Você já parou para pensar em como um jogo pode mexer com a nossa vida muito além da tela? Um estudo recente mostrou justamente isso: jogos de mundo aberto, como The Legend of Zelda: Breath of the Wild, têm um impacto bem positivo na qualidade de vida e no bem-estar emocional das pessoas.

O mais interessante é que os pesquisadores descobriram algo a mais: quando essa experiência vem acompanhada de filmes cheios de nostalgia, como as animações do Studio Ghibli, os efeitos ficam ainda mais fortes. É como se jogos e filmes conversassem entre si para potencializar sentimentos bons.

No estudo, como part de um artigo publicado na revista JMIR Serious Games [via GameSpot], eles analisaram estudantes de pós-graduação, um grupo que costuma lidar com bastante ansiedade, estresse e até burnout. O resultado? Jogar Breath of the Wild ajudou a despertar um senso de propósito, trouxe calma, um espírito mais aventureiro e até a sensação de mais habilidade no dia a dia.
Quando esses mesmos estudantes jogaram e logo depois assistiram a trechos dos filmes do Ghibli, os efeitos ficaram ainda mais intensos. A nostalgia evocada pelas animações parecia reforçar a felicidade e até dar mais sentido à vida.
É claro que o estudo tem seus limites: ele foca apenas em pós-graduandos e não garante que os efeitos durem para sempre. Mas ele soma a várias outras pesquisas que já mostram como os games podem ser aliados importantes no bem-estar. Outros trabalhos apontam que jogar pode ajudar a reduzir o abuso de substâncias, melhorar a saúde mental, estimular comportamentos pró-sociais, fortalecer comunidades e até aliviar sintomas de distúrbios cognitivos.
Esse tipo de descoberta chega em um momento em que os jogos vivem sob holofotes e, muitas vezes, sob críticas. Apesar de décadas de pesquisas já terem desmentido a ideia de que jogos violentos causam violência, esse argumento ainda aparece de vez em quando. Mas estudos como este lembram que, na verdade, os games podem abrir portas para experiências transformadoras, tanto emocionais quanto sociais.
No fim das contas, talvez a lição seja simples: jogar pode ser muito mais do que diversão. Pode ser uma forma de se reconectar consigo mesmo, de encontrar calma em meio ao caos, ou até de sentir aquela nostalgia gostosa que faz a vida ganhar mais cor. Então, quem sabe, sua próxima sessão de Zelda combinada com um filme do Ghibli não seja exatamente o que você precisa para dar um respiro no dia?
