
Desenvolvedora: VEA Games
Publicadora: Knights Peak
Gênero: Plataforma 2.5D/3D
Data de lançamento: 15 de Outubro, 2024
Preço: R$ 125,00
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Knights Peak.
Revisão: Marcos Vinícius
Nikoderiko: The Magical World é um videogame desenvolvido pelo estúdio independente VEA Games e publicado pela Knights Peak.
O título trata-se de um jogo de plataforma 2.5D que mistura a essência clássica de Donkey Kong Country e Crash Bandicoot, com um design de personagem mais focado no estilo “furry”. Ele combina fases 2D side-scroller e segmentos de plataforma 3D, algumas vezes dentro da mesma fase.
O DNA de Crash e DK
A estrutura de Nikoderiko: The Magical World é uma homenagem bastante clara a Donkey Kong e Crash Bandicoot — com fases bônus secretas, desafios de tempo e fases de kart em minas.
O jogo evoca uma nostalgia instantânea, com caixas colecionáveis, montarias animais e até o uso de letras coletáveis para formar o nome “NIKO”. Um genuíno Collect-a-Thon claramente inspirado nas letras de “KONG” de Donkey Kong Country. As fases de fuga de monstros, parecidas com as clássicas perseguições de bolas e dinossauros de Crash Bandicoot, também marcam presença.
Além disso, os inimigos “Cobritos” de Nikoderiko lembram muito os Kremling de Donkey Kong, o que reforça o quanto o título se baseia nos pilares desses clássicos, sem se distanciar muito de sua fórmula original.

Repensando Fórmulas Consagradas
A maior qualidade do jogo é sua capacidade de pegar essas bases já consagradas e melhorar certos aspectos. A introdução das montarias colecionáveis que podem ser invocadas a qualquer momento é uma adição muito interessante, dando uma maior liberdade ao jogador, algo que os supracitados Crash e Donkey Kong nunca fizeram de maneira tão direta.
Além disso, o modo cooperativo para dois jogadores simultâneos é um ponto forte, trazendo uma funcionalidade que, embora tardia em jogos como Donkey Kong Country Returns, se encaixa perfeitamente aqui. O multiplayer requer coordenação e comunicação constante entre as duas pessoas, entregando a dose de confusão esperada para um jogo desse tipo, onde o caos é uma parte intrínseca da diversão.

Outra mecânica interessante de Nikoderiko é o “paninho para-quedas”, que permite planar de maneira similar ao “cabelocóptero” da Dixie Kong em Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest ou mochila à jato do Diddy Kong em Donkey Kong Country Returns, trazendo uma melhor exploração da verticalidade das fases.
Um ponto visual de destaque em Nikoderiko: The Magical World são as fases subaquáticas, onde, em determinados momentos, o cenário só revela as silhuetas dos personagens, enquanto peixes e plantas fluorescentes iluminam os perigos ao redor de forma deslumbrante

Chefes muito simples e Bugs
Apesar de diversas qualidades, o jogo não é perfeito. Alguns dos chefes são muito fáceis, parecendo mais um show visual do que um verdadeiro desafio. Além disso, há um bug no terceiro chefe que faz a luta terminar antes da hora, algo que pode quebrar a imersão para alguns jogadores.

Enquanto o modo Solo é relativamente estável, o multiplayer no entanto, apresenta muitos bugs, por exemplo: modelos de personagens que deveriam estar em movimento ficam estáticos; personagens somem da tela do nada; e até as telas de carregamento apresentam travamentos constantes. Apesar de não serem frequentes, esses bugs podem atrapalhar a experiência de jogo.
Reinventando Clássicos com Estilo
Nikoderiko: The Magical World é uma combinação eficaz de duas grandes franquias, criando uma experiência que é ao mesmo tempo nostálgica e inovadora.
A adição de mecânicas como as montarias colecionáveis e o modo cooperativo trazem frescor ao gênero, enquanto o visual e o design criativo mantêm o jogador imerso. Embora pequenos bugs e problemas de dificuldade possam atrapalhar, eles não tiram o brilho da obra.
É uma fusão tão brilhante de duas obras preexistentes que nos faz pensar por que ninguém pensou nisso antes, e o fato dele finalmente existir é um motivo de alegria para os fãs de plataforma.
Prós
- Empresta elementos de jogos clássicos consagrados e os refina;
- Multiplayer caótico e divertido;
- Localização em Português competente.
Contras
- Bugs pontuais.
Nota
8
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