
Em novembro do ano passado, a Nintendo abriu um processo contra o streamer Jesse Keighin, conhecido como Every Game Guru na internet, acusando-o de utilizar emuladores para “streamar” cópias piratas de seus jogos, incluindo cópias vazadas de jogos que até então não haviam sido lançados [via Automaton]. No dia 18 de Abril de 2025, a Nintendo conseguiu um julgamento à revelia, decisão concedida em favor da própria empresa devido a falta de respostas do réu as acusações, considerando que o streamer não apareceu no tribunal.
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A acusação feita pela Nintendo consiste de uma compilações de evidencias do uso de emuladores que contornam as medidas tecnológicas para prevenir o uso de cópias ilegais de seus jogos e hackeamento do console. Além disso, a Nintendo também apresenta uma lista de links para emuladores que Keighin compartilhava em suas redes sociais, distribuindo ferramentas de pirataria para o público.
Também foi chamado a atenção pela Nintendo que streams sem autorização de cópias ilegais de jogos de Switch ainda não lançados prejudica o marketing de pré-lançamento, que é uma ofensa que Keighin supostamente cometeu uma média de 50 vezes, violando os direitos autorais de cerca de 10 propriedades intelectuais da empresa no processo. O ocumento do processo pode ser acessado aqui.
Mesmo se esforçando para passar a gravidade das acusações, a Nintendo está pedindo uma compensação de 17.500 dólares no total, que dizem respeito a somente aos danos causados a uma das propriedades intelectuais citadas ao invés de todas citadas, que juntas poderiam resultar num somatório de 1.5 milhões de dólares (segundo TorrentFreak). A Nintendo também solicitou o banimento do streamer de promover em suas redes qualquer ação que ofereça qualquer ameaça as IPs da Nintendo, incluindo o uso de emuladores e pirataria de seus jogos.
Faz algum tempo que a Nintendo tem tomado medidas protetivas duras contra pirataria e o uso de suas IPs de maneira supostamente indevida. Este não é o primeiro caso em que a Nintendo parece estar usando um individuo em especifico como se estivesse tentando fazer do caso um exemplo para que coisas do tipo não retornem a acontecer novamente com IPs da empresa.
A Game*Spark aponta que o caso em questão também é preocupante pois abre questionamento a cerca da legalidade sobre streams de jogos que não possuem suporte para serem transmitidos; como é o caso de jogos de 3DS, que precisam passar por uma série de mods para que isso seja possível. Se essa prática é considerado algo que a Nintendo vai seguir permitindo ou não, ainda há de ser debatido.