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Review | Potionomics: Masterwork Edition

Thomas Mertens 22/10/2024

Desenvolvedora: Voracious Games
Publicadora: XSEED Games
Gênero: Deck-building, Simulação
Data de lançamento: 22 de Outubro, 2024
Preço: R$ 124,99
Formato: Digital/Físico

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela XSEED Games.

Revisão: Marcos Vinícius

Baa tarde, galera! Tudo bom? Hoje temos mais uma receitinha aqui no NintendoBoy! Presta atenção antes de começar para não dar nada errado!

Ingredientes:

  • 1 porção de cardgame;
  • 2 xícaras de dating sim;
  • 3 colheres de sopa de slice of life;
  • 1 xícara de time management;
  • 1 xícara de visual novel;
  • 2 colheres de material gathering;
  • 1 lata de controle ambiental;
  • Pitadas de LGBT a gosto.

Misture bem no caldeirão e deixe cozinhar pela noite. Deixe esfriar e engarrafe com cuidado. Use desenhos bonitos e uma boa dublagem para servir.

Se a receita acima pareceu só um amálgama de coisas não exatamente correlacionadas, é mais ou menos isso que você pode esperar desse jogo, embora, no fim das contas, não seja uma experiência propriamente ruim. Até que fui pego de surpresa, podendo enxergá-lo com um joguinho casual. Vamos entender até onde isso é bom ou ruim.

Roteiro e jogabilidade

Para ambientar vocês um pouco, vamos entender do que o jogo se trata.

Sylvia é uma jovem artífice que sempre se interessou por porções e alquimia desde criança, e teve um relacionamento muito bom e com seu tio, que sempre a incentivou, e era seu exemplo. Enquanto ela foi para a faculdade, ele abriu uma loja de vocês e oficina na cidade grande. Até que, quando ela finalmente se forma, ele não está mais entre nós, mas para encorajar a sobrinha a continuar seguindo seu sonho, deixou de herança a sua loja e equipamentos. Mas, nem tudo são flores. Parte da herança foi também uma bela duma dívida, que agora cabe a ela resolver.

Por sorte, vai rolar um festival na cidade justamente sobre fabricação de poções! Por enquanto Sylvia ainda é só uma iniciante, embora já tenha licença para trabalhar, para subir nos ranks e ganhar permissão de elaborar receitas mais complicadas e perigosas, precisa provar suas habilidades. Então afinal, tudo conspira no mesmo sentido: melhorar a loja, fabricar mais poções cada vez melhores, lucrar cada vez mais para preparar poções melhores, e repetir o ciclo, ganhando o concurso no processo, e usando o prêmio para pagar a dívida do tio.

Por sorte, uma Coruja muito suspeita, mas simpática e gentil decide ajudar a garota a ter sucesso, até mesmo ensinando receitas novas das poções. Ele vai funcionar como nosso companheiro e tutor.

Bom, esse é o roteiro em si, mas a experiência de jogo é um tanto mais complexa, mas é intimamente ligada ao roteiro. Jogabilidade e plot aqui só existem juntos. Vou explicar sem muitos detalhes, mas devo passar por todos os pontos. Não quero deixar muito confuso, mas talvez isso seja meio difícil pois Potionomics é um jogo de muita coisa ao mesmo tempo, mas vamo que vamo.

Como jogar

Então vamos lá, para preparar poções precisamos de ingredientes, e de uma receita (dá pra improvisar também). Combinar tais ingredientes em tais proporções é o ideal, mas podendo ir pra mais ou pra menos, não precisa ser exato, desde que seja estável.

Cada ingrediente tem “sabores”, ou nutrientes específicos, em quantidades diferentes, uma raiz simples pode ser 3 de vermelho com 3 de amarelo, um slime pode ser 6 verde, e claro, os mais raros, como um nabo pode dar até 27 vermelho, e um cristal de golem pode ter 4 amarelos, 6 verde, 12 azul e um roxo por exemplo. São 5 cores diferentes disponíveis, e atributos extra positivos, ou negativos. Combinar é um desafio, pois é bem difícil acertar exatamente as proporções de poções complexas cm os ingredientes mais básicos, os números nunca batem com o quanto de ingrediente você consegue combinar, mas isso vai melhorando conforme avançamos.

Para preparar as poções em si, colocamos tudo no caldeirão, e esperamos o tempo passar. Cada caldeirão pode ter seus bônus para cada tipo de poção a ser preparada (mana, vida, tônico, antídoto etc). Quanto mais ingredientes colocamos, mais poção é produzida, e em qualidades melhores, o que também aumenta seu preço de venda. Cada receita tem seu tempo de preparo, e isso também a algo a se manter atento.

Para obter ingredientes em Potionomics, temos várias formas: comprar na loja, contratar um aventureiro para explorar uma região, ou mesmo pedir para os elites da guilda caçarem para você. Tudo isso tem um custo, claro, e afeta o meio ambiente, então não podemos ir com tudo em um ponto só pois algo vai desandar. Quanto mais forte o herói, e quanto mais “amizade” tivermos, mais loot ele vai trazer, menos recursos precisa para a batalha, e mais barato será a missão.

