
Desde bem cedo, meus primeiros anos de vida, tive contato com a franquia Pokémon pela série de TV. No entanto somente anos depois, por volta dos 8 anos de idade fui descobrir que Pokémon não só tinha um jogo próprio, como era a origem da franquia.
Olá, me chamo Gabe, e antes de me aprofundar nisso gostaria de desejar a todos um feliz Dia do Nintendista! Sei que é dia do Nintendista e não do Pokémon, mas é inevitável contar minha história com a Nintendo sem falar diretamente de Pokémon. De qualquer forma, a franquia me foi apresentada por um grupo extremamente querido de amigos, e foi uma primeira experiência mágica — nunca vou me esquecer da sensação emocionante que foi ver a intro de Pokémon Emerald pela primeira vez nas telas do console. Também foi a primeira vez que vi um Game Boy na vida.

Por sorte a irmã de um dos meus amigos desse grupo também possuía um Game Boy que nunca usava, e ela sempre levava quando íamos brincar juntos para que eu também pudesse jogar. Eram sempre os meus dias favoritos e sempre ficava ávido pela próxima oportunidade de caçar monstrinhos, e lutar batalhas contra meus amigos através do Cabo link, tecnologia extremamente futurista para o Gabriel de 9 anos.
Acontece é que eu estava apaixonado por aquilo, voltei a assistir o anime de Pokémon com fervor — o mesmo já estando na geração seguinte —, comprava cards de TCG nas Bancas de Jornal e os colava em uma agenda anotando informações sobre o monstrinho fazendo minha própria Pokédex. Então depois de muito insistir aos meus pais para ter meu próprio Game Boy Advance, aconteceu algo ainda melhor…
Meu Nintendo DSi

— Um dos consoles mais vendidos da história, dispensa apresentações.
É extremamente fácil de encontrar relatos por toda a internet de como esse revolucionário portátil de duas telas moldou a infância de muitas pessoas. E ouso dizer que graças a retro compatibilidade do seu sucessor, o Nintendo 3DS, ele encanta gerações até hoje.
Com jogos extremamente charmosos e únicos que se aproveitam de sua função chave, o touch com uma caneta especifica [a Stylus], o console já era surpreendente encantador a primeira vista, já que nessa época que nem mesmo celulares possuíam amplamente tal função ainda. Por conta do seu sucesso como um todo, tal como jogos mais baratos de serem produzidos, e inovações diferenciadas, o Nintendos DS, e sua versão revisada DSi (versão que tive), é um dos console com biblioteca mais rica até hoje. Isso dito, quando falamos de grandes clássicos da era Nintendo DS, impossível não falar de Pokémon, já que ele foi uma verdadeira “Pokémon Machine” para jogos mainline e spin-offs!
Na minha opinião, as duas melhores e mais amadas gerações da franquia Pokémon estão contidas neste console, além dos excelentes Pokémon Heart Gold e Pokémon Soul Silver tão adorada pelos fãs. Para mim, essa foi a melhor época para Pokémon, o mesmo pode ser dito da minha vida. Regado a muitos jogos da Nintendo, um período bastante nostálgico para mim, foi aonde conheci minha outra franquia favorita, Kirby. Mas acima de tudo foi aonde me conectei de vez com a franquia Pokémon o que marcou para sempre a maneira com que me relaciono com a experiência de jogar.
Lembro com clareza desses alegres momentos da minha infância, de deixar meu Nintendo DS ligado no jogo apenas tocando as músicas dos meus locais favoritos, da imponência de completar a rota até o sétimo ginásio em Sinnoh; das intrigantes tramas do “N” e seus aliados, e da beleza incontestável das estações em Unova de Pokémon Black e Pokémon White.

E principalmente da sensação de capturar meu primeiro Buizel, meu Pokémon favorito da franquia até os dias de hoje. A essa altura eu já o conhecia pelo anime, mas o apego verdadeiro veio quando joguei os jogos. Me lembro até hoje de ter capturado ele em uma noite super alegre em que comia pizza com minha mãe, e como fiquei feliz com aquilo, um sentimento quase impensável por capturar um Buizel de nível 8.
Cheguei a inclusive levar ele até o fim de minha aventura em Pokémon Diamond/Pokémon Pearl, mesmo que tenha demorado meses para derrotar a Elite Four para o limitado Gabe, dá época. Ainda assim, nunca conseguiria me imaginar o abandonando, lembro-me de chegar a imaginar ele ao meu lado na vida real em diversas situações ainda na infância.
Se antes me conectava com o jogo pelos amigos que tanto amava e que me apresentaram o mesmo, por fazer parte de um grupo. Agora amava pelos próprios símbolos que o jogo me entregou, seu carisma, seus designs, suas músicas, Pokémon me tocou de um jeito na época que meu maior medo era nunca mais me sentir daquela maneira com algo. Mas claro que me senti assim novamente, afinal… Pokémon continua existindo.
Pokémon X & Y

