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Review | Corn Kidz 64

Se você estava sonhando com um jogo de plataforma 3D autêntico da era 64-Bits (e por alguma razão também andou sonhando com nachos) Corn Kidz 64 é pra você!
Bianca Fonseca Pinheiro 11/05/2024

Desenvolvedor: BogoSoft
Publicadora: Diplodocus Games
Gênero: Plataforma
Data de lançamento: 19 de abril, 2024
Preço: R$ 33,99
Formato: Digital

Análise feito no Nintendo Switch com cópia fornecida pelo redator.

Revisão: Davi Dumont Farace

 O mundo seria muito mais triste e a indústria de videogames muito mais cinza se não fossem os estúdios Indies e a sua paixão em tentar recuperar a magia de títulos que fizeram parte de nossas infâncias, sejam esses os games inspirados na era 8-Bit, 16-Bit, ou até mesmo jogos inspirados no CD-i que temos ultimamente.

Hoje, mais do que nunca, vemos a nostalgia ao lowpoly, quando 3D ainda estava engatinhando no Nintendo 64, PlayStation e SEGA Saturn. E há vários exemplos de excelentes jogos independentes que foram além em proporcionar um banho de saudosismo, mas dificilmente você encontrará algo tão autêntico quanto Corn Kidz 64!

Surgindo quase que do nada, desenvolvido inteiramente por um talentoso programador (os créditos não mentem!), com um breve trailer de lançamento quando originalmente chegou ao PC, rapidamente se alastrou entre entusiastas do gênero de plataforma 3D, o bom e velho collect-a-thon sandbox, e tão silenciosamente também chegou ao Nintendo Switch pra dar mais uma lição de como videogames eram feitos no fim dos anos 90!

A experiência não é só autêntica nos termos de apresentação, mas em game design também, que faz com que você realmente se sinta jogando um clássico perdido da era 64-Bits relançado pra audiências modernas!

O jogo dos sonhos, literalmente

Você controla Seve, um pequeno bode antropomórfico de um chifre só (o que o faz uma espécie de unicórnio, dada a piada com milhos do título), que está tendo mais um daqueles sonhos confortáveis de sempre de visitar o Empório de Nachos! Mas parece que nessa noite, sua amiga Alexis resolveu pregar uma peça com ele, e alterou todo o sonho como um grande playground de desafios! Mas não se preocupe, ela promete que se você conseguir concluir todas as tarefas e obstáculos, você terá seus tão sonhados nachos!

Com uma premissa propositalmente super simples e boba, mas escrita com extrema autoconsciência, charme, humor e um montão de referências e ironias aos típicos estereótipos de jogos de plataforma 3D, é impossível não se apegar aos dois bodes-unicórnios e o mundo ao redor que é recheado com NPCs que passam aquela rispidez e cinismo a troco de nada que tanto adoramos!

Adapte-se ou morra!

Estabelecido o seu objetivo, o jogo logo lhe propõe praticamente todo o tipo de obstáculo que você irá ter que enfrentar logo na área tutorial do jogo, pra que você se acostume com todas as nuances das mecânicas, físicas e controles. E ao contrário dos jogos que o inspiram, Corn Kidz 64 não é um jogo que dispõe de muitas ferramentas de mobilidade, mas vai exigir muito de você no seu minúsculo repertório de movimentos!

Seve pode pular (naturalmente), se agarrar em bordas de plataformas e fazer um básico combo de 3 golpes como popularizado por Super Mario 64. Há algumas técnicas avançadas de speedrun como um pulo curto giratório carregando sua inércia, e uma cambalhota que acontece ao pousar de certas circunstâncias; mas onde está a sua solução pra maioria dos problemas é a cabeçada (bote do bode)!

Podendo executar do chão agachado como uma investida, no ar na horizontal como um pequeno impulso, tão como na vertical para baixo como um ground pound; e também de pé, para cima, pra atingir coisas acima do seu personagem. Fora as básicas funções que você tira desse movimento flexível, como girar registros e desparafusar parafusos no chão, teto e parede, em algum ponto, se desbloqueia a habilidade de cavar por superfícies de terra, que expande significativamente a dinâmica de como você usa essa cabeçada por aí!