Relacionamento

E claro, aqui entra a parte do dating sim e slice of life: como a vida de Sylvia agora é na cidade, temos que incorporar mesmo a situação. Temos que nos relacionar, ficar amiga, brigar, interagir, dar presentes, sair pra passear, conversar, levantar peso, acampar…

Temos muitas opções de ações para fazer com cada outro habitante da cidade. Cada vez que interagimos, melhor fica o relacionamento, e isso nos dá bônus: novos produtos, descontos, habilidades e novas cartas mais poderosas (jajá volto nesse ponto). Mas uma coisa que me incomodou é que em Potionomics, Sylvia vai dar em cima, flertar e se atirar mesmo em absolutamente todo mundo, e de forma nada natural. Mas infelizmente, temos que fazer isso, pois só assim o relacionamento melhora e ganhamos tais recompensas.

Tetando não ofender ninguém, mas se aconteceu, peço perdão, não é a intenção. Sou super a favor do amor, mas a parte romântica forçada aqui é só muito fora do lugar:

Sylvia faz cara de safada para mandar cantada. Comentei sobre o LGBT na introdução pois o jogo realmente te estimula a namorar mulheres muito mais do que homens, até pela simples menor amostragem deles.

Mas isso não impede Sylvia de dar em cima todo mundo que ela vê pela frente: mulher, idosas, um homem-peixe-boi de meia idade (que inclusive é meu favorito até agora, único husbando material que te é apresentado já início do jogo, e tem cartas realmente muito boas), um homem que não parece saber sua orientação sexual (não parece ter respostas que de fato são respostas de flertes sabe?), a aventureira (que parece ser menor de idade) ou uma bruxa fauno de 5000 anos.

Na verdade essa última se parece uma jovem mulher muito bonita, e é a que aparece no trailer como par de Sylvia. Realmente suas respostas e comentários são sim bem direcionados, e com certeza é o “par canônico”. Não gostei muito das cartas dela, mas o romance é fofo.

Tudo parece caminhando pra uma amizade saudável e real, e do nada ele mete uma cantada, o que quebra um pouco o clima. Parece muito aquele “heterotop” no meio da festa, que estão conversando sobre ser forte, e ele manda “Nossa, mas você é forte e super gata né, um pacote completo mesmo. Ô lá em casa…”. Isso não é nem invenção minha, é realmente uma das falas do jogo.

Não sou o maior fã de dating sims, mas já vi um ou outro, sei que o esquema é esse mesmo, mas misericórdia, podia ser um tanto mais polido. Vale lembrar também que no início do jogo devemos escolher se queremos monogamia ou poligamia. Acho que talvez eu só não seja o público alvo, mas como um grande romântico que chora vendo Spy x Family e Gundam Wich from Mercury, eu devo saber um pouquinho do que to falando.

É hora do duelo

Agora sobre a parte do deckbuilding, que vocês sabem que é o meu mundo e especialidade (mentira, eu sou horrível, mas eu curto bastante).

Abrir a loja para vender as poções mini duelo de cartas, ou melhor, suas ações de venda são baseadas em um baralho de 20 cartas que você mesmo constrói com as cartas que seus amigos e outros moradores te dão. Esse deck é embaralhado e a é redistribuído para cada novo cliente que chega para você tentar barganhar.

Então, quando um cliente entra, ele escolhe quais das poções que vocês disponibilizou para a venda do período ele quer, e começa a negociação. Suas ações são as cartas que você tem na mão para usar. Use quantos turnos precisar, mas a cada vez que você encerra uma rodada, o cliente tenta te contradizer para diminuir o preço, e perde paciência, que se chegar a zero, ele desiste de comprar.

Para convence-lo a comprar a cada vez por um valor maior, devemos aumentar o interesse dele no produto, e em geral esse é o efeito das cartas. O bacana é combina-las para somar os efeitos. Uma vai dar um boost de 50%, outra ganha mais ponto se for a primeira a ser jogada, e por aí vai. Confesso que essa parte é até bem divertidinha. Cada duelo é rápido, você sente o peso das ações, e até consegue ver alguma verossimilhança na situação.

Outros efeitos são aumentar seus contra argumentos, reduzir o desinteresse, aumentar a paciência do cliente, comprar cartas para acelerar o deck, e fechar o negócio.

Quanto maior sua relação com seus amigos, melhores as cartas que eles te dão para incluir no baralho. e é engraçado que tem umas cartas são muito melhores que outras. Tipo, uma carta básica custa 1, e te dá 2 de escudo. Pouco tempo depois, a aventureira vai te dar uma nova carta que custa 1, aumenta 5 pontos de interesse e te dá 3 de escudo. Percebe com é só muito mais forte? E isso é bem uma essência de cardgame.

