sempre divertido jogar Mario Party 3.

O próximo console Nintendo que tive foi um Wii, que comprei junto com Roberta, agora minha noiva. Nesse console, não tive problemas com o preço dos jogos, porque o videogame era desbloqueado (gostoso demais. Mentira! Não me julguem. Ou eu investia nos jogos ou eu preparava meu casamento). Joguei muita coisa boa nele.

No final de 2017, no hype por Metroid Prime 4, consegui comprar um Nintendo Switch. E venho tendo ótimas experiências com o pequeno até hoje, apesar da ausência de MP4. Minha filha de nove anos descobriu os videogames por ele, seja jogando Super Mario Odyssey ou Animal Crossing: New Horizons. Jogamos juntos Super Mario 3D World e pretendo zerar Punhos de Repúdio junto com ela. Aproveitar um final de semana para isso, talvez.

Enfim! Eu vi um post no Twitter com a seguinte pergunta: “A character that literally changed your life?”, ou seja, “Um personagem que literalmente mudou sua vida?”. E não me veio nenhum específico na cabeça em qualquer mídia (filmes, séries, desenhos, jogos). Ao invés disso, veio esse texto. Eu só pensei na minha relação com os jogos eletrônicos e como eles me acompanham já há muito tempo em cada momento da minha vida. E é isso. Viva os joguinhos!

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Professor de História e entusiasta de joguinhos eletrônicos desde 1984.
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Tags: Artigo Famiclone nintendo Nintendo 64 Nintendo Switch Nintendo Wii Videogame

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