Desenvolvedora: Subliminal
Publicadora: Subliminal
Data de lançamento: 10 de Agosto, 2021
Preço: $ 19.99
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela Subliminal.
Depois de Alba: a Wildlife Adventure, mais uma vez tenho a sorte de escrever a review de um jogo que não envolve combate diretamente. A cena indie abriu espaço para esse tipo de experiência e muitos desenvolvedores têm se aproveitado para repassar sensações específicas que sentimos ao longo da vida, no caso de Button City, principalmente ligado à nostalgia.
Com uma interessante proposta que mistura narrativa e mini games, Button City chamou a minha atenção. Como essa mistura funciona na prática? Como funciona o ritmo de jogo? São dúvidas que tive com o trailer e tentarei responder ao longo do texto.
Nostálgico porém moderno
A história se passa em uma pequena cidade, onde todo mundo se conhece, inclusive as crianças, que todo dia se reúnem no arcade local “Button City”. O protagonista Fennel acabou de se mudar para a cidade e é um pouco tímido, durante a narrativa acompanhamos a jornada do personagem que busca fazer novas amizades.
A narrativa traz o ponto de vista de uma criança, o que é nostálgico e divertido, não é difícil se identificar com as dificuldades que Fennel passa. Porém, o jogo traz uma roupagem bem contemporânea, a abordagem, os personagens e os problemas tratados remetem a momentos atuais, com o uso da tecnologia e o comportamento das crianças.
Gostei bastante de vários momentos em que Fennel ficava mais próximos de alguns personagens, algumas interações com diálogos simples conseguiram passar mensagens importantes e sem exageros. Não que seja uma narrativa complexa e com um longo desenvolvimento, mas no geral, acerta dentro do que se propõe, focando em cada momento.
Mistura de gameplay
Durante o jogo, você controla o personagem Fennel dentro dos diferentes lugares da pequena cidade: Cafeteria, Praça, Centro Comercial, Arcade etc. Cada espaço é um pequeno diorama o personagem pode se teletransportar a qualquer momento. É um método de exploração bem funcional e prático, minha única crítica fica para a velocidade de movimentação, o personagem é muito lento e em algumas áreas maiores é algo que incomoda um pouco.
Além de interagir com o cenário e os diferentes personagens, a grande estrela são os minigames. Você pode jogar vários dos jogos do Arcade, desafiando personagens específicos. A máquina mais proeminente na história e provavelmente o minigame mais desenvolvido é o “Gobabots”, inspirado em super heróis no estilo “sentai” modelados em formatos de frutas. As partidas são de 4 contra 4 e o objetivo é coletar o maior número de frutas para o seu time. É algo bem simples mesmo, mas acaba funcionando como uma tentativa de engajar o jogador mais ativamente com a experiência, porém, ainda é um minigame muito simples.
Além dos “Gobabots”, outros minigames como corrida e dança também podem ser jogados, apesar de não fazerem parte da história principal. São simples distrações e honestamente não me prenderam por muito tempo, os controles são bem rudimentares e mesmo dentro das regras específicas do jogo é difícil se divertir.
Falta algo
Apesar de parecer possuir uma boa variação de gameplay, em diversos momentos jogando me senti entediado. Os bons momentos da história são curtos e dividem o tempo com atividades simples de “encontre este item” ou “fale com essa pessoa”, o que em geral não é muito divertido de se fazer.
A experiência não é longa e eu nem esperava que fosse, porém, os momentos menos inspirados passam a sensação de que o jogo está se arrastando. Ainda mais porque os locais não são muito diferentes e o visual, apesar de bonitinho, deixa tudo homogêneo, assim como a trilha sonora.
Ao finalizar o jogo a sensação que fica é de que apesar das boas ideias, ele peca em pouco engajar o jogador. É uma sensação estranha de se descrever, mas eu senti falta daquele sentimento básico que a mídia interativa do videogame traz e faz a gente querer sempre jogar um pouco mais.
Conclusão
Button City é uma obra curta com boas ideias e bons momentos mas que no final das contas pouco oferece com seu conteúdo. Acredito que aqueles com uma forte nostalgia por arcades ou mesmo crianças podem se divertir com o game, mas no geral é uma experiência pouco marcante. Apesar disso, que fique claro: é possível enxergar um empenho visível da equipe de desenvolvimento para criar algo único e divertido, com mais experiência, é possível que o estúdio entregue algo ainda melhor no futuro.
Prós:
• Ambientação Nostálgica;
• Temas relevantes são abordados na narrativa;
• Sistema de exploração funcional e prático.
Contras:
• Objetivos entendiantes;
• Minigames não são divertidos;
• Ausência de atividades que exijam mais engajamento.
Nota final
6
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