Acho que essa era pra meio que ser a parte principal de Potionomics, ficou bem feita sim. gostei da ideias inusitada, e é legal ver temas diferentes em cardgame, mesmo que o tipo de cartas e mecânicas seja parecido.

Espera e controle de tempo

Inesperadamente, essa é sim uma mecânica do jogo. Tudo demora seu tempo para acontecer, e temos que esperar isso acontecer para continuar. Não literalmente esperar X horas, mas por fazer outras ações que consumam tempo para que aquele evento termine. Tipo, deixar uma poção no caldeirão costuma levar 2 slots de tempo para ficar pronto. Interagir com alguém pode usar um slot de tempo, abrir a loja consome 2 também, e por aí vai.

Mandar um herói para coletar ingredientes, ou encomendar novos na loja também só fica disponível no dia seguinte. Então claro, colocamos a poção no fogo, abrimos a loja para vender o estoque, e logo depois voltamos para engarrafar o novo produto, e mandar fazer mais. Daí vou interagir com 2 personagens para aumentar minha intimidade com eles, volto para o caldeirão, e repito o processo, dependendo do que eu quero fazer. Ah, e descansar também é importante aqui, pois quanto mais trabalhamos, mais o estresse se acumula!

Então a ordem que você faz as coisas vai afetar muito seu rendimento e pode mesmo te prejudicar. Acaba ficando meio cansativo e repetitivo o processo no fim das contas.

Qualidade técnica

Olha, quanto a parte técnica, eu não costumo ser o maior especialista nisso, mas quando me chama atenção, eu gosto de pontuar sim.

Primeiramente sobre a parte gráfica: Os modelos de Potionomics são sim bem bonitos e bem feitos, as animações são bastante decentes, as cores e sombras bem colocadas, e, embora nenhum designs seja realmente muito inovador, ainda assim são personagens interessantes, cada um tem sua individualidade e desenhos únicos, com expressões bem expressivas.

Todo o diálogo é dublado em inglês, além das legendas, claro, e é bastante bom. Pessoal colocou um esforço aqui com toda certeza. Os outros sons de efeitos especiais também são legais, e não incomodam, assim como a música ambiente, o que é definitivamente a melhor coisa que podemos dizer do som de fundo, na minha opinião.

O desempenho me deixou um tanto desapontado, pois é, em suma um jogo bem simples. Mas todas as função dependem de uma load screen, e demora um cadinho para rolar. Não senti fluidez em quase nada, e volta e meia o jogo engasgava um tanto e tinha que esperar ele se recuperar. Nunca travou, crashou ou algo assim. Só é lento mesmo, o que é bastante despontante. Mudar o deck é um inferno, pois a interface é péssima e também trava muito. Além de nem sequer usarem o touch da tela. Desapontante de verdade.

Dica de Degustação: combine com um bom vinho

Se você me perguntar se eu gostei de Potionomics, eu diria que isoladamente sim, ele é um jogo diferente e interessante o bastante para te prender ali, casual o bastante para jogar um pouco e parar, e tem historinhas e construção de personagens que te entretém. Nada disso é extremamente bem feito, mas dá pra passar o tempo.

O problema é que muitas coisas melhores para passar o tempo existem. Realmente me senti jogando um joguinho de celular free-to-play, só que sem os anúncios, que tenta fazer tudo ao mesmo tempo. Não acho que eu recomendaria realmente para ninguém como opção.

Sim, eu notei que os dois parágrafos acima são conflitantes, mas é um sentimento misto mesmo. Se não nos fosse fornecida a chave, eu acho que nunca sequer teria me interessado em baixar esse jogo. Me diverti um pouco no tempo que joguei, mas não é algo que quero revisitar muitas vezes.

No fim das contas, só da a sensação de ser meio repetitivo, um pouco frustrante, sem ser exatamente difícil ou desafiador (existe seleção de dificuldade, que só mexe com tempo e custo das coisas). Se resume muito mais numa falsa pressa que você acha que tem, e coordenar o tempo das ações, e meio que assistir uma visual novel, fazendo seus casais favoritos acontecerem, e os outros aspectos do jogo viram minigames.

Em suma, joguei e me diverti, mas não é incrível. Se você gosta mais desses aspectos do que eu, tenho certeza que vai sim se divertir, e talvez vire um cozy game para você sim, pois ele tem esse potencial (assim que lançarem um patch de melhoria de desempenho).

Prós

  • Artes bonitas;
  • Temática diferente e inusitada,
  • Inclusivo;
  • Divertido como jogo casual;
  • Potencial de ser cozy.

Contras

  • Desempenho no Nintendo Switch;
  • Falta de naturalidade nas investidas românticas;
  • Repetitivo demais;
  • Muita informação ao mesmo tempo.

Nota

6,5

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Nerd de carteirinha desde que me entendo por gente. Reviewer de jogos, especialmente indie.
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