Se sob certa ótica toda minha infância está recheada da terceira, quarta e quinta geração de Pokémon, a sexta representa a transição para a vida adulta para mim. Sendo bem justo quando fui jogar os títulos da geração que se passam em Kalos já havia me aventurado nos remakes Pokémon Omega Ruby e Pokémon Alpha Sapphire, mas o ponto é que mesmo atrasado, a primeira atitude que tomei após receber meu primeiro salário aos 16 anos foi comprar meu Nintendo 3DS.
Enquanto grandes mudanças aconteciam em Pokémon, minha vida também mudava de cabeça para baixo, foi uma época verdadeiramente muito difícil para mim. Então por isso ao buscar conforto, comprei um Nintendo 3DS na primeira oportunidade que tive. Pokémon veio como uma luz no fim do túnel, se por um lado na vida real me sentia solitário e cansado da exaustiva rotina de trabalho e estudo, por outro sabia que poderia ser campeão de Kalos e contar com meu grupo de amigos de lá. Não romantizando o escapismo e o sofrimento da nossa sociedade, mas sim reconhecendo Pokémon como arte, assim como qualquer jogo, e reafirmando o poder positivo que a arte pode ter. Então passei horas andando de patins, vestindo minha protagonista, mudando o visual do meu Furfrou, aumentando o nível dos meus Pokémon, explorando a região encontrando as Mega Stones.
E essa aventura foi uma das principais coisas que me fez segurar a barra e “Mega Evoluir”, me tornando um adulto alegre e responsável. Logo depois disso tive a diferente e refrescante experiência de Alola em Pokémon Sun & Moon, cheia de inovações que foram muito divertidas explorar. Mas após terminar eu queria muito algo novo, amando mais a franquia do que nunca, resolvi que Pokémon seria a única franquia que eu faria questão de ter me mídia física, indo atrás de praticamente todas as títulos da franquia desde o Nintendo DS. Então, vocês devem imaginar minha satisfação quando vi o anuncio do novo Pokémon.
Uma aventura pela região de Galar

— Foi quando o novo jogo da franquia foi anunciado para o Nintendo Switch que minha ficha caiu. Eu precisava conseguir esse console.
Como disse anteriormente, minhas duas franquias favoritas da Nintendo são Pokémon e Kirby, com os jogos do Mario completando meu Top 3. Todas essas franquias se sustentaram muito bem nos consoles portáteis da Nintendo durante os últimos 15 anos e por isso nunca tinha ido atrás de um console de mesa da empresa. No entanto as coisas mudaram e para jogar o Pokémon Sword e Shield eu teria que conseguir o console.
Infelizmente perdi o timing, e achei que nunca conseguiria pagar o preço que chegava a 4 mil reais pelo mercado cinza — sim, houve época que você encontra um Nintendo Switch a esse valor. Mas felizmente, a um ano atrás, veio uma nova esperança. A Nintendo passou a vender oficialmente o Nintendo Switch no Brasil e apenas dois meses depois, coincidentemente no meu aniversário consegui comprar com um desconto de quase mil reais em relação ao preço estipulado pela Nintendo.
Como já devem imaginar, um dos primeiros jogos que adquiri foram ambas as versões do mais recente Pokémon mainline. Minhas expectativas eram confusas, um jogo diferente de tudo antes visto na franquia, e ao mesmo tempo um retorno à estrutura clássica. Mas o saldo foi extremamente positivo e mais uma vez a franquia me encantou — mas muito mais do que isso, Pokémon ter me convencido a comprar o Nintendo Switch foi o que me tornou apto a escrever para o NintendoBoy!
Hoje não consigo imaginar minha vida diferente, tenho um novo sonho no meu horizonte, me profissionalizar como jornalista de games. Quando achei que já não havia nada que Pokémon pudesse fazer por mim, me encontrei através dessa nova oportunidade. No fim Pokémon sempre foi meu grande e eterno companheiro, tanto os monstrinhos que estão comigo a muitas gerações, quanto as emoções que vivi e laços que fiz através da franquia. Seja no Pokémon Café Mix no meu dia a dia, em assistir a partidas de VGC, jogar o TCG, ou aguardar ansiosamente o remake de Sinnoh que me fará reviver a infância e ter uma desculpa para conversar com aqueles amigos de quem tanto sinto falta.
Conto com muito orgulho minha história com a franquia Pokémon e por isso já chorei algumas vezes ouvindo e assistindo a música comemorativa GOTCHA!
Fico tão feliz de celebrar algo tão bonito, que une tantas pessoas que eu sei que tem histórias como a minha.
Feliz dia do Nintendista!
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