Mas a estrela do show, definitivamente, é a interpretação única do clássico Wall Jump, que requer que você pressione Seve contra a parede o suficiente para que ele se arraste ou escale uma altura minúscula, pra que você se posicione melhor para a próxima ação! E isso é, sem discussão, como o jogo mais vai exercitar sua maestria com os comandos… pois há várias sequências que requerem que a precisão esteja do seu lado. Embora o ângulo pra improvisação exista, é indispensável pra exploração de áreas que você talvez nem imagine que consiga alcançar!

O level design dos mapas no entanto, é todo projetado imensamente coerente e elaborado pra que o uso dessas habilidades em conjunto se torne algo natural. E desafios que são cuidadosamente esculpidos para que o jogador tenha a sensação de triunfo ao conclui-los.

Estamos lidando aqui com um jogo propositalmente difícil, mas um difícil justo e não tão punitivo (exceções à parte), pois não há sistema de vidas mas os Checkpoints são generosos, com até mesmo a função de teleporte instantâneo entre os pontos, que ajuda muito em não ter de recomeçar escaladas longas do zero em caso de queda. Mas vale exaltar: Corn Kidz 64 não é pra amadores, e não hesita em te pôr nas situações mais absurdas mesmo nas áreas mais comuns da sua progressão, ainda que o jogo lhe ensine os comandos básicos ao longo do caminho.

E o que estamos fazendo nessas idas e vindas no sonho adulterado de Seve? Bom, o coletável principal do jogo são Pontos de Experiência, cubos imediatamente tentadores, que são como as Notas Musicais em Banjo-Kazooie.

Tais pontos abrem novas áreas anteriormente inacessíveis de acordo com o número coletado. E você é recompensado com cubos da alegria por toda pequena tarefa que você concluir, desde saciar sua curiosidade de subir num lugar muito alto, completar alguma missão para NPCs, uma corrida contra o relógio, ou concluir as diversas salas bônus escondidas em espelhos pelo jogo (tenha paciência com elas!). 

Não se desanime com a pouca quantia de cubos ao concluir uma dessas atividades, embora, quanto você menos espera, seu nível de experiência já suba. Existem centenas de cubos escondidos por aí em cada microscópio detalhe. Vale a pena prestar atenção aos seus arredores, nas dicas e diálogos de personagens. Seu nível de experiência mínimo para chegar ao chefe final (e único) é de apenas 4, mas te conto o segredo que o jogo dispõe de pontos o suficiente pra você atingir o nível 6!

Pequeno por fora, grande por dentro

Inicialmente, Corn Kidz 64 parece um jogo pequeno e compacto demais pro seu próprio bem, contendo apenas o trecho tutorial e seu pequeno hub, uma única fase “tradicional” com Wolloh’s Hollow (a vila de porquinhos invadida por uma coruja ditadora), e uma área final. Mas não se engane, é tudo cortina de fumaça, pois apesar da falta de variedade de locais que você possa transitar, existe muito conteúdo e segredos pra desvendar em toda parte!

Wolloh’s Hollow mesmo é um mapa gigante com várias sub-áreas com seus pequenos puzzles, muitas entradas secretas que levam o jogador para dentro de construções e cavernas, e todo um twist ao concluir o dilema principal que abre ainda mais segredos anteriormente intangíveis. Você pode ser o jogador mais hábil de jogos de plataforma 3D e ainda passará em média de 8 à 10 horas nesse vilarejo condenado!

E embora a satisfação de se deparar com cada vez mais conteúdo e a genialidade do level design te levem ao absoluto limite do uso dos movimentos de Seve, há sim um grande fator de fadiga da falta de variação em cenários. Wolloh’s Hollow e todos os outros mapas do jogo carregam aquele legado de Gruntilda’s Lair onde a mesma melodia te acompanha em sub-áreas, mas com instrumentação apropriada, e apesar de ser uma excelente pequena trilha sonora, são 10 longas horas de apenas as mesmas notas se repetindo.

