Desenvolvedor: Tomas Sala
Publicadora: Wired Productions
Data de lançamento: 5 de Agosto, 2021
Preço: R$ 152,95
Formato: Digital/Físico
Análise feita no Nintendo Switch com chave cedida gentilmente pela Wired Productions
No início de Junho, tivemos a oportunidade de dar nossas primeiras impressões de The Falconeer, um jogo que originalmente havia sido lançado exclusivamente em plataformas da Microsoft, porém agora está recebendo versões para outras plataformas modernas, incluindo o Nintendo Switch.
Nota: Vários pontos que foram abordados na nossa preview de The Falconeer serão abordados na nossa review, já que em essência, o jogo é o mesmo.
The Falconeer talvez seja a materialização do quão independente um jogo pode se tornar. Apesar de contar com suporte financeiro da Microsoft, todo os elementos jogo, desde sua programação, até sua trilha sonora, foram feitos por apenas uma pessoa, Tomas Sala. O simples fato do jogo ser feito por apenas um indivíduo já é interessante o suficiente para despertar uma quantidade de atenção considerável, para o jogo, porém, este fato é apenas mais um no conglomerado de ideias, não necessariamente boas, porém, singulares que The Falconeer é.

Como o nome do jogo mais que sugere, em The Falconeer você assume o papel de um falcoeiro, que faz alguns trabalhos no conflituoso mundo aberto apresentado pelo jogo. Existem diversas cidades e casas reais que possuem seus próprios conflitos, rivalidades e peculiaridades, todos estes que serão experienciados pelo jogador ao decorrer dos capítulos do jogo. Em cada um destes capítulos, o jogador irá assumir o papel de um falcoeiro diferente, que trabalha por umas destas casas ou cidades, apesar de pouco interferir no loop principal do jogo, estas campanhas suas diferenças focadas especialmente na história, que apesar de não ser particularmente interessante, serve como plano de fundo para os acontecimentos do jogo.
The Falconeer é inteiramente jogado em terceira pessoa, no qual o jogador tem total controle de seu falcão, que por algum motivo possui a habilidade de atirar projéteis letais contra inimigos. Boa parte das missões possuem a mesma estrutura: Chegue a tal localização, escolte tais navios, derrote tais inimigos, e termine a missão. Apesar do jogo se preocupar em explicar a razão para fazer tais missões, isso não diminui em nada o fato delas serem extremamente repetitivas, e na maioria das vezes simplesmente tediosas.
Por se tratar de uma espécie de shooter, é esperado que The Falconeer tenha bons controles e uma mira fluída e precisa, certo? Infelizmente isso não é o que acontece, em especial no combate. No jogo você irá encontrar em diversos momentos situações que o combate é inevitável, com isso, um dos maiores problemas do jogo se torna ainda mais evidente, sendo este o quão sofríveis seus controles conseguem ser. É virtualmente impossível acertar inimigos por pura habilidades, em especial pelo fato de que estes se movem tão rápido que é extremamente difícil de simplesmente manter os mesmos na tela, somado a mira do jogo, que é inacreditavelmente imprecisa para um jogo do gênero. No geral, o loop principal de missões e o quão imprecisos os controles demonstram ser são os pontos mais negativos de The Falconeer.

Por eliminação, você já deve ter notado como provavelmente a estética é um dos pontos de destaque de The Falconeer, e você felizmente não está errado. The Falconer assume para si um estilo de arte consideravelmente único, em especial pela ausência de texturas, que são substituídas puramente por cores sólidas, sem qualquer detalhe adicional. Enquanto isso, as estruturas do jogo possuem um estilo beirando a abstração, o que pode até ser consideradas por alguém que não prestou atenção nos textos da história do jogo, já que nestes estão presentes uma quantidade considerável de explicação sobre o que tais estruturas são.
Todos estes detalhes trazem o jogo para uma aparência que muitas vezes chega a se assemelhar com pinturas, o que acaba sendo reforçado pelas nuvens volumétricas e iluminação vibrante que o jogo possui. Apesar disso, a trilha sonora de The Falconeer não chega a ser tão marcante quanto seus visuais, já que apenas em raros momentos ela passa de alguns sons atmosféricos e ambientes.
Com isso, a mudança mais significativa que o jogo teve desde a versão que foi utilizada na nossa preview, foi uma melhoria modesta nas resoluções que o jogo atinge, porém fora isso, não existem mudanças notáveis, The Falconeer continua tendo uma performance consideravelmente fluída, alcançando os mesmos 60fps que em outras plataformas, além do extenso uso das funções de Rumble HD do Nintendo Switch.
Conclusão
Concluindo, o melhor elogio que pode ser feito a The Falconeer: Warrior Edition no Nintendo Switch é o fato desta ser uma ótima versão de um jogo medíocre. Durante as primeiras horas de jogo você está tão imerso com os visuais e atmosfera do jogo que boa parte de seus problemas são facilmente negligenciávies, porém não demora muito para toda esta ilusão ser quebrada, logo The Falconeer se revela extremamente repetitivo e superfical. É um fato que as DLC’s que já estão inclusas nesta versão trazem uma diversidade maior para as missões e classes do jogo, mas em nada melhoram o combate e os controles.
Prós:
- Direção artística única.
- Boa conversão e uso das funções únicas à plataforma
Contras:
- Jogabilidade extremamente repetitiva.
- Controles imprecisos e frustrantes.
