
Desenvolvedora: Nintendo
Publicadora: Nintendo
Data de lançamento: 21 de junho, 2023
Preço: R$ 149,00 ou bundle 1+2 por R$249,00
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Nintendo.
Revisão: Lucas Barreto
Primeiramente, você leu a review do Lucas sobre Pikmin 1? Se não, dê um pulo lá antes de mais nada, o link está logo abaixo! É importante pois são jogos imediatamente em sequência, e foi a review dele que me empolgou mais ainda a jogar a continuação.
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Dito isso, sigamos em frente: Pikmin 2 é uma sucessão direta de Pikmin, fazendo algo que poucas franquias fizeram: manter o que é bom, e colocar upgrades que fazem sentido, embora isso tenha vindo com uma contrapartida que para mim foi bem desagradável, mudando um pouco como eu enxerguei o clima do jogo. É bom esclarecer também que eu joguei sim Pikmin (1), mas ambos no Nintendo Switch, não tendo contato anterior com a franquia no GameCube.
Ao infinito e além
Ao término do primeiro jogo, Olimar recupera as partes de sua nave e consegue restaurá-la para voltar para casa em segurança, levando consigo algumas lembranças daquele planeta misterioso. Porém, durante o tempo em que o melhor funcionário da empresa esteve ausente, Louie, seu colega de profissão, perdeu uma carga valiosíssima, resultando num fluxo de caixa terrível, prejudicando demais os negócios da companhia, levando-a à falência. Para pagar as dívidas, o Presidente da frota deve vender até mesmo a nave do Capitão, a S.S. Dolphin, que passamos o outro jogo inteiro reconstruindo. Contudo, os souvenires incríveis coletados parecem ser de valor substancial, afinal, uma tampinha de garrafa para um alienígena do planeta Hocotate pode ser revolucionário.
Logo, com ajuda de Louie, Olimar volta para o planeta numa nave não muito conservada para coletar mais e mais tesouros e pagar a dívida da empresa. Tudo isso é contado com bastante carisma e de forma bem divertida que te deixa animado para participar da aventura.
O que há de novo?
Isso muda um tanto a dinâmica comparado ao primeiro, embora siga o mesmo princípio básico. Enquanto ainda temos que coletar objetos espalhados por aí, não temos mais o limite de 30 dias para determinar seu sucesso ou fracasso, embora a contagem ainda exista. A ideia do pôr do sol como limite se manteve, mas agora temos mais áreas para explorar, como as cavernas, que são pensadas para funcionarem dentro delas mesmas, com seus próprios inimigos, limites e desafios, sem impactar na duração do dia, que congela qua do estamos dentro delas.
Cavernas contêm segredos, tesouros e upgrades que, embora não sejam essenciais (com raras exceções), facilitam demais a aventura. Por exemplo, podemos encontrar um Teasuremeter, que indica o quão perto você está de outro tesouro, uma luva para dar porrada (isso mesmo, Olimar pode trocar soco com as criaturas do planeta), ou até o mapa que vai te liberar outros locais na superfície (esse obviamente é essencial). Muitos outros existem espalhados, e podemos acompanhar quais existem e quais já coletamos no menu principal a qualquer momento.
Existem novos pikmins também: os roxos e os brancos, seguindo a mesma lógica de cada um ter sua própria característica. O roxo é simplesmente uma versão forte de um pikmin, valendo como 10 em peso e força, mas é fraco contra todos os intempéries, não que isso seja um problema, pois um exército deles já destrói praticamente qualquer coisa. Os brancos são resistentes a veneno e têm a habilidade de encontrar objetos enterrados, logo, já se parecem mais com um dos coloridos tradicionais. Com eles, o jogo apresenta um twist legal na jogabilidade pois eles são limitados, por não terem “Onions” para se reproduzirem. Para criar um deles, precisamos encontrar as novas flores, chamadas de Candypop que nascem no chão com a cor certa e que fazem essa transformação de cor numa troca de um para um. Ou seja, são recursos preciosos e extremamente limitados. Cuidado quando for levá-los para passear…
Existem também os Bulbmin, que são versões daqueles bichinhos que enfrentamos no começo de qualquer jogo, o amarelinho joaninha, tendo uma folha na cabeça. Ele é obtido em algumas cavernas, ao matarmos o líder do bando, e parece ter todas as imunidades dos outros Pikmin coloridos, e convivem bem em sociedade com eles, sendo obedientes da mesma forma. Muito úteis, porém, só existem nas cavernas específicas para balancear com a dificuldade, visto que não podemos reproduzir Pikmins lá dentro, exceto por Candypops multiplicadoras. Ainda assim, é uma pena não podermos levá-los para a superfície…
Na minha primeira tentativa, na primeira caverna do roxo, deixei metade deles morrerem por besteira, e quando notei o erro, já era tarde demais para resetar. Ao mesmo tempo, as outras cores estão um pouco menos essenciais, só dando destaque mais pro azul, que é o único que anda pela água, e o amarelo, pois temos muitas áreas eletrificadas que matam instantaneamente outros tipos de Pikmin. O vermelho fica estagnado, tendo substituído como opção principal de combate e já que temos poucos cenários com fogo, muitas vezes podendo ser subjugados pelos outros; afinal de contas, a resolução mais simples para tudo aqui é bater forte com o roxo, que não apenas dá mais dano mas também abre brecha para paralisar inimigos.