Na medida do possível, é recomendado que Corn Kidz 64 seja jogado com pequenos intervalos, pra que a tentativa e erro (e haverá muitos erros) não te deixe de cabelos em pé, enquanto você ouve o mesmo tema por horas e horas a fio. Mesmo porque… a frustração pode lhe tirar da linha e fazer com que a sua subida árdua e perfeita seja perdida por um deslize (vai acontecer…).

Quanto aos pontos mais mistos, os coletáveis, apesar de sempre muito tentadores à distância, não proporcionam grande sensação de conquista ao serem adquiridos, o que é um elemento que todo jogo que Corn Kidz 64 se inspira faz muito bem.

Há também a velha queda de braço com a câmera em jogos como esse, a apesar de ser um jogo novinho em folha, alguns dos problemas dos títulos da época do N64 irão aparecer, com decorações do cenário te obstruindo a visão, ou ângulos esquisitos que não conseguem te dar a melhor panorama pro seu próximo passo. A câmera é analógica como um jogo moderno, mas há opções de distância como em Super Mario 64 e também uma útil opção de visão aérea segurando L + R, a fim de ajudar em plataformas estreitas.

Na minha jogatina, também encontrei alguns pequenos glitches, em maioria visuais, que não me tiraram da experiência, mas ocorreram em situações que me atrapalharam durante combate ou momentos cruciais de plataforma. Foram muito infrequentes para fazer qualquer diferença na totalidade, mas é bom notar que o jogo talvez te dê um pequeno susto aqui ou ali.. (até que patches sejam lançados). Mas dada a autenticidade da apresentação, nem dá pra saber se isso é intencional ou não.

Por falar nisso, o jogo normalmente se apresenta no aspect ratio de 4:3, com um filtro de scanlines, na resolução de 240p, sem anti-aliasing, pra um visão perfeita de um jogo lançado entre 1996 à 2000! Se não for o seu estilo, há opções nos menus para desabilitar isso tudo a qualquer momento, podendo jogar o mais limpo possível em Widescreen e renderização interna de 360p.

Há até mesmo opção de visualizar o jogo em 3D com a tela duplicada! (testar no seu VR Kit do Nintendo LABO pode ser diferente). No entanto,  ao contrário da versão de PC que disponibiliza uma incrementada de framerate pra 60fps, no Switch ele estará sempre cravado aos 30fps. Mas é bom notar que 30fps é como o jogo foi originalmente projetado e é assim que ele inicializa até mesmo em computadores, então não há perda significativa aqui.

 

Conclusão

No fim das contas, mesmo com todo o tom de sarcasmo e os cenários de temáticas absurdas, Corn Kidz 64 nunca passa uma impressão de uma paródia vagamente imitando o material fonte, mas sim uma carta de amor a todo um gênero, uma era de jogos, e uma filosofia de design levada ao seu extremo.

Há muito carinho em preservar o que há de tão especial nos jogos quadradões e de texturas borradas nos cenários, e não é a falta de um orçamento enorme pra construir 15 fases como Wolloh’s Hollow que irá tirar esse mérito do jogo. Se você andou também tendo sonhos (não sobre nachos…) de sucessores desses jogos emblemáticos com uma curva de aprendizado alta, essas crianças bode-unicórnio estão aqui pra te entregar isso e muito mais! E boa sorte indo atrás do 110%!

Prós:

  • Não há detalhe que fuja da autenticidade de representar um jogo feito para os consoles 64-Bits!
  • Animações e diálogos cheias de personalidade e charme;
  • Level design desafiador que proporciona imensa satisfação;
  • Moveset simples que é utilizado de formas complexa e inteligente.

Contras:

  • Infelizmente não está disponível em PT-BR;
  • Câmera pode ser um problema ocasionalmente;
  • A limitação de escopo dos cenários implica repetição de música por muito tempo;
  • Pequenos problemas de polimento podem aparecer;.

Nota:

8,5

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Bianca Fonseca Pinheiro
Bianca Fonseca Pinheiro
Entusiasta de vídeo games (influência Nintendista forte), colecionadora, furry, Mulher Trans, anteriormente no Reino do Cogumelo (Super Mario Brasil), editora e produtora de conteúdo freelancer e uma vez conhecida no meio de pixel art.
Bianca Fonseca Pinheiro
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