
Desenvolvedora: MAGES., LOVE & ART
Publicadora: PQube
Gênero: Otome Game
Data de lançamento: 31 de janeiro de 2025
Preço: R$ 225,08
Formato: Digital/Físico
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela PQube.
Revisão: Marcos Vinícius
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Era uma vez, uma pequena garota…
Começando a nossa história em Genso Manège, temos Emma, uma garota que após um acidente envolvendo seus parentes, acabou quase se afogando no Rio Sena (calma, tenho certeza que essa versão dele tá limpinha, ou… pelo menos eu espero), e foi salva pela Família Vincent. Infelizmente, as únicas coisas que ela lembra são seu nome e que ela é a filha de uma bruxa.

Devido a sua amnésia, Emma é incapaz de usar sua magia, mantendo em segredo de todo mundo, pois essa é a época em que bem, se você descobrisse uma bruxa, era direto pras estacas de fogo. Um dia, Arnaud, o filho da família Vincent que adotou Emma, informa ela sobre um parque de diversões chamado La Fove du Rêve (A Feira dos Sonhos, em tradução literal do francês) que chegou à cidade por um tempo limitado.
Curiosa, Emma decide ir neste parque, onde encontra uma carrosel que é extremamente similar à caixinha de música que ela havia ganhado de seu pai há muitos anos atrás. Ao tocar nesse carrosel, uma luz forte atinge o parque, porém, Emma não consegue entender o que pode ter causado isso.

Então, ela encontra com o diretor do parque, Hugo, que a informa sobre uma maldição em que todos os funcionários de lá são incapazes de dar sequer um passo fora dos portões, com uma corrente que os mantêm presos. Segundo Hugo, Emma é capaz de libertá-los dessa maldição ao despertar a magia que está dentro dela. Determinada, ela então decide treinar enquanto trabalha como uma funcionária do parque.
Conheça os personagens
Genso Manège possui seis rotas no total. No começo, apenas cinco rotas estão disponíveis, com a sexta rota apenas liberando após conseguir o good end em todas as outras cinco.

Emma (Nome Customizável)
Voz: N/A
Uma jovem de bom coração que adora ler e fantasiar. Quando era crianças, ela perdeu a mãe, uma bruxa, por uma doença quando tinha seis anos, e seu pai em um acidente quando apenas 10.
Após o acidente de seu pai, Emma perdeu a memória e seus poderes mágicos, e prefere ficar em casa dependendo se seu amigo de infância Arnaud para obter apoio emocional.

Hugo
Voz: Hataru Watano
Diretor do parque Rêve. Um homem gentil e cavalheiro. Como ele trata todos igualmente, é difícil saber o que ele realmente pensa. As vezes, ele demonstra uma teimosia que torna difícil para os outros dizerem se ele é ou não a favor deles em relação a certos assuntos.

Serge
Voz: Yuuichirou Umehara
Contador do Revê Desde que Hugo o ajudou em seu emprego anterior, ele se tornou uma pessoa que basicamente, não vai contra o que Hugo diz. taramente demonstra suas emoções, o que o torna assustador para algumas pessoas. Ele é rígido consigo mesmo e com os outros.

Crier
Voz: Hiro Shimono
Um dos malabaristas do parque que faz shows perto do chafariz. Crier preocupa-se com sua baixa estatura e tem um temperamento tsundere com a protagonista. Misteriosamente, ele é o único membro do parque que não está sendo afetado pela maldição.

Luciole
Voz: Yuusuke Shirai
O mecânico do parque. Luicole raramente sai de sua barraca, exceto quando está no trabalho, e leva uma vida reclusa. Devido a um evento em seu passado, ele quer fugir da realidade e viver em um mundo de sonhos, e se opõe ao treinamento mágico de Emma para liberar a maldição que afeta o parque.

Lyon
Voz: Yuuto Suzuki
Calmo e gentil, Lyon roda pelo parque em sua fantasia de coelho. Ele é popular entre as crianças, mas, por algum motivo, parece não gostar de gatos. Ninguém nunca o viu sem sua fantasia de coelho, e por isso, sua idade e aparência são um mistério até para os funcionários do parque.

Arnaud
Voz: Atsushi Abe
Arnaud é um jornalista que mora com sua mãe, Alice, e sua amiga de infância, Emma. Possui uma personalidade alegre e amigável e se dá bem com todos.
Constatemente se preocupa com Emma devido a sua amnésia, e após desconfiar do Hugo, parssou a frequentemente visitar o parque para entrevistas.
Nota: Para desbloquear a rota do Arnaud, é necessário completar a rota do Hugo.
O Sistema Étoile
Além de suas escolhas afetarem seu ending, Genso Manège possui um minigame bem interessante o que eles chamam de “Éveil System”. Esse minigame consiste de 2 partes. Na primeira, você tem 30 segundos para coletar a maior quantidade de estrelas possíveis. Basta arrastar seu dedo pela tela ou usar o direcional para mover um cursor e pegar cada uma delas.