No sentido geral, a inclusão dos sprays faz toda a diferença. Nessa outra nova mecânica, ganhamos itens fabricados por meio de materiais coletáveis, frutinhas ou gotas coloridas. São dois “sabores”, o picante e o azedo: O primeiro intensifica o ímpeto dos pequeninos, deixando-os mais rápidos para tarefas e combate; O outro tem o poder da medusa, por assim dizer, transformando todos os inimigos ao redor em pedra por algum tempo, que é mais do que o suficiente para acabar com todos. Mas mais uma vez, é recurso limitado, então cuidado quando e como usa.
Novos companheiros
Primeiramente, como já mencionei, temos um segundo personagem jogável, e mais que isso, simultaneamente, o que é bem legal para divisão de tarefas, agilizando muitos processos. Não precisamos mais ficar parados esperando os carinhas destruírem uma parede, agora podemos deixá-los ali, e migrar para o outro lado do mapa agilizando alguma outra tarefa.
Existe inclusive um modo de dois jogadores, sendo uma batalha entre os dois, para ver quem coleta mais pikmins e tesouros mais rápido.
Experiência geral
Então, outro dia no grupo do site sobre Pikmin comentei que o primeiro é super gostosinho de jogar, o segundo já um tanto frustrante. Alguém ainda disse que esse era o Dark Souls da franquia. E realmente, algumas partes parecem só… cansativas, meio injustas e punitivas demais por erros de menos. Armadilhas, inimigos, surpresas desnecessárias eventualmente podem te tirar da experiência, precisando resetar o jogo para dar load novamente porque uma pedra caiu do céu e levou metade da sua trupe.
Em essência, o jogo é repetitivo, ainda mais pegando em sequência com Pikmin 1, e se resume totalmente em gestão de tempo, recursos, otimização de tarefas, timing de lançar os Pikmins para cada coisa… Um cronograma de tarefas cai bem também, às vezes vamos gastar um dia inteiro para preparar o cenário para as tarefas do dia seguinte.
Isso é bom e ruim. Se seu trabalho parece de alguma forma com isso, você pode se dar bem, mas não acho que seja exatamente um relaxamento. Eu por exemplo tentei jogar depois de um dia longo de trabalho, tomei banho, jantei e peguei o console. Achei insuportável. Na manhã seguinte, já relaxado, peguei a mesma fase e foi tudo tranquilo, bastante prazeroso, pois você vê as coisas acontecendo, as tarefas se concluindo etc.
Em suma, eu gostei sim. Ainda estou dividido se gostei mais do primeiro ou se empatou, pois ambos são extremamente competentes no que tentam ser. Por ser mais frustrante perdeu uns pontinhos, mas por ter mais opções, ganhou de volta. Vai realmente de cada um, e eu aina assim recomendo jogar se você for do tipo complecionista ou que simplesmente gosta de ver uma lista de tarefas ser concluída pelas suas próprias ações.
Prós:
- Simples, criativo e estimulante;
- Complecionismo honesto, sem inventar conquistas mirabolantes e praticamente impossíveis;
- Gostosinho de jogar tranquilo.
Contras:
- Frustrante e punitivo um tanto além da conta;
- Jogar por muito tempo se torna repetitivo e cansativo.
Nota Final
8
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