No final desses 30 segundos, se você conseguiu pegar um monte de estrelas, na fase dois você deve apertar A quando a sombra da estrela entrelaça com a outra. No final disso tudo, uma nota de C à A é dada ao jogador. Similarmente aos jogos de rítimo do UtaPri, é extremamente vital que você consiga o rank A.
Isso por quê além do nível de amor entre os rapazes, a Emma precisa aumentar o Éveil Level dela, para que ela possa reanimar a magia de dentro dela. Agora, talvez o mais engraçado disso é o fato de que uma vez que você consegue um rank A, o jogo te dá uma opção de completamente pular esse minigame.

A princípio, eu pensei que talvez isso fosse considerar como se você tivesse falhado de propósito, coisa que no UtaPri original era algo que muitos faziam para conseguir todos os bad end. Mas quando você pula o Étoile System, o jogo pega a nota que você tirou anteriormente e faz uma espécie de copia e cola, como se você tivesse completado com rank A.
Isso ajuda muito, pois esse minigame aparece inúmeras vezes em cada rota, o que pode ser um pouco repetitivo. Isso faz com que você seja capaz de focar em apenas saber responder de forma correta para cada um dos rapazes. E mesmo que você escolha não pular, não se preocupe, pois o minigame é extremamente fácil, especialmente no modo portátil com a touch screen.
Antes da magia acabar
Pessoalmente, eu achei que Genso Manège possui o número certinho de rotas, e cada uma delas foca em um aspecto muito importante sobre o passado da Emma, mas sem sobrecarregar o jogador com um monte de informação. Um fator surpreendente é que não há um bad end, ou pelo menos, não no sentido tradicional.

Existem dois finais possíveis, que são o Amour End e o Rêve End. O Amour End nada mais é que o seu final feliz normal. Agora, o Rêve End não é pros fracos de coração, pois ele possui uns temas bem pesados, e eu consideraria ele como o bad ending do jogo.
Porém, as histórias são muito interessantes, especialmente sobre a verdadeira identidade do Rêve, e ainda coloca em evidência as memórias da protagonista. Das rotas, a minha favorita foi definitivamente a do Crier, mas bem, isso se deve ao fato de que ele é um tsundere total, e acho que todos os meus amigos que me conhecem sabem que esse tipo de personagem é o meu favorito.

Lindo, mas não é perfeito
Agora vamos ao ponto principal, que é em relação à qualidade da tradução. No geral, eu achei o texto bem decente. Porém, há vários momentos que infelizmente é utilizado um palavriado um pouco estranho. A fonte utilizada também sofre de certas limitações que os tradutores provavelmente não foram informados, com as aspas tendo um espaçamento bem irregular, ou até mesmo momentos em que o texto acaba ultrapassando do limite de três linhas da caixa de diálogo.
Também dá pra perceber o áudio falhando em certas partes do jogo. A melhor comparação que eu tenho para isso é como se um toca disco estivesse tentando tocar um CD que está bem arranhado. Além disso, a caixa de diálogo tem esse efeito bem elaborado quando ela precisa desaparecer para mostrar uma parte do cenário. Eu achei esse efeito bem exagerado, mas me acostumei eventualmente.

No geral, isso são todos problemas até que leves, especialmente ao comparar com os outros otome games publicados pela PQube no passado. Um outro detalhe que vai te surpreender também é o fato de que Genso Manège possui talvez um dos piores sistemas de Love Catch que eu já vi na vida.
Ao invés de um indicador fácil de perceber, é uma animação que está extremamente escondida, e muito difícil de perceber. E o pior é que, mesmo após olhando a aba de Status, você não irá ver muita mudança, pois só é considerado após certas falas. Infelizmente, isso é um problema que também está presente na versão japonesa.

Algo que me surpreendeu bastante é o fato de que o jogo possui 64 slots de quick save, que são apagados quando você fecha e abre novamente o jogo. Isso não é um problema, mas eu nunca tive que me preocupar com o famoso “salvar antes de cada escolha”, pois um slot de quicksave novo é criado para cada escolha ou cada vez que você termina uma sessão do Eveil System.
Finalmente, um otome game aceitável!
Consigo concluir com segurança que Genso Manège é um ótimo otome game. Apesar de ter alguns erros de tradução e uns probleminhas com a fonte, são problemas em uma escala bem mais baixa que os que já vi com as outras visual novels da PQube. A história é interessante e os personagens tem um design maravilhoso.
Espero muito que isso signifique que a PQube está indo no caminho certo em 2025. Com todo o respeito, estarei com esperanças para os próximos lançamentos da publisher, para que não tenhamos um desastre que nem I★CHU em nossas mãos esse ano…
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